Eliminação de dinheiro dentro de ônibus em São José dos Pinhais só foi possível com ampliação de rede autorizada, diz empresa de bilhetagem 1o231k

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Ônibus em São José dos Pinhais. Bilhetagem eletrônica total foi implantada aos poucos.

Desde janeiro, nenhum ônibus do sistema dessa cidade da região metropolitana de Curitiba aceita pagamento em dinheiro

ADAMO BAZANI

A retirada de circulação de dinheiro dentro dos ônibus é um assunto polêmico. Por um lado, empresas e gestores públicos dizem que há vantagens como barateamento das operações e o aumento da segurança, já que os veículos ficam menos atrativos para assaltos.

Em compensação há a preocupação em torno da eliminação dos postos de cobradores e aumento do desemprego.

Aos poucos, diversas cidades têm adotado meios eletrônicos como única forma de pagamento nos coletivos. São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, é uma delas. Desde janeiro deste ano, os ônibus do sistema VEM São José não aceitam mais dinheiro.

De acordo com a Empresa 1, responsável pela parte tecnológica, foi necessário um período de transição para que ageiros e trabalhadores do sistema pudessem se habituar.

“Este projeto nasceu há dois anos por meio de negociações com a prefeitura local para buscar estímulos para o crescimento da demanda e alternativas para redução dos custos envolvidos na prestação de serviço. A primeira ação foi a criação de uma tarifa diferenciada para pagamentos com cartão do transporte. Os pagantes em dinheiro representavam 37% do total de ageiros, contra 18% do cartão cidadão e 45% de vale transporte. Porém, com apenas três postos de venda e recarga de cartões disponíveis, o estímulo não foi suficiente para fazer com que os ageiros migrassem para o cartão, e tampouco impactou positivamente nos custos da operação.” – diz em nota.

A diretora do Consórcio Vem São José e da Auto Viação Sanjotur, Beatriz Britto, disse que a bilhetagem eletrônica só começou a ficar mais cômoda e ideal para os ageiros após ampliação do ponto de venda e recarga de crédito.

“O trabalho de criação de novos postos de venda foi gradativo, seguindo uma estratégia focada nas regiões atendidas pelas linhas que concentravam o maior volume de pagamento em dinheiro. Estes foram os primeiros alvos para  fortalecimento da rede de venda, e consequente retirada do cobrador dos veículos. A cada dez dias, aproximadamente, um novo bairro era atendido. Menos de seis meses depois o pagamento exclusivo em cartão já era realidade em mais de 38 linhas. Em apenas oito meses o grupo criou uma rede de recarga com 34 novos pontos em parceria com comércios locais, viabilizou a venda de crédito pela internet e conseguiu acabar com o pagamento em dinheiro dentro dos carros. Levando mais segurança para os usuários e eficiência para a gestão de crédito.”

E a rede insuficiente para que a população em qualquer ponto da cidade possa comprar um cartão unitário ou recarregar o seu cartão permanente é um dos principais pontos que ampliam a rejeição dos ageiros a bilhetagem eletrônica no Brasil. O usuário qprecisa de praticidade. Ter de cruzar uma cidade inteira para recarregar as agens de ônibus é algo ainda pouco eficiente.

Adamo Bazani, jornalista especializada transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. wellington disse:

    Foi exatamente o que eu disse no post sobre o dinheiro em Campinas, e qualquer um vê isso com facilidade. O problema é querer fazer, ao invés de só enrolar. Ter custo a empresa vai ter, mas depois é só lucro e menos dor de cabeça.

    Falta vontade, aqui tiveram e conseguiram!

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