História

Confira a História dos Dinossauros e Flechas da Viação Cometa. Exemplar raro será exposto na BBF em Campinas (SP), Qual sua relação com a Viação Campestre, de Santo André (SP) e o cantor Sérgio Reis? 3s6g3c

Modelo se tornou ícone dos transportes brasileiros e é reconhecido até mesmo por quem não entende ou nem se liga em ônibus. Sua inspiração é “norte-americana”

ADAMO BAZANI

Colaborou Yuri Sena

Ícone é o que sai da “bolha”, sendo conhecido até por quem não é de um “determinado mundo específico”.

Quando se fala em ônibus, certamente isso se aplica aos lendários modelos prateados que marcaram história pela Viação Cometa, de São Paulo (SP).

Até mesmo que não entende, não anda de ônibus e nem sequer se liga muito neste meio de transporte, reconhece estes veículos e se lembra deles “rasgando” as rodovias, em especial no Sudeste brasileiro.

Conhecidos como “Dinoussauros” (na verdade o nome de 1972 a 1982, depois ando a se chamar Flechas), estes ônibus estão na memória de muita gente e cativam até mesmo quem nunca viu nenhum de perto ou nem é de sua geração.

O design diferente do que o brasileiro está acostumado a ver nos ônibus brasileiros, longe de ser “quadradrão” e que lembra muito o que aparece nos filmes norte-americanos, certamente contribui para esta iração.

Um evento que vai ocorrer nos dias 14 e 15 de junho de 2025, na Pedreira do Chapadão, (R. Dr. Alcídes Carvalho, s/n – Jardim Chapadão), em Campinas (SP), será a oportunidade de ver de perto algumas unidades reunidas deste modelo de ônibus realmente diferenciado. E de graça! Basta levar um quilo de alimento não perecível. Trata-se da BBF (Bus BrasilFest), exposição de ônibus antigos e novos, que tem apoio do Diário do Transporte e é organizado pelo Portal do Ônibus.

No sábado (14) é das 10h às 17h e, no domingo (15), das 9h às 16h.

Entre estas unidades, uma chama a atenção e está entre as mais raras pela antiguidade, originalidade e por ser um “autêntico Dinossauro”, da fabricante de carrocerias carioca Ciferal (que foi comprada pela gaúcha Marcopolo), ou seja, foi fabricando antes mesmo das gerações dos “Flechas”, da CMA (Companhia Manufatureira Auxiliar), indústria da própria Viação Cometa, ainda na gestão de Tito Mascioli, fundador da poderosa companhia.

E você sabia que especificamente este exemplar tem uma ligação afetiva com a Viação Campestre, uma empresa de ônibus que operou na cidade de Santo André, no ABC Paulista, e a paixão do dono atual do Dinossauro, que o restaurou, foi forjada ao ronco de modelos não menos importantes na história dos transportes, como o Gabriela, da encarroçadora Caio, sobre chassis da Mercedes-Benz? E também a pela história do cantor sertanejo Sérgio Reis?

Pois é.

Um pouco desta paixão que devolveu vida a este Dinossauro e a história dos Dinossauros e Flechas da Viação Cometa você confere nesta reportagem especial do Diário do Transporte escrita com carinho pelo jornalista apaixonado pelo setor, Adamo Bazani, com a força toda especial da galera da BBF, do Portal do Ônibus

Primeiro você lê sobre ônibus específico e, em seguida, aqui nesta mesma reportagem, você confere a história de todas as gerações dos Dinossauros e Flechas – com fotos uma a uma

Vale a pena ler tudinho, mas vale mesmo a pena ir à BBF. Confira abaixo o texto completo

 ÔNIBUS RARO QUE PERTENCEU À VIAÇÃO COMETA ESTARÁ NA 21ª BBF:

Entre os muitos atrativos da 21ª edição da BusBrasil Fest, que acontecerá nos dias 14 e 15 de junho de 2025, na Pedreira do Chapadão, em Campinas-SP, um veículo promete despertar a emoção dos apaixonados por ônibus e da memória afetiva de gerações: um Ciferal Dinossauro de 1979, que pertenceu à lendária Viação Cometa.

O ônibus, restaurado com esmero e respeito à sua história, será exposto pelo colecionador Jefferson Dener dos Santos, de Tremembé (SP).

Para Jefferson, levar esse clássico à BBF é mais do que uma exibição ou um atempo: é um tributo à própria origem da sua paixão pelos ônibus.

