Projeto de vereador propõe circulação de bicicletas em faixas exclusivas de ônibus em Curitiba 2v141n

O projeto, no entanto, não inclui a permissão de circulação nas canaletas dos ônibus biarticulados. A Urbs, empresa municipal que gerencia o transporte coletivo na capital paranaense, é contra a proposta, defendia pelo vereador Goura

ALEXANDRE PELEGI

Um projeto de lei, em tramitação na Câmara dos Vereadores de Curitiba, propõe que as faixas exclusivas para ônibus possam ser compartilhadas com os ciclistas. O projeto é de autoria do vereador Goura (PDT), um conhecido cicloativista.

Em suma, o que o PL quer é que as bicicletas deixem de circular entre os carros, ando a circular nas faixas reservadas aos ônibus nas ruas em que não houver ciclofaixa. O projeto, no entanto, não inclui a permissão de circulação nas canaletas dos ônibus biarticulados.

A Urbs, empresa municipal que gerencia o transporte coletivo na capital paranaense, é contrária ao projeto. O motivo: a segurança de ciclistas, pedestres e ageiros dos ônibus, que ficaria comprometida. A assessoria de imprensa da Urbs cita os acidentes que ocorrem nas canaletas, apesar do projeto não visar este espaço.

Recentemente a prefeitura de Curitiba, através da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), anunciou a intenção de recolher bicicletas de ciclistas que circulam pelas canaletas reservadas ao ônibus biarticulados. A medida está prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O artigo 255 da legislação específica (Lei 9.503, de 1997) prevê que conduzir bicicletas em locais proibidos, ou de forma agressiva, é postura ível de multa e de remoção do veículo, que só pode ser retirado depois do pagamento da multa.

No entanto, a medida em estudo pela Prefeitura já foi tentada antes e não deu certo. Em 2002, um projeto de recolher bicicletas de ciclistas que circulasse nas canaletas não funcionou. Na época, foram espalhadas mais de 400 placas que advertiam a proibição de circulação nas canaletas e nos calçadões.

FAIXAS EXCLUSIVAS:

As faixas exclusivas para ônibus são diferentes do sistema por onde trafegam os biarticulados. Diferente destes, elas não têm a separação das canaletas.

Implantadas em 2014, as faixas exclusivas são pistas implantadas em ruas e avenidas de trânsito compartilhado, separando uma faixa de rolamento para uso dos coletivos, que podem ser micro-ônibus, ônibus comuns ou articulados.

O coordenador da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu (Cicloiguaçu), Felipe França, defende a ideia, afirmando que é preciso criar novas formas para ampliar o o das pessoas que usam a bicicleta a outras regiões da cidade.

Em declaração ao jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, ele afirma: “Curitiba é uma cidade pensada para quem tem carro. A faixa do ônibus é a via mais calma dentre todas as opções disponíveis nesses locais”.

Felipe também escora sua opinião no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Segundo ele, o CTB estabelece que na ausência de vias destinadas às bicicletas, elas devem circular nos bordos da pista de rolamento. A intenção, ele diz, é diminuir o risco que os ciclistas correm todos os dias quando circulam nas ruas de Curitiba.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transporte

Comentários

Comentários 72495v

  1. antonio carlos disse:

    o rapaz ai deve ser socio de alguma funerária.

  2. orlando silva disse:

    VEREADOR UM TANTO INSANO…Para este tipo de projeto, é necessário que se estude o tipo de condutor e sua conduta (o que é impossivel) diante dum transito caótico que já temos, com motociclistas de primeira viagem, motoboys a serviço, motoristas de coletivos e taxistas, caminhoneiros de carretas e VUCs…,,e agora ciclistas. Não pensou direito, e a cidade que implantar terá consequencias sérias,,Já vimos isso na maior avenida de SP a Paulista. Mortes.

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