SAENS PEÑA FECHA ACORDO COM A AMYRIS PARA RECEBER DIESEL DE CANA DE AÇÚCAR 4453v

ônibus diesel cana de açúcar

Vinte ônibus da Saens Peña, marca Mercedes Benz, que prestam serviços no sistema municipal do Rio de Janeiro vão ser abastecidos com 30% de Diesel de Cana de Açúcar por 12 meses. O objetivo é avançar os testes do uso desta opção na área de combustíveis alternativos. Foram realizados testes em São Paulo, com a Viação Santa Brígida, e atualmente, a empresa fechou acordo com Amyris do Brasil, que desenvolve o combustível, para o uso em 160 veículos. A mistura em São Paulo é de 10% ao diesel convencional S 50, de menor teor de enxofre, usado em frotas de ônibus urbanos das capitais e regiões metropolitanas. Os resultados no Rio de Janeiro, que fará uso de proporção maior (30%) e em ambiente com diferenças em relação a Capital Paulista, sewrão apresentados pela Federação das Empresas de Transportes de ageiros do Estado do Rio de Janeiro, Fetransport, na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em junho de 2012. A Amyris já prevê um alto mercado do Diesel de Cana de Açúcar, pelo preço que julga ser competitivo em relação a outras formas de tração sustentáveis e por ter parceria com a líder do mercado de ônibus no Brasil, Mercedes Benz.