“Esse é meu pai em 1982…”  – fala enquanto mostra uma foto emocionado.

Jefferson cresceu embalado pelo ronco dos motores e pela rotina dos terminais rodoviários. Seu pai, motorista da antiga Viação Campestre, em Santo André, nos anos 1980, foi sua primeira referência no mundo do transporte coletivo.

“Esse é meu pai em 1982. Eu ficava ali ao lado, abrindo e fechando as portas com ele. Ele é motorista de ônibus até hoje!”, conta Jefferson, com brilho nos olhos. “E, claro, todo filho quer seguir os os do pai. Eu queria ser motorista de ônibus também… Mas o destino me levou por outros caminhos. Mesmo assim, a paixão ficou.”

Foi essa paixão de infância que reacendeu na vida adulta.

“Desde pequeno via os ‘Dinos’ da Cometa ando na estrada. Eram imponentes. Nunca cheguei a viajar em um, mas ficaram gravados na memória. Quando comecei a colecionar carros, pensei: ‘quero um CMA’. Só que com ar-condicionado, o que é bem raro. No meio da busca, encontrei esse Ciferal Dinossauro. Fui ver, e quando cheguei lá… me encantei!”

Do Sertanejo à Restauração: a História do Dinossauro 4222

O ônibus em questão carrega histórias tão fascinantes quanto suas linhas curvas e imponentes. De acordo com Jefferson, o modelo, numerado originalmente como 4222, foi vendido pela Viação Cometa, em 1992, para ninguém menos que o cantor Sérgio Reis, que o utilizou como ônibus de banda até 1995. Em seguida, ou para as mãos do Sr. Paulo, em Bragança Paulista, onde ficou até 2018.

“Quando comprei, ele estava bem diferente do original. Decidi restaurar nas cores clássicas da Cometa, manter tudo fiel à história. Claro que fiz algumas adaptações para o conforto, como instalar o ar-condicionado no meio do teto, mas sem descaracterizar o visual externo. Hoje ele está pronto para rodar com a família e participar de eventos como a BBF”, afirma Jefferson, com orgulho.

HISTÓRIA – Relembre os ônibus Dinossauros e Flechas: a evolução dos transportes 35122

Modelos inspirados em ônibus americanos são tão resistentes que, apesar de fabricados há três décadas, muitos ainda rodam por todo o País. Os últimos modelos destes Reis da Estrada foram fabricados há mais de 10 anos.

ADAMO BAZANI

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Dinossauro da Cometa, à frente, Flecha Azul,, mais atrás, e ops monoblocos Mercedes-Benz da CMTC. Uma cena marcante na Marginal do Tietê nos anos de 1980.

Até quem não se liga muito na história dos transportes coletivos urbanos e rodoviários do País tem uma figura peculiar que logo vem a mente quando pensa em “ônibus de estrada”. São os famosos modelos de duralumínio que a Viação Cometa operou com exclusividade por longo tempo. Os veículos, parecidos com os ônibus americanos, cor alumínio e com motor forte, que deixavam muitos carros de eio “no chinelo”.

O primeiro modelo Dinossauro surgiu em 1972 sobre chassi Scania BR 115, no Salão do Automóvel. Inspirados nos GM Coach americanos, referência mundial em transporte rodoviário, alguns Flechas, apesar dos mais de 30 anos de história, podem ser vistos pelas estradas sob a bandeira de empresas menores, transportando sacoleiros ou em perfeito estado e reformados por colecionadores.

A história do Dinossauro e, posteriormente, do Flecha (um Dinossauro feito pela própria Cometa), começa nos anos 50, época em que progresso era sinal de estradas, transportes rodoviários. A Viação Cometa, que se iniciou em 1937 a partir de uma pequena empresa urbana, fundada pelo aviador italiano Tito Maschioli, crescia e acompanhava o ideal de desenvolvimento do país.

Para se diferenciar no mercado e por não achar modelos nacionais a altura do ambicioso desejo de oferecer transporte rodoviário com requintes de aéreo, a Cometa importou ônibus da General Motors dos Estados Unidos. Eram os GMPD Coachs que tinham ar condicionado, bancos de couro, janelas com excelente visibilidade para ageiros e motoristas – itens nos quais a indústria brasileira engatinhava.

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GMPD 4104, chamado no Brasil de Morubixaba, trouxe evoluções até então nunca vistas no Brasil. Estrelando campanhas publicitárias, modelo deu origem a gerações de novos ônibus.

