TCE-PR recebeu da prefeitura os primeiros documentos consolidados do projeto, incluindo dados de diagnóstico da Rede Integrada de Transporte (RIT) e estudo de demanda 1qi1v
ALEXANDRE PELEGI
Curitiba deu os importantes na estruturação do novo contrato de concessão do transporte coletivo, com representantes da Prefeitura, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) realizando encontros para detalhar o processo e o cronograma. As reuniões, que contaram com a presença de diversas autoridades e técnicos, fazem parte de uma série de encontros previstos durante a elaboração do edital.
Um dos pontos centrais destacados nas reuniões é a transparência na condução do processo. A Prefeitura entregou ao TCE-PR os primeiros documentos consolidados do projeto, incluindo dados de diagnóstico da Rede Integrada de Transporte (RIT) e estudo de demanda. Na sequência, devem ser encaminhados relatórios de estudos de engenharia, econômico-financeiro, jurídico institucional e socioambiental. Esta comunicação transparente com o TCE-PR atende à resolução 101/23, que exige o envio de detalhes sobre investimentos, cronograma e a situação atual do sistema 120 dias antes do lançamento do edital.
O presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, e o coordenador-geral de fiscalização do TCE-PR, Rafael Ayres, ressaltaram a importância da reunião técnica para apresentar o processo de estruturação desenvolvido até o momento. Segundo Rafael Ayres, a avaliação do trabalho conjunto é “muito positiva“, com profissionais com expertise aprofundando os estudos tanto pela Prefeitura/BNDES quanto pelo Tribunal, visando construir um edital “atrativo, que traga segurança, que seja bem-estruturado”.
A gerente de projeto do BNDES, Paula Fogacci, destacou que a intenção é dar prosseguimento aos estudos e reuniões com o TCE-PR, capturando dúvidas e questionamentos para estruturar a modelagem da concessão. A participação da população também está prevista por meio de audiências públicas e reuniões com setores organizados da sociedade, fundamental para garantir a confiança e segurança no projeto para usuários e investidores.
O prefeito Eduardo Pimentel comandou uma das reuniões, ressaltando que a modernização do transporte coletivo é o “maior desafio” de sua gestão, com foco em mais integração, sustentabilidade e eficiência. Ele afirmou que a população busca “ônibus de qualidade, no horário e com uma tarifa justa“, e expressou confiança de que os trabalhos resultarão em um edital que trará “muitas melhorias para os usuários“.
O novo contrato de concessão é visto como um o significativo rumo à modernização do sistema de transporte da capital, que já é referência no Brasil e no mundo. A previsão inicial para a publicação do edital é setembro, com o leilão programado para dezembro na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). No entanto, uma das fontes menciona a previsão inicial de publicação do edital em setembro de 2025.
Os benefícios esperados para os usuários são diversos, incluindo:
Ampliação da integração entre linhas;
Avanço da eletrificação da frota, alinhado às metas de redução de emissão de gases poluentes;
Redimensionamento e novas rotas de ônibus;
Implementação de novos indicadores de qualidade e eficiência como instrumento de melhoria contínua;
Novas ferramentas de gestão de embarques e desembarques; e
Modernização do controle de o a terminais e estações-tubo.
A presidente do Ippuc, Ana Jayme, comentou que os estudos atuais balizarão as próximas decisões sobre o modelo a ser adotado, buscando construir um edital que traga modernidade e se mantenha atualizado durante o período da concessão.
Já o coordenador de Acompanhamento de Atos de Gestão do TCE-PR, Marcus Vinicius Machado, reforçou a necessidade do trabalho colaborativo e concomitante para que as etapas da licitação e seus ajustes aconteçam sem comprometimento dos prazos, com o TCE atuando como “agente fortalecedor desse contrato“.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes