VÍDEO: Primeiro ônibus a biometano convertido de São Paulo da atual geração realiza as movimentações iniciais para testes de autonomia. Validação começa no segundo semestre com Sambaíba e SPTrans 2o4h6

Combustível obtido pela decomposição de resíduos tem sido visto pela prefeitura da capital paulista como alternativa à eletrificação que não avançou como havia sido estipulado no plano de metas, mas conclusão de seminário aponta também para riscos de infraestrutura

ADAMO BAZANI

Colaboração Arthur Ferrari

O primeiro ônibus a óleo diesel convertido a biometano/GNV da atual geração para o sistema de transportes da capital paulista realizou na última semana, na zona Sul, as movimentações inicias para os testes de autonomia.

O percurso foi dentro da fábrica da MWM, do Grupo Tupy, na região do bairro de Santo Amaro, na zona Sul da cidade.

Outras movimentações serão realizadas como parte dos testes e a próxima etapa será para validação da SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora das linhas da capital paulista, e do InMetro, quanto a segurança de abastecimento, cilindros e operações.

Esta etapa deve começar já no início do segundo semestre para quando há também a previsão de o veículo experimentalmente já transportar ageiro.

O ônibus pertence a uma concessionária do sistema de linhas da cidade (Sambaíba Transportes Urbanos).

No dia do seminário realizado pela Seclima (Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas), em 25 de março de 2025, sobre a viabilidade do biometano e GNV (Gás Natural Veicular), o prefeito Ricardo Nunes disse que a quantidade de ônibus com estes tipos de combustível vai depender de uma constatação sobre a infraestrutura de distribuição e abastecimento. A Comgás garantiu no evento que cerca de 90% das garagens possuem uma rede de encanamento a menos de um quilômetro, o que facilitaria o processo. Este mesmo ônibus foi exposto no evento e, segundo o prefeito, a carroceria já segue os padrões exigidos pela SPTrans e já possui aprovação, restando assim, apenas a motorização.

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O Diário do Transporte noticiou que em 19 de maio de 2025, a prefeitura publicou as conclusões sobre o seminário que mostraram que o combustível é viável para os ônibus municipais, mas a infraestrutura de adaptação de garagens e da distribuição está entre os principais desafios a serem enfrentados.

Relembre:

/2025/05/19/prefeitura-de-sp-divulga-ata-de-seminario-que-aponta-biometano-como-solucao-viavel-e-estrategica-para-descarbonizar-transporte-publico/

A sinalização sobre a disposição da prefeitura de São Paulo em incluir o Gás Natural e Biometano na matriz energética do transporte coletivo é tão forte que até mesmo a indústria já se movimenta com maior agilidade.

No dia  22 de maio de 2025, o Diário do Transporte publicou entrevista exclusiva do Diretor de Operações Comerciais da Marcopolo, Ricardo Portolan, ao jornalista Adamo Bazani, na qual, entre várias revelações, o executivo da maior fabricante de carrocerias do país disse que a marca já desenvolve com montadoras de chassis, versões específicas de ônibus de grande porte movidos com estes combustíveis e acredita que, em breve, o Volare GNV/Biometano, modelo de micro-ônibus que já está disponível no mercado, seja já visto operando em linhas gerenciadas pela SPTrans (São Paulo Transporte), na capital paulista

A entrevista teve até impacto no mercado financeiro. Veja no link:

EVITAR O MESMO ERRO QUE OCORREU COM OS ELÉTRICOS:

O levantamento da infraestrutura de distribuição antes da definição da quantidade de ônibus a GNV/Biometano é uma medida para evitar o erro que ocorreu com os coletivos elétricos.

Para cumprir a legislação atual que determina reduções de emissões de diversos tipos de poluentes até zerar o Gás Carbônico lançado no ar pelo ônibus até 2038, a prefeitura de São Paulo proibiu as viações de comprarem veículos a óleo diesel a partir de 17 de outubro de 2022. Um ano antes, em 2021, no Plano de Metas havia previsto que até 31 de dezembro de 2024, haveria circulando na cidade 2,6 mil ônibus elétricos. Mas até esta segunda-feira, 26 de maio de 2025, são apena 528 ônibus com baterias e 201 trólebus que já existiam na cidade.

A maior parte do descumprimento da meta é que não há infraestrutura para os ônibus elétricos.

A prefeitura responsabiliza a ENEL por não terem sido feitas as adequações de aumento da tensão da rede de distribuição e a infraestrutura de ligação para as garagens. Há cerca de 50 ônibus elétricos parados nas garagens sem poder rodar por falta de recarga.

Pelo fato de a prefeitura não voltar atrás na liberação de ônibus zero quilômetro a diesel, enquanto a eletrificação não avança, a SPTrans permitiu com que a idade máxima dos ônibus atuais fosse ampliada de 10 anos para 13 anos. Assim, a frota nas ruas está mais antiga, tende a quebrar mais e há veículos sem ar-condicionado e com menos itens de conforto.

O biometano e o GNV é uma das alternativas estudadas diante deste atraso da eletrificação.

Tanto é que as metas do novo plano da prefeitura, entre 2025 e 2025, preveem não mais 2,6 mil ônibus em número menor: 2,2 mil e não necessariamente elétricos, mas menos poluentes.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Rodrigo Zika disse:

    É interessante porque não perdem os assentos igual o modelo de batería.

Deixe uma resposta para Rodrigo ZikaCancelar resposta 3b2y15

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