Devido a restrição às importações impostas pela política de incentivo à indústria nacional de Juscelino Kubitschek, trazer ônibus de fora era algo financeiramente e burocraticamente impraticável. A Cometa, no entanto, queria manter o padrão americano para se distanciar das concorrentes, em especial na lucrativa ligação Rio – São Paulo. A solução foi abrir parcerias com empresas nacionais.

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Ônibus carroceria Striuli, modelo Silver Jet, motor GMC Detroit Diesel. Cometa tentou continuar com produção nacional, por parcerias, o sucesso do ônibus norte-americanos.

A primeira delas, nos anos 60 foi com a encarroçadora Striulli, que obteve licença da GM dos Estados Unidos e fabricou veículos no padrão dos GMP Coach. Uma boa parte destes veículos era colocada sobre chassis Mercedes Benz. Apesar de a Cometa ter várias unidades deste modelo na época com o tempo o veículo apresentou problemas, assim como a saúde financeira da Striulli.

A história começa a mudar nos anos 70.

Uma nova era no transporte rodoviário

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Primeiras versões e protótipos do Dinossauro, da Ciferal, tinham desenhos mais robustos, que se tornaram mais refinados com o tempo.

Os dinossauros (animais) marcaram uma era na história do Planeta Terra e foram responsáveis pelo desenvolvimento de muitas espécies até sua extinção. Muitos dos animais que conhecemos atualmente são resultado desta evolução. Pois quem batizou o modelo de ônibus Dinossauro parecia prever que o veículo provocaria seria responsável por evolução semelhante e marcaria época.

Nos anos 70, a Viação Cometa já tinha uma parceria com a Ciferal (Comércio de Alumínio e Ferro Ltda), que produzia modelos para o mercado como o “Papo Amarelo” e o “Turbo Jumbo Líder”.

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Ciferal “Papo Amarelo” também se destacou pela Viação Cometa

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Ciferal Papo Amarelo (prefixo 801) ao lado de GMDP 4104 (prefixo 502). Após a descontinuidade da importação de ônibus norte-americanos, Cometa buscou no mercado nacional modelos diferenciados.

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Antes do Dinossauro, Turbo Jumbo oferecia requinte nas viagens.

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A Evolução da era Pós-Morubixaba, com Ciferal Papo Amarelo, Ciferal Turbo Jumbo até o Dinossauro e, posteriormente, o Flecha.

E foi deste encontro das duas empresas – e muito estudo – que nasceu o primeiro Dinossauro arrancando suspiros nos visitantes do Salão do Automóvel, em 72. O acordo com a sueca Scania, conhecida por seus motores potentes, que havia se estabelecido em 1961, também colaborou com o desenvolvimento do modelo.

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Modelo Dinossauro trazia soluções internacionais avançadas, mas adaptado para a realidade brasileira

A Cometa cedeu à Ciferal dois GM Coachs dos Estados Unidos (um GMPD 4103 e GMPD 4104) que foram totalmente desmontados e estudados “parafuso por parafuso”. No decorrer dos anos, a Scania aperfeiçoava os chassis tornando o Dinossauro mais moderno.

O modelo era feito de duralumínio, um material formado por ligas metálicas de forja de alumínio com cobre, magnésio, manganês e silício. Isso deixava o ônibus mais leve. Junto com sua aerodinâmica de frente caída, o ônibus se tornaria um jato com motores potentes. Sobre chassi Scania BR 115, logo estes modelos se tornavam populares e assumiam uma imagem de robustez e respeito. Havia ageiros que escolhiam a empresa devido aos Dinossauros, conta o motorista Vítor Matos que dirigiu pela Cometa.

A “evolução da espécie” demonstra o crescimento da indústria nacional de ônibus.

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Carroceria foi usada por outras empresas, além da Cometa. Com plataforma Mercedes-Benz O-355, e terceiro eixo adaptado, Dinossauro foi o primeiro “Tribus” da Itapemirim.

Andorinha também teve Dinossauro

Andorinha foi uma das várias empresas além da Cometa que também teve Dinossauro

Sete anos após o primeiro modelo Dinossauro, nasce a segunda versão com 13,2 metros de comprimento, um gigante na época quando a lei brasileira ou a permitir ônibus rodoviários maiores para atender a demanda de ageiros e a melhoria das rodovias.

