Proposta de licitação dos ônibus da cidade de São Paulo reúne diversos erros, aponta relatório 5p2c2x
Publicado em: 23 de janeiro de 2018 161a1y

Segundo análise de especialista, protocolada por vereador, há problemas como linhas projetadas para operar em ruas que são contramão ao trajeto estipulado pela Secretaria de Mobilidade e Transportes
ADAMO BAZANI
Em fase de consulta pública até o próximo dia 3 de fevereiro, prazo que a prefeitura de São Paulo recebe sugestões, as minutas da licitação do sistema de ônibus na cidade têm sido alvo de críticas e, a julgar pelo número de observações e propostas de correções, se a prefeitura ao menos estudar todas as manifestações, a publicação dos editais definitivos deve demorar.
Conforte noticiou o Diário do Transporte, somente as empresas de ônibus devem encaminhar mais de 70 páginas sugerindo mudanças na licitação. Relembre:
/2018/01/22/empresas-de-onibus-de-sao-paulo-querem-mudancas-na-licitacao-dos-transportes/
Na Câmara Municipal também há movimentações.
O vereador Caio Miranda e a tecnóloga em transportes Raquel Ferreira da Silva protocolaram na Secretaria de Mobilidade e Transportes, responsável pela licitação, um documento de 14 páginas que aponta o que consideram “inconsistências” nas minutas do edital.
De acordo com a análise da especialista, há linhas que, de acordo com o projeto da SPTrans – São Paulo Transporte, fariam com que os ônibus fossem obrigados a trafegar na contramão.
É o caso, por exemplo, de linhas projetadas nas imediações do Terminal Penha, na Zona Leste.
Outro problema apontado pelo estudo da tecnóloga é que a proposta de edital pede ônibus de tamanho incompatível para algumas linhas, como compridos demais para curvas ou altos para agens sob pontilhões.
Exemplos disso são as linhas que atendem uma agem subterrânea de 3,20 metros na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na zona Noroeste. As minutas exigem que estas linhas tenham veículos cujos modelos são de 3,40 metros de altura.
O documento ainda mostra erros na nomenclatura de linhas e distribuição de lotes e pede inclusão de metas de redução de emissões de ruídos pelos ônibus.
Veja aqui:
Estudo Linhas Licitação São Paulo
A licitação dos transportes na cidade de São Paulo é a maior da modalidade no mundo.
Os contratos, por 20 anos, devem ser de R$ 66 bilhões. A frota deve ser reduzida dos atuais 14.444 veículos (entre reservas e operacionais) para 13.603 veículos. Mesmo assim, a istração do prefeito João Doria prevê uma ampliação no número de espaço para os ageiros: dos atuais 1,03 milhão de lugares (1.033.354 ) para 1,13 milhão de lugares (1.135.826)– o equivalente a 10% de crescimento na oferta total. Ainda segundo a istração, a oferta maior seria possível pelo racionamento das linhas que diminuiria o tempo dos percursos e possibilitaria mais viagens e, principalmente, pela substituição de ônibus menores por modelos padrons, articulados, superarticulados e biarticulados.
O total de linhas deve cair dos atuais 1.335 trajetos para 1.187 percursos num período de três anos após a dos contratos.
O total de baldeações no sistema (quando o ageiro precisa pegar mais de um ônibus para fazer sua viagem) deve subir em torno de 4% segundo a prefeitura que promete diminuir em 5% o tempo geral de deslocamento por ônibus na cidade.
Veja os detalhes neste link:
RESPOSTA:
Em nota, a SPTrans diz que todos os questionamentos feitos no relatório apresentado pelo vereador, foram encaminhados à Comissão de Licitação e serão respondidos.
A gerenciadora de transportes da cidade ainda informou que as mudanças de frota têm o objetivo de aumentar o conforto dos ageiros e a oferta de lugares no sistema e que pode alterar os tipos de ônibus de acordo com as condições operacionais.
A SPTrans ainda esclareceu que as nomenclaturas das linhas visam facilitar a identificação pelos ageiros. Veja nota na íntegra
A respeito da reportagem “Proposta de licitação dos ônibus da cidade de São Paulo reúne diversos erros, apontam especialistas”, publicada no dia 23 de janeiro, a SPTrans informa que os questionamentos do vereador Caio Miranda foram direcionados à Comissão Especial de Licitação e as respostas serão publicadas oportunamente em conjunto com todas as demais.
Vale mencionar, contudo, que os cálculos de frota para cada linha têm o objetivo de aumentar o conforto e a oferta de lugares à população. Quando for necessário, na ocasião da implantação, alguns veículos poderão ser substituídos por razões operacionais, sem que haja prejuízo ao atendimento.
Já os nomes de linhas são atribuídos de modo a identificar o bairro, centro comercial, terminal de ônibus ou estações de metrô. Alguns terminais de ônibus, como é o caso dos Terminais Lapa e Pinheiros, não possuem espaço para acomodação adequada de todas as linhas, e na maioria dos casos optou-se pela manutenção da denominação atualmente utilizada e já conhecida pelos usuários.
Após a consolidação de todas as revisões necessárias, inclusive as decorrentes da Consulta Pública, e acomodação das linhas nos berços dos terminais, a denominação das linhas deverá indicar o Ponto Final de cada uma.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Gestor João Jegão!
Podem escrever eles so vão reduzir a frota, mais nada não vai ter substituição coisa alguma, este governo e um pesadelo, eu so me consolo de não ter votado nele, mas como cidadão também estou sofrendo as consequências.
Amigos, boa noite.
Depois de tanto tempo e de todo o ocorrido até hoje ERROS, são inissíveis.
ACORDA SAMPA, MUDA BARSIL.
Att,
Paulo Gil