Eliminação de dinheiro dentro de ônibus em São José dos Pinhais só foi possível com ampliação de rede autorizada, diz empresa de bilhetagem 1o231k
Publicado em: 21 de abril de 2016 5c4l43
Desde janeiro, nenhum ônibus do sistema dessa cidade da região metropolitana de Curitiba aceita pagamento em dinheiro
ADAMO BAZANI
A retirada de circulação de dinheiro dentro dos ônibus é um assunto polêmico. Por um lado, empresas e gestores públicos dizem que há vantagens como barateamento das operações e o aumento da segurança, já que os veículos ficam menos atrativos para assaltos.
Em compensação há a preocupação em torno da eliminação dos postos de cobradores e aumento do desemprego.
Aos poucos, diversas cidades têm adotado meios eletrônicos como única forma de pagamento nos coletivos. São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, é uma delas. Desde janeiro deste ano, os ônibus do sistema VEM São José não aceitam mais dinheiro.
De acordo com a Empresa 1, responsável pela parte tecnológica, foi necessário um período de transição para que ageiros e trabalhadores do sistema pudessem se habituar.
“Este projeto nasceu há dois anos por meio de negociações com a prefeitura local para buscar estímulos para o crescimento da demanda e alternativas para redução dos custos envolvidos na prestação de serviço. A primeira ação foi a criação de uma tarifa diferenciada para pagamentos com cartão do transporte. Os pagantes em dinheiro representavam 37% do total de ageiros, contra 18% do cartão cidadão e 45% de vale transporte. Porém, com apenas três postos de venda e recarga de cartões disponíveis, o estímulo não foi suficiente para fazer com que os ageiros migrassem para o cartão, e tampouco impactou positivamente nos custos da operação.” – diz em nota.
A diretora do Consórcio Vem São José e da Auto Viação Sanjotur, Beatriz Britto, disse que a bilhetagem eletrônica só começou a ficar mais cômoda e ideal para os ageiros após ampliação do ponto de venda e recarga de crédito.
“O trabalho de criação de novos postos de venda foi gradativo, seguindo uma estratégia focada nas regiões atendidas pelas linhas que concentravam o maior volume de pagamento em dinheiro. Estes foram os primeiros alvos para fortalecimento da rede de venda, e consequente retirada do cobrador dos veículos. A cada dez dias, aproximadamente, um novo bairro era atendido. Menos de seis meses depois o pagamento exclusivo em cartão já era realidade em mais de 38 linhas. Em apenas oito meses o grupo criou uma rede de recarga com 34 novos pontos em parceria com comércios locais, viabilizou a venda de crédito pela internet e conseguiu acabar com o pagamento em dinheiro dentro dos carros. Levando mais segurança para os usuários e eficiência para a gestão de crédito.”
E a rede insuficiente para que a população em qualquer ponto da cidade possa comprar um cartão unitário ou recarregar o seu cartão permanente é um dos principais pontos que ampliam a rejeição dos ageiros a bilhetagem eletrônica no Brasil. O usuário qprecisa de praticidade. Ter de cruzar uma cidade inteira para recarregar as agens de ônibus é algo ainda pouco eficiente.
Adamo Bazani, jornalista especializada transportes
Foi exatamente o que eu disse no post sobre o dinheiro em Campinas, e qualquer um vê isso com facilidade. O problema é querer fazer, ao invés de só enrolar. Ter custo a empresa vai ter, mas depois é só lucro e menos dor de cabeça.
Falta vontade, aqui tiveram e conseguiram!