Eletromobilidade

Viagem do Prefeito de São Paulo Ricardo Nunes para a China e o Japão se dá em meio à mais uma queda de braço com a ENEL 5a4k1f

Nunes em uma das entregas de ônibus elétricos. Foto: Adamo Bazani

Prefeito atribui à empresa italiana a maior responsabilidade pelo não cumprimento da meta de 2,6 mil ônibus elétricos que deveria ter sido alcançada até dezembro de 2024. Biometano também na pauta

ADAMO BAZANI

O Diário do Transporte noticiou em primeira mão que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, vai ao Japão e à China nesta semana para tratar de diversos assuntos com autoridades e investidores locais e entre os temas estão mobilidade urbana e meio ambiente.

A reportagem mostrou de forma exclusiva que Nunes deve com o banco Chinês um financiamento de US$ 100 milhões para a compra de ônibus elétricos e quer incluir a infraestrutura no pacote de empréstimo. A promessa é de 10 anos para pagamento e juros menores que os praticados pelo Banco Mundial e BID.

Relembre:

/2025/04/19/exclusivo-no-diario-do-transporte-us-100-milhoes-da-china-para-onibus-eletrico-em-sao-paulo-ja-devem-prever-infraestrutura-e-garagens-podem-ficar-menos-dependentes-da-enel-biometano-ainda-na-pauta/

O prefeito também vai visitar fabricantes de tecnologias voltadas para ônibus elétricos, dentre as quais uma que produz uma espécie de nobreak que torna o processo de carregamento menos dependente da rede de distribuição de energia, com baterias armazenado eletricidade ao longo do dia em baixa tensão, fazendo uma reserva na garagem.

O biometano, combustível obtido da decomposição de resíduos, fará parte da agenda na Ásia.

O prefeito confirmou que visitar novos projetos de produção e distribuição e que São Paulo terá este tipo de combustível nos ônibus urbanos.

Relembre:

/2025/04/17/entrevista-nunes-vai-a-asia-conhecer-producao-de-biometano-para-onibus-alem-de-recarga-para-eletricos-que-dependa-menos-da-enel/

A visita se dá em mais um dos momentos de queda de braço entre a distribuidora de energia ENEL e Nunes, que atribui à empresa italiana a maior responsabilidade pelo não cumprimento da meta de 2,6 mil ônibus elétricos que deveria ter sido alcançada até dezembro de 2024. O Diário do Transporte mostrou em primeira mão, inclusive pautando a grande mídia, que dezenas de ônibus zero quilômetro parados e equipamentos de carregamento de baterias sem poder funcionar porque as ligações para as garagens e as adequações na tensão das redes dos bairros não foram feitas pela Distribuidora.

Em vez de 2,6 mil elétricos rodando até 2024, São Paulo possui, até este mês de abril de 2025, um número bem menor: 527 ônibus deste tipo em circulação.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Santiago disse:

    Sr prefeito,
    Nessa viagem, não esqueça de perguntar às autoridades locais como elas procederam para iniciar a descarbonização dos ônibus em suas respectivas cidades.
    Certamente todas elas lhe dirão que realizaram apurados estudos, e detalhados planejamentos a serem cumpridos em cuidadosas etapas. Além de jamais terem proibido os ônibus a diesel da noite para o dia, mas sim priorizado a sua gradual substituição de acordo com os cronogramas estabelecidos.

    Pergunte também a eles, porque criaram a opção do nobreak.
    Certamente lhe dirão que, antes de comprarem os ônibus elétricos, pesquisaram e concluíram que várias das suas redes elétricas não ariam a recarga diária de frotas inteiras de ônibus a bateria. E que esta foi inclusive uma das razões para eles investirem também na tecnologia-trólebus.

    Quem sabe desta vez o sr entenda melhor, e aceite fazer as coisas do jeito adequado quando retornar para cá.

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