História

ENTREVISTA e 60 fotos: Conheça o antes e o depois do Gabriela Tupi que foi destaque na BBF e o ex Penha São Miguel que “doou” as peças 4i4i58

O guerreiro Penha São Miguel "doador" de peças

Ônibus do empresário Willians Eustáquio Gonçalves chama a atenção pela perfeição de detalhes e fidelidade às características originais; Processo de restauração contou com a experiência da Gatti Turismo

ADAMO BAZANI

OUÇA:

A BBF (BusBrasil Fest), exposição de ônibus antigos e novos, que foi realizada em 27 de novembro de 2022, na cidade de Barueri, na Grande São Paulo, trouxe veículos históricos que se tornaram velhos conhecidos dos iradores, sendo uma oportunidade para revê-los, mas também, exemplares inéditos.

Entres estes “novos antigos”, um dos que mais chamaram a atenção pela qualidade da restauração e pela fidelidade aos detalhes originais, foi o Caio Gabriela II – Mercedes-Benz LPO 1113/45, com a pintura “saia e blusa” do sistema da capital paulista usada pela antiga empresa TUPI (Transporte Urbano Piratininga Ltda).

O veículo, ano 1980, é de propriedade do empresário do setor de autopeças Willians Eustáquio Gonçalves, que sempre gostou de ônibus desde criança.

O empresário gravou no dia do evento uma entrevista com o Diário do Transporte e, na semana pós-BBF, ou fotos inéditas do antes, durante e o pós restauro, que foi feito pela experiente equipe da Gatti Turismo. A reportagem presenteia os leitores com este registro histórico.

O colecionador trouxe uma informação inédita para muitos: o Caio Gabriela com a pintura da Tupi só se tornou realidade graças a outro Caio Gabriela guerreiro que circulou pelas ruas de São Paulo.

Trata-se de um exemplar de um veículo que foi da empresa Penha-São Miguel, outra tradicional empresa de ônibus da cidade de São Paulo, que operava na zona Leste.

Este Penha-São Miguel foi encontrado na cidade de Ibirá, interior de São Paulo, próximo a São José do Rio Preto.

TRÊS MEMÓRIAS, UM VEÍCULO:

Na história de um único veículo, há a memória de três empresas e três regiões da capital paulista:

– Zona Sul, pela Tupi, que marcou a infância e a memória do colecionador, que quis fazer esse resgate histórico;

– Zona Leste, pela Penha-São Miguel, cujo ônibus foi “doador” de peças.

– E tem ainda a Viação Nações Unidas, da zona Norte, a quem originalmente pertenceu o ônibus Gabriela restaurado que recebeu os padrões da Tupi.

Infelizmente, a situação do ex Penha São Miguel estava bem mais precária, tornando quase impossível seu restauro. Mas, de certa forma, a memória do veículo foi eternizada no ônibus recuperado e que recebeu a pintura da Tupi.

Willians, com seu Tupi, quis proporcionar uma viagem no tempo com o ônibus que tem até dinheiro fictício na caixa do cobrador da época em que prestava serviços.

O empresário já é colecionador de carros de eio antigos. Chegou a ter mais de 15, mas relatou que ônibus é bem diferente, já que o nível de dificuldade é maior para restauro.

Depois de trabalhar por décadas na Nações Unidas, da capital paulista, o Gabriela operar para transporte rural de trabalhadores de plantações de cana de açúcar no interior paulista, foi para Minas Gerais e, em seguida, para Itaubi, cidade interior de São Paulo.

O veículo custou cerca de R$ 25 mil, mas o restauro chegou a R$ 80 mil.

O tempo de restauro foi de cerca de nove meses e a inscrição “Clara” sob a janela do motorista, é uma homenagem à filha de Willians.

ANTES DA RESTAURAÇÃO:

DURANTE A RESTAURAÇÃO:

DEPOIS DA RESTAURAÇÃO:

 

PENHA-SÃO MIGUEL QUE DOOU AS PEÇAS:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

 

Comentários

Comentários 72495v

  1. Laércio Dart disse:

    Excelente reportagem do Diário do Transporte, transformar um veículo que estava virando sucata neste lindo ônibus dos anos 80 não tem preço, parabéns a todos envolvidos neste lindo trabalho que resgata a história do transporte coletivo de SP. Laércio Dart

    1. mcs985 disse:

      Sucata, não… pelo visto nas fotos do antes ele estava até que bem conservado. Agora sucata está virando o pobre doador PSM. Merecia uma chance, também…

  2. Mario disse:

    Caio Gabriela, não. é a alteração do Bela Vista onde colocaram está frente e depois veio este modelo?

    1. diariodotransporte disse:

      A cronologia é Bela Vista I, Bela Vista II (o Máscara Negra), Gabriela I (ainda a traseira arredondada) e Gabriela II (já com traseira mais reta)

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