Bombardier repele acusação: choque de trens na linha 15-Prata não ocorreu por falha no sistema CBTC 6w6u47

Foto meramente ilustrativa de trens da Linha 15-Prata. Crédito: Peter Alouche

Fabricante canadense afirma que sistema é seguro, e repete conclusão de laudo do Metrô: houve falha humana, ao contrário do que diz o Sindicato dos Metroviários

ALEXANDRE PELEGI

Após o Sindicato dos Metroviários de São Paulo culpar o sistema CBTC (Communications-Based Train Control – Controle de trens baseado em comunicação) pelo choque entre duas composições da linha 15-Prata de monotrilho no dia 29 de janeiro de 2019, a Bombardier, fabricante dos trens e do equipamento contestou a afirmação. Relembre: Sindicato dos Metroviários diz que acidente com monotrilho foi causado por ausência de sistema de comunicação

A empresa canadense enviou nota ao site Metrô TM contestando a posição dos metroviários: “o trem M22 não estava ‘desligado’. O trem estava estacionado junto à plataforma da estação Jardim Planalto, que não está operacional, e estava protegido pelo sistema, que estabelece uma área de restrição em torno do trem e evita que outro trem entre naquela região”.

O Diário do Transportes entrevistou um dos coordenadores da Secretaria Geral do Sindicato dos Metroviários, Vagner Fajardo, no último dia 7. Ele afirmou que o sistema da Bombardier, responsável pela sinalização e controle dos trens, tem falhas. De acordo com Fajardo, ao invés de falha humana, como concluiu o Metrô de São Paulo, o que houve foi uma falha no CBTC.

Raimundo Borges, outro coordenador da entidade, repetiu a acusação: “E a frase que está nos jornais é: ação humana tornou trem M22, que estava estacionado, invisível à CBTC. Isso é mentira, nós queremos deixar categórico. Não é verdade. O trem estava invisível devido ao CBTC, é o inverso”, disse. “Ao se desligar o trem, ele desaparece para o sistema”.

A posição da Bombardier vai ao encontro da nota expedida pela Companhia do Metrô de SP, que no dia 5 de fevereiro de 2019 divulgou um laudo da comissão de segurança informando que o acidente foi causado por falha humana. Relembre: Laudo do Metrô aponta falha humana no acidente da Linha 15 – Prata de monotrilho

A fabricante canadense também garantiu na nota encaminhada ao site Metrô TM que o sistema CBTC é totalmente seguro: “o sistema CITYFLO é uma solução de controle automático de trens (ATC) segura e eficiente, provada em aplicações urbanas e certificada com o nível máximo de segurança (SIL4), conforme definido pela norma técnica 61508 da International Electrotechnical Commission (IEC). O sistema de bordo para Proteção Automática de Trem (ATP) e Operação Automática de Trem (ATO), garante uma operação automatizada e confiável dos trens, assegurando que o trem transite a uma distância segura de outros trens. O CITYFLO 650 é projetado de acordo com as normas CENELEC e outras normas europeias aplicáveis e atende também à norma IEEE 1474 para sistemas CBTC. Este sistema está em operação ou em implantação em mais de 40 linhas ao redor do mundo.”

Ouça a entrevista com Vagner Fajardo:

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Esse “ping pong” precisa ser melhor explicado, pois na prova dos 9 não a.

    Será que:

    O CBTC não tinha um fio solto ?

    Não houve falha na transmissão do sinal ?

    Tinha sinal ?

    Não foi falha de software ?

    Não foi falha de hardware ?

    Não tem alguma interferência que impede a emissão de sinal ou o funcionamento do CBCT ?

    Calma, não entendo desta área, mas se a “BOMBArdier” diz o que o sistema é perfeito e os Aerotrens se chocaram tem uma peça nessa investigação que não se encaixa.

    Já que desperdiçaram um montão de dinheiro do Contribuinte neste Aerotrem, nada mais justo que os
    contribuintes recebam uma resposta precisa.

    Ratifico a solicitação do laudo do IPT o qual é um órgão sério e será isento entre as partes.

    Att,

    Paulo Gil

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