Eletromobilidade

Trólebus em alta na Europa: mais uma cidade na Suíça compra modelos do tipo E-Trol da Hess 3l1o5a

Depois de mais de cem unidades para cidades de Lucerna e Lausanne, fabricante recebeu encomenda de 18 novos trólebus para Biel

ADAMO BAZANI

Os trólebus estão em alta na Europa e diversas cidades continuam encomendando os ônibus elétricos que circulam conectados à rede aérea. Só que a opção agora é o tipo E-Trol, cujo conceito já existe no Brasil (veja mais abaixo).

O E-Trol opera ligado à fiação, mas também funciona por meio de baterias, sem estar conectado.

Nesta sexta-feira, 26 de julho de 2024, a fabricante Swiss Hess anunciou que ganhou a licitação para fornecer 18 trólebus zero quilômetro para Biel, na Suíça, sendo 14 articulados e quatro de 12 metros.

O anúncio vem poucas semanas depois de uma grande encomenda fechada de cerca de 100 unidades para outras duas cidades da Suíça.

Como mostrou o Diário do Transporte, em 31 de maio de 2024, a VBL, de Lucerna assinou um pedido de 53 trólebus de alta capacidade. Dos 53 veículos, 46 serão trólebus articulados de 18 metros, enquanto sete serão trólebus biarticulados de 24 metros.

Já a TL, operadora de Lausanne, realizou um pedido de 51 novos trólebus, que a partir de 2026 substituirão ônibus a diesel. Ou seja, a frota de trólebus vai aumentar.

Relembre:

/2024/07/05/lucerna-e-lausanne-na-suica-encomendam-mais-de-100-trolebus-hess-com-tecnologia-semelhante-ao-e-trol-brasileiro/

Os trólebus de Biel serão equipados com sistema de funcionamento autônomo usando baterias e receberão a carroceria recém-projetada, projetada pela Hess. Os veículos entrarão em serviço no final de 2027. O investimento totalizou 201,62 milhões de francos suíços.

O contrato ainda prevê serviços de manutenção por cinco anos, de junho de 2026 a dezembro de 2031.

A frota atual de Biel tem 20 trólebus articulados, 10 dos quais foram entregues em 2008 e 10 em 2018, trabalhando nas rotas 1 e 4.

A meta da operadora de Biel, VB, é a eletrificação total da frota, que deve consistir praticamente exclusivamente de trólebus.

Ao todo, devem ser 122 unidades.

BRASIL:

Esta configuração é agora o padrão para todos os novos trólebus na Suíça e aplica o mesmo conceito do E-Trol, desenvolvido pela brasileira Eletra, de São Bernardo do Campo (SP).

O E-Trol é um veículo de tração elétrica que funciona como trólebus, conectado à rede aérea, mas também opera sem estar ligado à fiação, com baterias de tamanho reduzido.

Em 08 de julho de 2024, o Diário do Transporte trouxe uma reportagem especial sobre o E-Trol e o retrofit ecológico, que é a conversão de ônibus a diesel em ônibus a bateria e trólebus e caminhões a diesel em elétricos a bateria.

Segundo a diretora-executiva da Eletra Industrial, Ieda de Oliveira, o E-Trol é 30% mais barato que ônibus elétricos tipo plug-in (que carregam em tomadas) e as baterias duram até 40% mais.

Relembre:

/2024/07/10/entrevista-em-video-transformar-onibus-e-caminhao-a-diesel-em-eletrico-retrofit-gera-economia-de-30-e-trol-tambem-e-30-mais-barato-e-baterias-duram-ate-40-mais/

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Santiago disse:

    São Paulo tem uma longa experiência com este modal, inclusive tendo uma infraestrutura plenamente operacional que deveria ser modernizada e ampliada.
    Por dispensar os pesadissimos e caros kits de baterias de lítio, os E-trolls têm uma relação peso/potência muito melhor do que os elétricos a bateria, e portanto consumindo bem menos eletricidade por km rodado. Mais ainda, os trolebus são perfeitamente compatíveis com a atual rede de energia elétrica que abastece a cidade de São Paulo – sem qualquer necessidade das complexas alterações exigidas pelos elétricos à bateria.
    E aonde não for viável instalar redes aéreas para os trolebus, podemos adotar os hibridos-eletricos, os quais podem inclusive utilizar combustiveis mais limpos e com emissões quase zero de co2.
    Pelo tamanho da sua frota e pela diversidade das suas operações, São Paulo tem vocação natural e plena escala pra tornar-se um imenso laboratório para a melhora, o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias mais limpas, que conciliem cada vez mais a maior eficiência com o melhor custo-beneficio.
    Falta “apenas” a vontade politica e o planejamento serio pra isso.

    1. laurindojunqueira disse:

      Nossas minas produzem o Lítio. Vendemo-lo a preço de banana. Compramos baterias a preço de ouro. E vamos descartá-las onde, mesmo?

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