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Empresas médias e de fretamento, como Havaii e grandes transportadoras, como a Impala (que foi da Cometa), a Expresso Rodoviário Atlântico e a São Geraldo ofereceram serviços nos Dinossauros

Em 1982, o Ciferal Dinossauro reina absoluto na ligação Rio–SP, mas a Ciferal entra em concordata, resultado de problemas istrativos e investimento acima das expectativas reais do mercado. A unidade do Rio é assumida pelo governo de Leonel Brizola, tempos mais tarde.

Mas não era o fim dos ônibus com cara de ianques nas estradas brasileiras. Viriam em seguida os modelos Flechas, a evolução dos Dinossauros.

Os Flechas, a evolução dos Dinossauros

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Os Dinossauros, apesar do apelido, eram modelos de ônibus mais leves, menos ‘beberrões’ e com motor que aproveitava melhor sua potência. Tinham boa fama nas estradas e excelente apelo de marketing. Isto tudo somado a relação custo-benefício fizeram com que a Cometa decidisse seguir em frente com a linha.

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Foi, então, que em 16 de março de 1983, a empresa lançou a fabricante exclusiva para os modelos de ônibus duralumínio, a CMA – Companhia Manufatureira Auxiliar. Nascia a era dos Flechas, já que, comercialmente, por questões de licença, a empresa não podia continuar com o nome Dinossauro, além de dar a linha a ideia de evolução.

Graças a parceria com a Scania, a Cometa trazia nos Flechas inovações que apenas anos depois seriam vistas nos demais ônibus brasileiros. Um exemplo: o Flecha Azul Automático (nome dado por causa da faixinha azul sobre a carroceria aluminizada nos ônibus). O modelo, sobre chassi Scania BR 116, prefixo 5223, trazia uma caixa de transmissão eletroautomática.

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Em 1985, foi lançado o Flecha Azul II. Era 20 centímetros mais alto que a versão anterior e todas as poltronas estavam dispostas de modo a não ficarem na coluna divisória das janelas. (Tem modelo de ônibus até hoje em quem o ageiro, ao olhar para o lado enxerga apenas um pedaço de lata da coluna).

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Primeira versão do Flecha Azul II tiha três lanternas traseiras em cada lado, sendo substituída por outra geração, com quatro lanternas

Em 1987, saiu uma série nova de Flecha Azul II com quatro, em vez de três lanternas traseiras de cada lado. A mudança ofereceu maior visibilidade aos demais motoristas e se transformou em uma espécie de sistema de comunicação entre eles. Vitor Matos, motorista que atua em transporte de estudantes em Minas Gerais atualmente, explicou que a forma com a qual o condutor acionava as oito lanternas transmitia uma determinada mensagem. Dependendo das “piscadas” da lanterna, ele indicava que queria ultraar, que poderia ou não ser ultraado, que seguiria em velocidade alta ou reduzida, que havia perigo ou policiamento na pista. “Era o dialeto das estradas”

Em 1993, um Flecha Azul II saiu da fábrica com mais uma particularidade. Uma caixa de câmbio eletropneumática mais moderna, a GR 801 CS,  conhecida como Confort Shift, que era de série na Suécia. Naquela época, a maior frota da montadora sueca não estava na Suécia, estava no Brasil, graças a Cometa e seus Flechas.

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Ainda em 1993, surgiu o flecha Azul III com mais uma preocupação para o ageiro. O espaço para o braço do ageiro foi projetado para que ele não tivesse que mexer muito o corpo, alongando-se para fechar as janelas.

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Viação Catarinense teve Flecha Azul IV

O Flecha Azul IV nasceu em 1995, o modelo mais caro da linha até então. Introduziu-se no mercado um modelo de ônibus com rodas totalmente de alumínio. A porta do veículo ganhou mais uma janela, desta vez perto do degrau, facilitando a visão do motorista.

O ano de 1996 foi o mais rico para a série de ônibus exclusivos, que ainda despertavam a atenção e revelavam inovações tecnológicas para o mercado.

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Foram lançados o Flecha Azul V e o Flecha Azul VI, este com ar condicionado de controle eletrônico. Enquanto o Flecha Azul VII começou a rodar com poltronas mais modernas, ergonômicas e reclináveis com pistão a gás.

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1998 foi o ano de fabricação do último Flecha, o VIII, que acompanhava a série 4 de chassis da Scania, com painéis, resfriamento de motor e relação peso potência mais eficiente ainda. A saga fabril dos Flechas termina em 1999.

