Veículo tem capacidade para 168 pessoas e deve ser alternativa para necessidade de mais oferta de coletivos de grande porte movidos por baterias 263v2f
ADAMO BAZANI
A fabricante chinesa BYD, instalada desde 2015 em Campinas (SP), confirmou nesta segunda-feira, 26 de maio de 2025, ao Diário do Transporte, que a circulação de um ônibus articulado de 22 metros de comprimento na capital paulista pela Viação Gato Preto trata-se de testes.
O período de avaliações será por aproximadamente 30 dias e a rodagem para análise de desempenho, consumo energético, manobrabilidade, força em rampa e relação carroceria/chassis é na linha 702U-10 (Cidade Universitária / Terminal Parque Dom Pedro II), que segundo a fabricante é uma das mais movimentadas da capital e que conecta a Zona Oeste ao centro da cidade.
A BYD informou que o veículo, modelo D11B com carroceria Caio, tem capacidade para 168 ageiros e segue as especificações determinadas pela SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora das linhas paulistanas, com itens como ar-condicionado, tomadas USB, câmeras de monitoramento, sistema de telemetria e suspensão pneumática ajustável.
O D11B é o maior ônibus elétrico da BYD em circulação no Brasil.
Segundo a montadora, o coletivo “é equipado com motor de 402 kW de potência e torque de 1.200 Nm, o modelo utiliza baterias de fosfato ferro-lítio (LFP), que garantem uma autonomia de aproximadamente 250 quilômetros por carga. A recarga completa leva de 3 a 4 horas”.
A fabricante ainda diz, em nota, que cada unidade do modelo pode evitar a emissão de até 163 toneladas de CO₂ por ano, o equivalente ao plantio de 1.141 árvores. Além disso, o custo operacional do veículo pode ser até 70% menor do que o de modelos a combustão, de acordo com o comunicado.
“Este teste representa um o importante para São Paulo e mostra que temos tecnologia e escala para apoiar os grandes centros urbanos na transição para um transporte mais limpo”, afirmou, na mesma nota, o diretor de vendas de ônibus e caminhões da BYD Brasil, Bruno Paiva.
O modelo deve ser alternativa para necessidade de mais oferta de coletivos de grande porte movidos por baterias, que ao lado dos mídis (micrões) e micros, ainda têm poucas opções de fabricantes no mercado nacional.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes