VLT da capital paulista vai tirar todos os ônibus do centro, ter 12 km e duas linhas – Veja mais detalhes 2l5uj

Projeto em São Paulo deve ter mesma finalidade do VLT implantado no centro do Rio de Janeiro (foto)

Como mostrou o Diário do Transporte em primeira mão, nesta sexta (1º), Governo Federal sinalizou à prefeitura que vali liberar R$ 1,4 bilhão por meio do PAC para as obras

ADAMO BAZANI

A prefeitura de São Paulo apresentou na tarde desta sexta-feira, 1 º de dezembro de 2023, mais detalhes do projeto de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que pretende implantar no centro da cidade.

Em primeira mão, o Diário do Transporte trouxe ainda na parte da manhã a informação que o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, sinalizou ao secretário de Governo da cidade, Edson Aparecido, que o Governo Federal vai liberar R$ 1,4 bilhão para a prefeitura implantar o sistema de “bonde moderno” na região central.

Ambos se encontraram na COP28, conferência do clima, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O dinheiro virá pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), cujo projeto foi inscrito pela prefeitura, que terá de dar um valor de contrapartida.

Relembre:

/2023/12/01/ministerio-das-cidades-vai-liberar-r-14-bilhao-para-o-vlt-da-capital-paulista-pelo-pac/

Pela proposta inicial da prefeitura de São Paulo, o VLT da região central terá duas linhas que vão somar 12 km.

O sistema de VLT em São Paulo deve contar com 27 estações de embarque e desembarque e vai ligar cinco terminais de ônibus, nove estações de metrô e duas estações de trens metropolitanos.

As duas linhas de VLT devem se integrar na Avenida São João.

A conexão com os terminais de ônibus vai remodelar as linhas da cidade.

À jornalista Ana Paula Rodrigues, da Rádio Bandeirantes, o secretário Edson Aparecido disse que a intenção é retirar o transporte coletivo sobre pneus (ônibus e trólebus) da região central, deixando apenas o VLT.

OUÇA:

“É uma mudança de concepção de transporte no centro da cidade. A ideia é a gente tirar o transporte sobre pneus, os ônibus, do centro da cidade. Sete secretarias estão trabalhando nisso, na modelagem da PPP [Parceria Público Privada], que vai definir a construção, o material rodante [trens] e sistemas. Todo o estudo de linhas de ônibus que a gente vai tirar do centro será feito pela secretaria de transportes e também todo o estudo da SP Urbanismo que valorizar a requalificação do território por onde o VLT vai ar” – explicou.

A prefeitura destacou a conexão entre os Terminais Dom Pedro II, Bandeira e Princesa Isabel, absorvendo os ageiros que têm como origem as zonas Leste, Sul, Norte e Oeste.

O projeto de VLT ainda quer criar uma articulação entre bairros da região central, como Bom Retiro e Brás.

Para a prefeitura, o modal de trilhos vai atender a espaços relevantes do ponto de vista econômico e cultural, como o Mercado Municipal, Triângulo Histórico, Rua 25 de Março, Theatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Municipal Mário de Andrade.

Parques e espaços livres de relevância também arão a ser ados pelo que a prefeitura chamou de “Bonde São Paulo”, como o Vale do Anhangabaú, Parque da Luz, Largo do Paissandu, Largo do Arouche Praça da Sé, Praça Dr. João Mendes, Praça da República, Parque Dom Pedro II e Parque Minhocão.

No dia 08 de novembro, o Diário do Transporte informou que a prefeitura constituiu um Grupo de Trabalho Intersecretarial (GTI) para promover discussões e formular propostas sobre a implantação deste tipo de sistema.

Relembre:

/2023/11/08/prefeitura-de-sp-cria-grupo-de-trabalho-para-retomar-proposta-de-vlt-no-centro-da-capital/

A prefeitura de São Paulo pretende criar um modelo de PPP (Parceria Público Privada) que contemplaria para o mesmo grupo empresarial a construção e a operação do VLT.

Segundo a istração municipal, nos próximos meses deve ser lançado um chamamento público para receber contribuições da sociedade civil e da iniciativa privada para o projeto.

ESTUDO DE VLT PARA SÃO PAULO EM 2017:

Não é a primeira vez que um VLT é pensado para o centro da cidade de São Paulo.

Em 2017, ainda quando era prefeito de São Paulo, João Doria anunciou estudos para o “bonde do centro” dentro do projeto “Cidade Linda”.

