HISTÓRIA: Evolução dos Ônibus Articulados em Jundiaí e uma pincelada sobre as versões no Brasil 4pg6o

Um dos primeiros modelos articulados de Jundiaí

Pesquisador Ismael Toledo Junior traz um histórico de como os “gigantes” auxiliaram o desenvolvimento da cidade do interior de São Paulo

ADAMO BAZANI – Texto de introdução

ISMAEL TOLEDO JÚNIOR – Pesquisa e Artigo sobre Jundiaí

Ônibus articulado é sinal de que um sistema de transportes cresceu em meio às necessidades de deslocamentos.

Nem sempre o crescimento foi compatível com estas necessidades, mas é inegável que os modelos articulados desempenham um papel imprescindível em linhas troncais de médios e grandes sistemas.

Nesta edição do Diário do Transporte, o leitor e pesquisador Ismael Toledo Junior conta a evolução dos ônibus articulados em Jundiaí, uma das mais importantes cidades do interior paulista.

O artigo completo você lê abaixo, mas antes o Diário do Transporte traz um rápido resumo das raízes dos articulados e seu desenvolvimento. Lembrando que é apenas um resumo mesmo para contextualizar.

POR UM TRANSPORTE SOBRE PNEUS COM MAIOR CAPACIDADE:

As tentativas de ampliar a capacidade dos sistemas sobre pneus em relação aos veículos são antigas, o que mostra que há muito tempo as cidades já eram carentes de um atendimento mais amplo. Nos anos 1950 e 1960, se destacaram os Papa-Filas em diversas partes do País, que eram grandes carrocerias para ageiros tracionadas por um cavalo de caminhão.

A Massari foi uma das fabricantes que marcaram época. Relembre:

/2018/03/04/historia-massari-a-base-do-papa-fila/

Entre os anos 1960 e 1970, surgiam em cena os ônibus do tipo Romeu e Julieta. Era um ônibus comum que “puxava” outra carroceria e chassi, mas não havia articulação e comunicação interna entre o veículo e o “vagão”.

Um dos modelos que foram marcantes na configuração Romeu e Julieta foi o San Remo, mas houve outros, como o Veneza.

Relembre história do San Remo, que também teve articulado:

/2016/05/22/historia-san-remo-um-festival-de-evolucao/

Mas foi em 1978 que a solução chegaria. A Scania e a Caio apresentaram o Gabriela Articulado.

O veículo foi montado sobre chassi Scania B 111, motor DS 11, turbo alimentado, de 296 cavalos de potência. A capacidade era para 180 ageiros (tudo o que alguns serviços de alta demanda precisavam na época). Além disso, o primeiro articulado tinha caixa manual de seis marchas (5 para frente e uma ré), com opção para a instalação de caixa automática. O sistema de freios tinha circuito independente para cada um dos 3 eixos. A direção era hidráulica, e a articulação Recrusul-Schenk era apoiada sobre chapa de aço no chassi dianteiro. A ligação com o carro traseiro era feita com sistema emborrachado para absorver impactos e dar mais conforto a usuários e funcionários. O peso vazio do articulado Gabriela Scania era de 13 toneladas, e o bruto de 30 toneladas. A carroceria media 18,15 metros. Apesar das dimensões, em comparação aos veículos convencionais, o Gabriela/Scania articulado não era muito gastão. Fazia 2,6 quilômetros por litro de diesel, contra 3 quilômetros por litro de rendimento dos demais veículos de transporte público. A vida útil estimada, de 15 anos, contra 10 dos ônibus comuns, também era outro diferencial. A primeira empresa a operá-lo foi a Transurb, de Goiânia, com 4 carros articulados.

Relembre a matéria histórica:

/2020/01/01/historia-caio-gabriela-um-simpatico-divisor-de-aguas/

Com o tempo, o articulado foi crescendo e ganhou um irmão maior no Brasil, o biarticulado (com duas articulações) lançado em 1991 para o sistema de Curitiba. Era um Volvo B58E, com carroceria Ciferal, de 25 metros de comprimento.

Relembre matéria com curiosidades dos biarticulados:

/2020/08/23/especial-em-extincao-na-cidade-de-sao-paulo-biarticulados-somam-97-unidades-na-frota-da-capital/

Mas entre os veículos de uma articulação apenas, as dimensões também iam se ampliando.

Em 23 de setembro de 2008, a Scania apresentou para o sistema Linha Verde, de Curitiba, um ônibus com chassis 8X2 articulado, com 20,3 metros de comprimento. .A capacidade era para até 186 ageiros e o PBT – Peso Bruto Total de 34,5 toneladas.

Em 2012, ganharam as ruas o articulado de 23 metros da Mercedes-Benz, chamados de superarticulados pela fabricante. Presentes atualmente em diversas cidades brasileiras, os superarticulados se destacam na capital paulista, onde de acordo com a gerenciadora SPTrans, há quase 1,5 mil unidades rodando, mas o início deste modelo foi em 2012 com a Metra, empresa que opera o Corredor Metropolitano ABD, a ligação entre as zonas Leste e Sul da cidade de São Paulo, ando por municípios do ABC Paulista. Há também um superarticulado no Corredor ABD do tipo Dual Bus, único no Brasil. Trata-se de um modelo que reúne em um só veículo as tecnologias trólebus, ônibus à bateria e ônibus híbrido (com um motor a diesel e motores elétricos).

Os articulados maiores que os “básicos” de 18 metros a 20,5 metros entraram na era do transporte. Além do Dual de 23 metros da Eletra, em abril de 2020, a empresa chinesa BYD anunciou o fornecimento para o sistema de São José dos Campos, no interior de São Paulo, 12 unidades de 22 metros elétricos com bateria, fabricados em Campinas, também no interior paulista.

Relembre:

/2020/04/29/byd-vai-fornecer-12-onibus-articulados-100-eletricos-de-22-metros-para-linha-verde-de-sao-jose-dos-campos/

Os veículos vão receber uma carroceria nova da Marcopolo, a Attivi Express e a previsão dada pela prefeitura é que os veículos, num sistema de corredores, devem começar a circular em outubro de 2021.

Relembre:

/2020/08/10/brt-sao-jose-dos-campos-marcopolo-byd/

JUNDIAÍ:

A história dos articulados de Jundiaí começou nos anos 1990, com um veículo de testes pela Viação Jundiaiense.

É o que o pesquisador conta.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Jeferson disse:

    Muito boa a evolução dos ônibus convencional para ou ônibus articulado. Temos que levar dos motoristas que dirigir os ônibus articulado que e muito difícil fazer monobra.

  2. wellington dornelas disse:

    Show de reportagem parabéns.

  3. Fernando grego disse:

    Esse da Leme carroceria Caio 0-400 Era automático ainda andei bastante neles ano de fabricação era 97

  4. WELLINGTON RANDAL DE OLIVEIRA disse:

    Esse primeiro ônibus articulado da Marcopolo eu tenho uma lembrança bem remota de quando eu era criança dele circulando aqui no meu bairro, em meados de 1997, eu lembro que ele tinha uma faixa verde na lateral, eu era louco para andar nesse ônibus, nessa época eu tinha 8 anos, mas pena que ele rodou aqui poucos dias.

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