Livoltek traz tendência mundial de aquaviário elétrico para o Brasil 1j6q6h
Publicado em: 19 de maio de 2025 1n6yu

Linha de motores elétricos para barcos da Livoltek vai da voadeira dos rios até embarcações com 200 toneladas de deslocamento
FÁTIMA MESQUITA, ESPECIAL PARA O DIÁRIO DO TRANSPORTE
A tradição sempre foi ter barcos transportando as pessoas onde não há condições de se fazer uma estrada ou ferrovia. Mas já existem bons exemplos de sistemas em que as águas são utilizadas como alternativas mais rápidas e mais baratas que o deslocamento por terra. E a tendência de eletrificar estas rotas está em alta.
Em Bangcoc, na Tailândia, há quase cem anos os barcos “khlong” fazem parte da rede de transporte público, levando ageiros pelos canais que cortam a cidade. E quando a poluição do ar na região ou a atingir níveis alarmantes, o governo local começou a se mexer, colocando em operação 12 embarcações elétricas em uma de suas rotas em 2022.
Tendência mundial chega ao Brasil
A experiência tailandesa não está sozinha. Na Rússia, na Suécia, na Noruega, na Dinamarca, na Alemanha e na Espanha, a eletrificação do transporte aquaviário já é uma realidade. E, no Brasil, a Livoltek é a primeira empresa a investir em soluções verdes para a navegação tanto em rios quanto no mar.
A linha de motores elétricos para barcos da Livoltek vai da voadeira dos rios até embarcações com 200 toneladas de deslocamento, e Flávio Pimenta, Diretor de Mobilidade Elétrica para América Latina da empresa, detalha que “Os nossos motores de popa com equivalência a 3, 6 e 11HPs são tipo retrofit. É só tirar o que estava instalado e colocar o nosso motor elétrico que já está tudo pronto para navegar com tranquilidade e segurança”, esclarece Pimenta
Além das versões para motores leves, das linhas Dolphin, Pod-Drive e Sea-Elf, existe a família E-engine, que atende a embarcações acima de 5 toneladas, o que inclui barcos de pesca, de patrulha, além de veleiros e até cruzeiros de menor porte. Ao todo, a e Livoltek conta com motores de 1 a 90kW, que se equivalem à motores à combustão de 3HP a 115HP – e pacotes de baterias para cobrir todo tipo de necessidade de autonomia, com as vantagens adicionais de contar com baixo ruído e baixa manutenção, o que reduz o custo de deslocamento comparado a motores de combustíveis fósseis, além de não ter risco algum de vazamento de óleo.
Transporte público
No caso de um “ônibus” aquaviário, a empresa chinesa se prepara para começar a fabricar seus motores de barco em sua planta em Manaus até o final de 2026, e tem em seu portfólio uma solução robusta que atende a embarcações entre 60 e 100 pés (18 a 35 metros) e com deslocamento de até 200 toneladas.
Uma embarcação desse tipo (100 pés e 200 toneladas) pode transportar com facilidade de 60 a 150 ageiros, dependendo da configuração de acomodação, seguindo as normas do Código Internacional de Segurança para Embarcações de ageiros Não-Convencionais (Código HSC e Código 2000), com, sendo uma opção ecológica para rios e lagos urbanos e até mesmo para rotas curtas no mar, oferecendo conforto e economia.
Flávio Pimenta encerra: “Assim como houve a transição do vapor para os combustíveis líquidos à base de petróleo, agora é a vez de dar outro salto, eletrificando barcos, lanchas, balsas e tudo mais que trafega sobre água. Já temos a tecnologia para isso e com fabricação aqui mesmo, no Brasil. Então, a hora é agora!”.
Fátima Mesquita é jornalista e escritora