ENTREVISTA: Nunes quer conversar com prefeitos do ABC, Osasco, Guarulhos e Mogi das Cruzes sobre mototáxi. POR QUE OS IMPACTOS NOS ÔNIBUS E TRENS AUMENTAM AS TARIFAS? 1727q
Publicado em: 20 de maio de 2025 4k2s6h

Para prefeito da capital paulista, fluxo metropolitano de ageiros preocupa. Pode haver impactos também em demanda de ageiros dos ônibus intermunicipais e até nos trens da TM e ViaMobilidade
ADAMO BAZANI
OUÇA:
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quer conversar com os prefeitos das cidades vizinhas ou próximas, como das regiões do ABC Paulista, de Osasco, de Guarulhos e de Mogi das Cruzes a respeito dos serviços de mototáxi, que permanecem proibidos na capital.
As datas ainda serão definidas.
Há também proibições em muitos destes municípios, porém, neles, a fiscalização é mais precária e é fácil solicitar uma chamada, aparecendo livremente as opções nos aplicativos de grandes empresas, como 99 e Uber.
Segundo Nunes, os técnicos da prefeitura de São Paulo se mostraram simpáticos com um projeto de lei em debate na Câmara Municipal da capital paulista que prevê a liberação com regulamentação das mototáxis somente após os índices de mortes no trânsito na cidade caírem para menos de 4,5 por 100 mil habitantes, que é o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Atualmente, na cidade de São Paulo, este índice é alto: 7,2 mortes a cada 100 mil habitantes.
Para Ricardo Nunes, não faz sentido que o debate seja só na capital, visto que há um grande fluxo metropolitano, de pessoas indo e vindo do ABC, Osasco, Guarulhos, Mogi das Cruzes e cidades vizinhas.
A Câmara Municipal de São Paulo está discutindo esse tema, tem um grupo que está trabalhando. Existe um projeto que tem a simpatia do governo, do vereador Marcelo Messias, que estabelece que poderia se autorizar essa atividade na cidade de São Paulo quando os índices de mortes no trânsito chegam a 4,5 por 100 mil habitantes, que são as recomendações internacionais pela ONU. Hoje, a cidade de São Paulo tem 7,2 mortes por 100 mil habitantes. Então, quando a gente chegar em 4,5, vai ter uma situação mais segura — talvez seja possível fazer essa autorização.
Mas esse debate nós vamos fazer com a Câmara Municipal, nós vamos fazer com os técnicos. Eu quero fazer mais um seminário sobre esse tema. Quero escutar os prefeitos também da região metropolitana — aqui da nossa região Oeste, do ABC, enfim, os municípios que fazem divisa — porque existe uma correlação de interligação dessa atividade com os demais municípios que fazem divisa com a gente ou que estão próximos.
Entre as preocupações, além da segurança viária, estão os impactos na demanda dos transportes metropolitanos, com a fuga de ageiros dos ônibus intermunicipais e até mesmo nos trens da TM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da ViaMobilidade.
Problema que não é das empresas operadoras, mas de toda a sociedade. Isso poque, o valor das agens é como se fosse um bolo: quanto mais gente para dividir, menor é a fatia.
Se começa a ter perda de ageiros, as tarifas ficam mais altas porque o custo unitário por usuário transportado aumenta.
Além disso, haverá a diminuição de frota, com mais lotação por veículo, seja ônibus ou trem, e mais tempo as pessoas ficarão esperando nos pontos, estações e terminais.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Um ageiro(a) que precise fazer a ponta inicial/final da sua viagem diária, gasta um tempo enorme no ponto aguardando um ônibus superlotado e atrasado em meio a um caótico trânsito local.
Ainda que lhe seja menos custoso aguardar o ônibus que é integrado pelo Bilhete Único, este ageiro(a) vai preferir gastar 5 ou 10 reais diários a mais em mototaxi para não atrasar ao trabalho na ida, e também para garantir um precioso tempo a mais em casa e com a sua familia na volta.
É isso que os prefeitos precisam ponderar, e a partir disso garantir a melhora e a eficiência do transporte público junto aos ageiros, evitando assim que estes precisem apelar para os aplicativos de motos e mesmo de carros.
É um caso a se pensar: até a alguns anos atrás, haviam ônibus intermunicipais que iam até determinados locais de interesse público (como o Hospital das Clínicas, por exemplo). A PMSP, visando acabar com a “concorrência predatória” dessas linhas, proibiu sua circulação, obrigando as pessoas a desembarcar de um ônibus no meio do trajeto para pegar outro (da SPTrans), resultando em mais tempo, ônibus mais cheios e custo de deslocamento mais alto. O moto táxi e motos por app e carros por app também) entram em cena dando a opção de se fazer o mesmo trajeto que o ônibus intermunicipal fazia, com um pouco mais de conforto e/ou agilidade com um custo ligeiramente menor…
Porque a PMSP não faz um estudo para determinar as maiores demandas de transporte de acordo com.uma região? Assim, poderia direcionar recursos para os locais certos e, em conjunto com os prefeitos das cidades vizinhas (e o governo do estado), sanar esse problema e, com um transporte de qualidade, que não atrase e que atenda as necessidades, as pessoas podem deixar de usar as opções por apps…
Que surpreendente os comentários aqui!