Saens Peña fecha acordo com Amyris do Brasil para Diesel de Cana de Açúcar
empresa que vai fornecer cerca de 50 mil litros por mês do novo combustível para a Viação Santa Brígida de São Paulo, vai agora abastecer os veículos da Saens Peña, do Rio de Janeiro
ADAMO BAZANI – CBN
Depois de anunciar um contrato com a Viação Santa Brígida, da Capital Paulista, para fornecer cerca de 50 mil litros de Diesel de Cana de Açúcar por mês, para abastecer 160 ônibus, a Amyris do Brasil, empresa do grupo norte-americano Amyris, anunciou nesta terça-feira, dia 26 de julho, que vai abastecer com o novo combustível, 20 ônibus da empresa Saens Peña, que opera o transporte urbano municipal do Rio de Janeiro.
O fornecimento será por 1 ano e faz parte dos testes do combustível no Rio.
Em São Paulo, o Diesel de Cana de Açúcar foi testado em 3 ônibus da Santa Brígida e agora o uso começa a se intensificar.
Tanto em São Paulo como no Rio, o Farneceno, nome do combustível, é usado em veículos da marca Mercedes Benz. É que o desenvolvimento do produto foi feito em parceria com a montadora alemã no Brasil.
Diferentemente de São Paulo, cujos testes começaram com uma mistura de 10% de Diesel da Cana no diesel S 50 (50 partículas de enxofre por milhão), no Rio de Janeiro, o uso começará na proporção de 30% de farneceno misturados ao diesel S 50, que é o usado na frota urbana de grandes cidades e suas regiões metropolitanas no Brasil.
O executivo da Amyris, John Melo, afirmou que o uso dessa mistura em escala é inédito no País.
“Estamos empolgados em expandir o uso de nosso diesel renovável para a segunda maior cidade do Brasil. Este será o primeiro uso em larga escala de nosso Diesel de Cana em uma mistura de 30% no Brasil. Continuamos vendo forte demanda para nossos combustíveis renováveis, especialmente cada vez que mais fornecedores de motores e operadores validam o seu desempenho” – disse o representante da empresa.
Os dados sobre a diminuição de emissão de poluentes com o uso do Diesel de Cana de Açúcar no Rio de Janeiro serão usados pela Fetranspor, Federação das Empresas de Transportes de ageiros do Estado do Rio de Janeiro, na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20), que vai ser realizada no Rio de Janeiro em junho de 2012.
O presidente da Amyris do Brasil, Paulo Diniz,disse que a empresa terá condições de atender a maior demanda por combustíveis mais limpos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
“Estamos prontos para atender à crescente demanda por combustíveis renováveis derivados de cana no Rio à medida que a cidade se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.” – afirmou Paulo Diniz.
A frota de ônibus do Rio de Janeiro é formada por cerca de 8 mil veículos que consomem 280 milhões de litros de diesel por ano.
A expectativa é que o uso de 30% do diesel de cana nos veículos da Saens Peña, represente uma redução de óxidos de nitrogênio e de material particulado.
Com a mistura de 10% no Diesel S 50, nos testes em São Paulo, o Farcenceno foi capaz de reduzir em até 40% a emissão de alguns poluentes e materiais particulados, ao lado do óxido de nitrogênio, um dos grandes vilões do diesel.
O intuito dos testes do Rio de Janeiro é verificar em condições de uso constantes e operando normalmente os serviços, de quanto podem ser as reduções de poluentes com a mistura de 30%.
Além disso, apesar de algumas semelhanças, o clima e as operações no Rio de Janeiro também, apresentam diferenças em relação a Capital Paulista. O comportamento do combustível num ambiente diferente ao de São Paulo também será importante para a obtenção de resultados mais confiáveis nos testes.
O diesel de cana de açúcar não é considerado etanol. Ele não libera água na sua fabricação.
O que o difere do etanol é que ele é um óleo. Essa diferenciação ocorre na fermentação do líquido da cana.
Durante o processo, a levedura que faz o etanol é geneticamente modificada e libera um óleo, que constitui o combustível.
Não há necessidade de alteração dos motores dos veículos, sendo o combustível usado em motores mais antigos, como os atuais que seguem as normas Euro III, de redução de emissão de poluentes, como os mais modernos, que entram no mercado em janeiro de 2012, da fase 7, P 7, do Proconve, Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, que se baseia nas normas do Euro V.
A Amyris se prepara para a grande demanda do Diesel de Caba de Açúcar. em setembro deve oficializar a criação da t venture SMA Indústria Química, com a Usina São Martinho, que deve fornecer 1 milhão de toneladas de cana de açúcar para ser transformada em farneceno.
A Amyris, prevendo o mercado maior para o diesel de cana, fechou parcerias também com a Usina Paraíso, que pode fornecer um milhão de toneladas por ano. Colsan, Guarani e Bunge também são parceiras da Amyris.
Todo este prepara para o mercado tem lógica.
Entre as soluções ambientalmente corretas de combustíveis alternativos, o diesel de cana de açúcar pode ser uma das mais baratas, o que logo de cara atrai o frotista.
Entre as opções no mercado estão o Etanol, solução desenvolvida pela Scania, os ônibus flex com Gás Natural, cujos testes foram apresentados pela Volkswagen, e os elétricos híbridos, da Volvo, que deve começar a produzir em 2012 ônibus com esta tecnologia no Brasil.
Além disso, o Diesel de Cana de Açúcar é uma pareceria com a Mercedes Benz, que detém a maior parcela do mercado de ônibus no Brasil.
Sendo assim, só pela marca, a demanda da Amyris deve ser muito alta.
A união entre Mercedes Benz e Amyris foi estratégica para os dois lados.
A montadora forneceu os motores e a estrutura da fábrica em São Bernardo do Campo, além do conhecimento dos engenheiros de motores. Já a Amyris investiu pesado, mas na estimativa de um grande mercado, que é dos ônibus da Mercedes Benz.
Nos testes do Rio de Janeiro, a Amyris terá como parceiras também a Petrobrás, a Michelin e o BNDES.
Adamo Bazan, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Comentários

Comentários 72495v

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite

    Para conhecimento de todos:

    http://www.amyris.com/pt/ciencia/processo-de-producao

    Inovar é preciso!

    Muito obrigado
    Paulo Gil

  2. Sérgio Misael disse:

    Sabem o que acho estranho? Essa temporada longa de testes com um produto comprovadamente tão eficiente, quanto o diesel comum.
    Porque não abastecer veículos somente com farneseno e depois disso, apurar os resultados??

    Sérgio Misael

    1. Paulo Gil disse:

      Sergio MIsael, boa noite

      Ótima pergunta.

      Só que ninguém vai respondê-la.

      Grato
      Paulo Gil

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