Abrati lançou campanha em defesa da regulamentação do transporte interestadual 1o5z67

Iniciativa “Na Direção Certa” que aconteceu nesta terça (27) em Brasília em frente ao Congresso Nacional reforçou a importância da regulação para o setor e a segurança dos ageiros

ALEXANDRE PELEGI

A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de ageiros (Abrati) lançou nesta terça-feira, dia 27 de maio de 2025 em Brasília, a campanha institucional “Na Direção Certa”. A iniciativa ocorreu na esteira da campanha Maio Amarelo e reforçou a defesa de que setores estratégicos para o País precisam de uma regulamentação eficiente.

A intenção desses empresários, que colocaram quatro ônibus estacionados no gramado em frente ao Congresso Nacional, foi reforçar que a regulação do setor de transportes interestaduais de ageiros garante mais competitividade, novos investimentos no setor e, por consequência, maior segurança para os usuários dos serviços.

Como se pode ver na foto, os ônibus expostos na campanha são das empresas Gontijo, Penha, Guanabara e Águia Branca.

O presidente da Abrati, Paulo Porto, comentou sobre a campanha. Ele afirmou que “a ideia da desregulamentação é defendida como uma medida de modernização no setor, mas na verdade é bem o contrário”. Paulo Porto esclareceu que a associação não é contra a competição e a entrada de novos players no mercado. No entanto, ele destacou que esperaram muito pela aprovação de um marco legal para o setor, o que aconteceu em 2023, e que não podem retroceder.

A importância da estrutura nacional do setor foi refletida em números.

De acordo com dados de 2024 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foram transportados 43,6 milhões de ageiros em viagens interestaduais de ônibus no Brasil, uma marca 24,9% maior em relação a 2023.

O presidente da Abrati completou que estavam falando de um serviço que abrange mais de 5.000 municípios, com aproximadamente 12 mil veículos e cerca de 50 mil empregos diretos gerados.

Dentre as pessoas que marcaram presença estava Valter Barbosa, Vice Presidente de Vendas, Marketing, Peças e Serviços Ônibus da Mercedes-Benz.

Letícia Pineschi, porta-voz da Abrati, ao lado de Valter Barbosa, Vendas, Marketing, Peças e Serviços Ônibus da Mercedes-Benz

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Licínio Vega disse:

    Sei que o editor vai censurar meu comentário, praxe.
    Mas, mesmo censurado, quero dizer aos eminentes corporativistas que o sol nasce para todos.
    Se vocês da classe dominante e monopolista dos transportes tem o direito constitucional de empreender, realizar atividades, gerar empregos, pagar impostos e auferir lucros, saibam quantos este público comentário virem que OUTROS TAMBÉM – em pé de igualdade, com dignidade e honestidade – tem o MESMO direito.

    Muito eloquente a iniciativa de decidir ir para a porta do Congresso Nacional, pressionar o legislativo para defender apenas os vossos pontos obtusos e muitos interesses obscuros. Liberdade de expressão e de manifestação. Um quê de toma LÁ – dá CÁ.

    Esse Congresso que pendula para o lado de QUEM paga mais, certamente ouvirá vossos clamores.

    1. diariodotransporte disse:

      Caiu do cavalo, não teve censura ahahah; Mãe Dinah

    2. Rogério disse:

      A questão não é apenas ter igualdade no empreendimento do transporte interestadual, mas ter as mesmas responsabilidades e deveres com SEGURANÇA, CONFORTO e PAGAMENTOS de TAXAS, SEGUROS, LEIS de TRABALHO e impostos.

      Igualdade e deveres iguais.
      Governo deve fiscalizar todos.
      São vidas de famílias que transportam.

  2. Ligeiro disse:

    Justo, que bom que tomaram iniciativa de procurar a forma política para lutar pelos interesses do grupo. Demorou um pouco até.

    Como já falei outras vezes nos comentários, o erro é que se deixou desregulamentar. O ideal é que a Abrati se reúna com empresas que estão fora de seu escopo (como as de fretamento e as “de tecnologia”) e comecem a se entenderem, assim já levando aos legisladores uma base para regulamentação. Porque tipo, não é só fazer uma manifestação. A lei está aí. E é compreensível – quem opera TRANSPORTE PÚBLICO, ela deve ter garantias para que não seja fácil “pular fora” quando houver baixa demanda. O ideal na verdade é uma aprimoração integrando o Marco Regulatório com o Sistema Único de Mobilidade Nacional. Ou seja, transporte rodoviário, caso ligado ao sistema público, DEVE atender integrações e subsídios.

    E para evitar uma competição com fretadores, as próprias grandes empresas do setor deveriam analisar se “copiar os adversários” (tipo quando a JCA fez o “Outlet de agens” depois da ascenção da B ou a simbiose da Flixbus com empresas regulares) não é algo similar ao que combatem, assim “dando tiro no pé”.

    Enfim, articular, convocar, discutir, aprimorar. Política é assim e é algo que todo ser humano faz. Senão, não tem relação social. Tudo é política. Até este comentário.

  3. Andre Luiz Sardinha Tavares disse:

    Desregulamentar é uma coisa, agora abrir mercado para quem não capacidade técnica-operacional é falta de responsabilidade.

  4. Carlos Roberto da Mota disse:

    Não podemos deixar acabar com nosso transporte de ageiros interestadual, hj temos empresas legalizadas, muito bem estruturadas, entendem do negócio, com plenas condições de oferecer estabilidade para o setor, não podemos ter aventureiros neste ramo, proporcionalmente temos quase nada de acidentes envolvendo ônibus rodoviários interestaduais, deixe banalizar este modal de transporte para vermos em pouco tempo, como mudará este cenário para muiiiito pior..!

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