Nunes tem um erro de lógica, pois ignora que São Paulo em si não está mais tão integrada como antes. Como já dito, os serviços intermunicipais (antes EMTU e hoje na mão da Artesp) ficam limitados à destinos mais próximos de divisa de cidade do que em destinos centrais. Isso para começar. Trens e metrô não dão conta do fluxo pendular das cidades. As cidades ao redor ainda estão se desenvolvendo, mas continuam atuando como “dormitórios” entre si. E São Paulo tá com cara de virar cidade dormitório de vizinhos dado os empreendimentos que tem sido postos…
Não há integração tarifária plena, e o custo de andar entre cidades é caro de qualquer forma, mesmo com um app de moto. Pessoas querem chegar rápido, barato e confortável em seus destinos. Se algo falha, elas migram.
Se a prefeitura de São Paulo quer realmente conversar com a metrópole, primeiro ela tem que ser recompor como cidade liderança de metrópole, algo que ela se perdeu. Rever decisões de transporte (como o fim da EMTU e as limitações dos serviços interurbanos) já é um bom começo.
Dos trens e metrôs, ele mesmo não vê que o tiro no pé é dos governos e empresários: com um transporte mais ineficiente, pessoas migram para outros modais, ou reduzem suas interações. Ele que creio que se diz liberal e defensor da economia movimentada deveria saber mais que ninguém. Entre a pessoa se deslocar demorando 5 minutos para esperar um trem mais transferência e tudo mais isso na região da Paulista por exemplo, compensa as vezes para a pessoa bem mais ou pegar um ônibus, que está mais barato; ou um app dependendo da pressa.
Esse prefeitinho é sujo , não escuta a população q quer o serviço dd mototáxi.
Apoia o serviço na nossa cidade.
Não sua cidade prefeitinho.
APOIANDO AS EMPRESAS DE ONIBUS. PQ SERÁ?
Prefeito depois de reeleito está mostrando as garras visando lucro com as grandes empresas de transporte. Ricardo Nunes nunca esteve preocupado com vidas sempre visou lucros
Tanta coisa pra fazer nada cidade de sp e o prefeito preocupado com a vida de quem está trabalhando para pagar os impostos enquanto o prefeito está aí querendo tirar o pouco que o trabalhador tem o Sr Nunes toma vergonha na cara e vai cuidar da istração pública que está uma bosta agora se o transporte público fosse bom aposto que o cara que mora lá na quebrada longe de tudo iria optar pelo ônibus e não pelo app acorda prefeito
A prefeitura de sao paulo, acabou com os onibus intermunicipais, proibindo eles de ir para os destinos que os fluxo de ageiros vai, forçando aumentar o tempo de viagens, e agora querem proibir moto taxi…cada coisa viu….so onibus estao cada vez mais vazios pois nao vao onde deviam ir pois foram proibidos pela prefeitura, as pessoas procuraram outros formas de deslocar devido a isso!!!!
As pessoas estão se esquecendo duma coisa muito importante, estes aplicativos só tão pensando em ter lucros exorbitante, não estão pensando na vida dos ageiros, eu moro em Ferraz de Vasconcelos, onde os mototáxi impera, Motos velhas, Motoqueiros fumando maconha, capacetes sujos, pergunta se tem fiscalização, em Ferraz, Poá,Suzano,Itaquera,e finalmente em Mogi das Cruzes, eu já vi relatos de pessoas que caíram da moto e o motoqueiro foi embora e largou o ageiro no chão, nos horários de pico andam igual loucos para tentar ganhar mais, agora eu pergunto vem fazer uma pesquisa nestas cidades pra ver se tem alguma fiscalização, nem da Polícia Militar, GCM dos Municípios e nem Uber e 99, estes aplicativos só pensam em dinheiro, dinheiro, dinheiro, a culpa de tudo isto é o desemprego que assola este país, Ministro do Trabalho só pensa em ferrar o trabalhador e dar moleza pros aplicativos que não querem ter responsabilidade nenhuma, a não ser fazer loobe com os partidos políticos, aí o povo vai ser escravo destes aplicativos. É isto aí faz o ELE.
Deixa o povo trabalha bananinha vc tá preocupada vai diminuir os ageiros de ônibus ae vc vai perde a mamada né sabemos que vc e os demais São uma máfia ou uma quadrilha de mesenario ou prefeito bananinha quem manda e o povo vc um dia vai sai e o povo vai continuar?? Seu trouxa época de eleição vai com essa cara de indiota querendo voto depois só chicotada na população cara deixa em paz sai fora cara
Esse prefeito bananinha não era nem para existe