Prefeitura apresenta plano cicloviário para a capital nesta sexta-feira, 3 2avr
Publicado em: 3 de agosto de 2018 v2z6t
Proposta mira na conexão da rede cicloviária a terminais de ônibus e estações do Metrô e da TM
ALEXANDRE PELEGI
O prefeito Bruno Covas e o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, apresentam às 11 horas desta sexta-feira, dia 3 de agosto de 2018, o plano cicloviário da cidade de São Paulo.
A partir da apresentação o plano cicloviário será debatido em audiências públicas nas 32 prefeituras regionais.
O objetivo da proposta segundo a istração municipal, é “garantir a melhoria da mobilidade e maior conexão entre os diferentes modais de transportes”. O foco central da proposta é conectar a rede cicloviária a terminais de ônibus e estações de trens da TM e do Metrô.
O plano cicloviário recebeu consultoria técnica de duas instituições internacionais: Bloomberg Philanthropies e WRI Brasil. O prefeito chegou a se encontrar em julho, em viagem a Nova York, com Janette Sadik-Khan, ex-secretária de Transportes da cidade americana e atualmente consultora da Bloomberg.
Seguindo o roteiro adotado na implantação do plano cicloviário de Nova York, o plano da Prefeitura envolve ideias de traffic calming (acalmamento do trânsito) e a intensificação do diálogo com a sociedade. No entanto, a questão da redução da velocidade, que integra o conceito adotado na cidade americana e outras cidades do exterior (entre 30 e 40 km/h), não é explicitado no plano paulistano, que em seu lugar prefere intensificar a implantação de “lombofaixas” e a ampliar (alargar) calçadas.
O jornal O Estado de SP, que teve o antecipado ao plano que será apresentado hoje, cita em matéria publicada nesta sexta-feira que o projeto está assentado em uma hierarquização das vias. Nas mais movimentadas, como Avenida do Estado e Radial Leste, haverá ciclovias, já nas conexões entre os bairros e as grandes avenidas o plano prevê a introdução de ciclofaixas, com a criação de ciclorrotas nas ruas do miolo dos bairros.
O projeto prevê ainda a implantação de eixos cicloviários. Num prazo de dez anos o plano pretende criar um “anel cicloviário” compreendendo as vias mais movimentadas da capital – Marginais Tietê, Marginal Pinheiros, Avenida Bandeirantes, Avenida Tancredo Neves, Juntas Provisórias e Salim Farah Maluf.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
Comentários
Estamos diante de alguns invasores do espaço, que vão dar solução, a longo prazo, aos espaços minúsculos da nossa cidade de São Paulo. O nosso problema é que os arquitetos estrangeiros tem todas as ferramentas para liberar espaço onde não há condições de circulação dentro da cidade. Querem alargar mais as calçadas, que já são apertadas, querem colocar ônibus maiores para carregar mais ageiros. A solução para o problema de espaço é utilizar os horários ociosos, como nas madrugadas, onde muitas empresas podem trabalhar 24 horas com 3 turnos de 8 horas cada. Eu já fiz essa sugestão há mais de 20 anos, é claro que empresas pequenas ou microempresas não poderiam manter esse ritmo, mas, muitas empresas com estruturas seguras e a possibilidade de criar empregos para diminuir o desemprego atual. As empresas públicas como a Câmara Municipal de São Paulo, onde muitos gabinetes de vereadores estão saturados de funcionários, que não podem trabalhar o período integral, pois não tem lugar para todos ao mesmo tempo. Se o presidente da Câmara convocar todos os vereadores com seus auxiliares mais os funcionários contratados, certamente haverá uma aglomeração espantosa na porta do prédio da Câmara Municipal de São Paulo. Quanto ao espaço da cidade de São Paulo, a ideia é planejar o transporte público de acordo com a necessidade de cada região, por que os “invasores” vão fazer mudanças para manter os mesmos problemas que já estamos acostumados. Lamentavelmente vai sair mais dinheiros pelo ralo.