Greve no transporte coletivo afetou Florianópolis e região metropolitana nesta quinta-feira (12) 372r4a

Foto: Reginaldo Pereira/Ônibus Brasil

Paralisação foi definida em assembleia na noite de quarta (11); prefeitura da capital autorizou uso de vans privadas enquanto serviço esteve afetado

ARTHUR FERRARI

O transporte coletivo de Florianópolis (SC) operou com restrições desde a madrugada até às 10h desta quinta-feira (12), após trabalhadores aprovarem a paralisação parcial em assembleia realizada na noite anterior. Motoristas e cobradores rejeitaram a proposta patronal e deram início a uma “jornada de lutas”, o que resultou na suspensão de parte da operação já nas primeiras horas do dia.

Empresas como Transol e Canasvieiras não colocaram veículos em circulação nesta manhã, afetando principalmente as linhas que atendem o Norte da Ilha. A entrada da plataforma A do Terminal de Integração do Centro (Ticen) amanheceu fechada, com previsão de reabertura a partir das 9h. No Terminal da Trindade (Titri), também foram registrados atrasos.

A greve atingiu ainda os municípios de São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara. A prefeitura da capital informou que os coletivos deveriam retomar gradualmente a operação a partir das 8h e anunciou medidas emergenciais para mitigar os impactos à população, mas a operação foi retomada somente duas horas após  o previsto.

“Autorizamos o uso de transportes alternativos, como vans privadas, enquanto o serviço estiver afetado. A Guarda Municipal está atuando para garantir o direito de ir e vir da população”, informou o Município, por meio de nota oficial. A istração também declarou que acompanha as negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) e o Consórcio Fênix.

De acordo com o Sintraturb, os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 6% com ganho real, aumento de 10% no vale-alimentação, correção de 8% na gratificação para motoristas que também atuam como cobradores, além de melhorias nas escalas de feriados, fornecimento de uniformes, custeio de exames toxicológicos e fim da obrigatoriedade de devolução de troco em casos de assalto.

“Mais de 500 trabalhadores participaram da assembleia e votaram pela rejeição da proposta patronal. Não descartamos uma paralisação total, que pode ser deflagrada a qualquer momento”, declarou Dionísio Linder, presidente do sindicato.

Apesar de o estado de greve estar decretado desde 30 de maio, esta é a primeira vez que o funcionamento do sistema é interrompido. Até as 6h desta quinta, a região Norte da Ilha permanecia sem ônibus em circulação. As empresas Biguaçu, Jotu, Estrela e Imperatriz mantinham operação parcial.

Diante da instabilidade, a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) autorizou o trabalho remoto para servidores que utilizam transporte público. A instituição orientou que docentes evitem aplicar avaliações ou exigir presença de estudantes nesta quinta-feira.

A recomendação para os usuários é acompanhar os canais oficiais da prefeitura e do Sintraturb ao longo do dia para atualizações sobre o funcionamento das linhas.

Ainda segundo o sindicato, apesar da normalização na circulação dos ônibus nesta quinta (12), a greve ainda está em curso e outras paralisações podem acontecer. Não há previsões.

Nota da prefeitura
“Os trabalhadores do transporte coletivo definiram, em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, paralisações esporádicas sem greve geral no transporte coletivo. A Prefeitura de Florianópolis, considerando a importância do funcionamento do transporte coletivo à cidade, prepara ações para reduzir os impactos das paralisações.

Para isso, o Município irá, em um primeiro momento, autorizar o uso de transportes alternativos, como vans privadas, para aqueles que quiserem utilizar esse meio enquanto o serviço estiver sendo afetado. A Guarda Municipal também atuará para garantir o direito de ir e vir da população.

A istração acompanhou as negociações entre sindicato e Consórcio Fênix, colaborando em tudo o que era possível para evitar possíveis danos à população”.

Nota do sindicato
“Mais de 500 trabalhadores reunidos em assembleia rejeitaram por unanimidade a proposta apresentada pelos empresários e aprovaram uma jornada de lutas podendo realizar paralisações parciais sem descartar uma paralisação total a qualquer momento, uma vez que já foi decretado o estado de greve”.

Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte

Comentários

Comentários 72495v

  1. Michel Ribeiro disse:

    Gostaria se saber se tem ônibus circulado a tarde no horário da escola em Florianópolis.

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