O fim da evolução se deu por questões istrativas. Em 2000, a CMA lançou um modelo diferente dos Flechas, o CMA Cometa. Ficou conhecido no mercado como Estrelão pela enorme estrela que ostentava na pintura. O veículo seguiu os padrões americanos, com os rebites na lataria dando impressão de robustez, mas sem os frisos laterais e a tradicional “caída” no teto na parte dianteira. Diferentemente dos Flechas, que eram de dois eixos, o Estrelão era tribus. É que o mercado brasileiro de rodoviários havia popularizado os modelos de três eixos, e a CMA não poderia ficar para trás.

Em dezembro de 2001, o grupo JCA comprou a Viação Cometa e não assumiu integralmente a CMA, a produtora de carrocerias da Viação. A sigla JCA se remete ao nome do fundador, Jelson da Costa Antunes, que começou a atuar no ramo de transportes de ageiros em 1948, no Rio de Janeiro, com a empresa 1001. A CMA, sem a parceria da Cometa, ainda tentou sobreviver no mercado de ônibus fornecendo veículos para outras empresas, como a Breda, em 2003, mas não resistiu.

Por lei, as empresas automobilísticas são obrigadas a fornecer peças de reposição por 10 anos após o fim da produção de um modelo. Como os Flechas, veículos em série da CMA foram fabricados até 1999, em 17 de junho de 2009, a CMA fez suas últimas peças, ando o encargo para a própria Viação Cometa.

O Flecha Azul fazia parte da paisagem das ligações da Impala.

O Flecha Azul fazia parte da paisagem das ligações da Impala.

Mesmo superados por modelos mais novos da indústria nacional, os Dinossauros e Flechas ainda despertam paixão, interesse, olhares nas estradas e mostram que são bons de briga. Relógios, camisetas, fotos e miniaturas destes modelos são peças obrigatórias nas coleções de busólogos. A iração também pode ser medida pelo tamanho da memória digital que você encontra na internet. São blogs, comunidades em redes sociais e sites que preservam a história destes ícones das estradas brasileiras.

Flagrante nas Ruas Juazeiro e Jabaquara, em Santo André, no dia 02 de dezembro de 2023, cruzando com um Marcopolo Torino , Mercedes-Benz, da Viação Vaz (linha B-63 – Jardim Alvorada/Vila Palmares, via Hospital Mário Covas – municipal de Santo André-SP)

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

 

Comentários

Comentários 72495v

  1. Robernildo disse:

    Bbf?? É internacional???
    Pq não festival de ônibus brasileiro

  2. Santiago disse:

    Matéria espetacular!
    Show de bola!!!

  3. WAGNER BAPTISTA disse:

    Vivi a história dos Dinossauros. Neusa irmão era motorista da Viação Cometa azendo a linha Sao Paulo/Rio, eu constantemente viajava com ele, tendo inclusive, por 2 vezes, a oportunidade de dirigir o Dinossauro. Experiência maravilhosa e inesquecível que meu saudoso irmão me proporcionou.

  4. OSVALDO BAPTISTA disse:

    Eu,fui colaborador nesta, saudades do flexão azul.

  5. Santiago disse:

    Uma pena mesmo que a CMA foi deixada de lado pela JCA/1001, quando esta adquiriu a Cometa.
    Seria fantástico se a Cometa ainda rodasse com os seus ônibus exclusivos fabricados por ela mesma, já um design mais atualizado porém mantendo aquele estilo retrô que lembrasse os ônibus americanos dos anos 60-70.
    Mas eu entendo que o custo disso seria proibitivo frente a atual dinâmica contábil do mercado, o que certamente fez com que a CMA ficasse fora do pacote.
    De qualquer maneira a JCA também investiu alto na Cometa, tornando esta a jóia-da-corôa do grupo e ultraando em relevância até mesmo a 1001 que é a “empresa mãe” do conglomerado.
    A Cometa continua sendo um nome forte no nosso mercado, e sempre será uma lenda das nossas estradas. Tanto assim que ela chama a atenção mesmo entre as novas gerações, que nem conviveram com aquelas imponentes e historicas NAVES prateadas do ado.

  6. Ivanildo Narciso Zanetti disse:

    Não comentou o na parte de trás que era um cometa, que mais tarde foi proibido de trafegar aceso. Trabalhei na viação COMETA em Campinas, tempo maravilhoso.
    Bela reportagem parabéns…

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