Na ocasião, o escritório criado pelo urbanista e ex-governador do Paraná Jaime Lerner tinha sido contratado para desenvolver um projeto de requalificação do centro da cidade de São Paulo.

Havia as alternativas de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) ou VLPs (Veículos Leves sobre Pneus).

O projeto, de iniciativa do Secovi, sindicato do setor imobiliário, tinha prazo de 12 anos e fora doado à prefeitura, como proposta para revitalizar o centro com bulevares e duas linhas turísticas de Veículo Leve Sobre Pneus (VLP), uma espécie de bondes modernos movidos a eletricidade.

VLT DO RIO DE JANEIRO E VLT DA BAIXADA SANTISTA:

No Brasil, existem dois exemplos de VLT, ambos operados pela iniciativa privada.

Rio de Janeiro:

O VLT Carioca, no Rio de Janeiro, foi criado com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana no centro da capital e requalificar a região central e a zona portuária. São três linhas em operação que somam aproximadamente 28 Km de trilhos: Praia Formosa x Santos Dumont (Linha 1); Praia Formosa x Praça XV (Linha 2) e Central x Santos Dumont (Linha 3).

O sistema não tem catracas e, apesar disso, possui uma das menores evasões de tarifa do Estado do Rio de Janeiro, ou seja, menos gente andando sem pagar.

O VLT Carioca conta com 29 paradas e estações em operação e 32 trens na frota.

A operação é pela iniciativa privada

A Concessionária do VLT Carioca é responsável pela implantação, operação e manutenção do Veículo Leve sobre Trilhos no Centro e Região Portuária do Rio. É formada pelo Grupo CCR (CIIS – Companhia de Investimento e Infraestrutura e Serviços), Invepar, Odebrecht Mobilidade, Riopar Participações, RATP e BenittoRoggio Transporte (BRT).

O Grupo CCR atua no sistema de trilhos de São Paulo pela ViaQuatro (linha 4-Amarela de metrô) e ViaMobilidade (linha 5-lilás de metrô, linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos) em sociedade com o Grupo Ruas Invest, ligado aos ônibus da cidade de São Paulo.

Baixada Santista:

O VLT da Baixada Santista também é de operação privada.

O sistema é concedido à BR Mobilidade, empresa do Grupo Comporte, da família de Constantino de Oliveira, um dos maiores operadores de ônibus do Brasil, fundador da Gol Linhas Aéreas.

A concessão é pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), do Governo do Estado. A BR Mobilidade opera todos os ônibus do sistema EMTU na Baixada Santista: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, Cubatão, São Vicente, Santos, Guarujá e Bertioga.

A rede do VLT da Baixada Santista atualmente liga as cidades de Santos e São Vicente, mas há projetos de expansão.

São 15 estações em 11,5 km no trecho Barreiros-Porto, mas o projeto total contempla 26,6 km (somando os trechos entregues, em obras e em fase de projeto). Há ainda 14 estações previstas no trecho Conselheiro Nébias-Valongo e quatro projetadas no trecho Barreiros-Samaritá.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. douglas dos santos guerra disse:

    Nasci e moro na região central a mais de 50 anos,e duvido que esse projeto vá adiante,nem dos moradores de rua eles cuidam,o dinheiro vai escorrer pelos dedos e nada vai ser realizado,desculpem a franqueza,o centro infelizmente está na UTI,e não vejo perspectiva de melhoras…

  2. Ivan bueno disse:

    Puro Blá Blá Blá ! Ano que vem tem eleições para prefeito……., eles começam a divulgar essas notícias prá buscar votos. Não vai acontecer nada !!!!!!!

  3. Rogério disse:

    É inevitável perguntar: com todos os problemas de zeladoria, segurança e preservação do patrimônio no Centro se este projeto é uma prioridade. Já imagino o “fluxo” interrompendo a circulação do VLT

  4. Joan Queiróz disse:

    A ideia até vale, mas quanto tempo vai levar até depois da inauguração pra depenarem tudo aí? Acho que dois dias, no máximo…

  5. Ronaldo disse:

    VLT. Nada mais que bonde revitalizado, isso já existem em São Paulo , bonde pesquisem …nada de novo ,tiraram o bonde porque atrapalha o trânsito 🚦 agora trazem de volta kkkk

    1. laurindo junqueira disse:

      Ou será que os automóveis é q aram a atrapalhar o trânsito dos bondes, Ronaldo?

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