De acordo com prefeito, ainda será definido se elevado será demolido ou se vai ser usado para outra aplicação e não mais o trânsito 3b275j
ADAMO BAZANI
Colaborou Vinícius de Oliveira
O prolongamento da Avenida Marquês de São Vicente no sentido da zona Leste da capital paulista, cujo início das obras está no Plano de Metas da prefeitura para o período entre os anos de 2025 e 2028, deve resultar na desativação do Elevado João Goulart, o Minhocão.
A informação é do prefeito Ricardo Nunes, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 02 de abril de 2025.
Segundo Nunes, um estudo da SPUrbanismo, da prefeitura, mostra que o prolongamento da Marquês vai desafogar o trânsito na região central, o que possibilitaria que o minhocão deixasse de ser utilizado para a circulação de veículos.
O prefeito ainda disse que ainda deve ser debatido se a estrutura do elevado seria usada para outro fim ou se seria melhor demolir.
OUÇA:
“Tem um estudo da SP Urbanismo que a extensão da Marquês de São Vicente até o Tatuapé, a gente vai poder desafogar bem o trânsito e fazer uma ligação da Zona Oeste e Leste, obviamente ando pelo Centro, e que dando certo, possibilitará que a gente desative o minhocão. Agora, se a gente vai desativar o minhocão com demolição ou fazer um ‘highline’ precisamos discutir com a sociedade, é um tema muito polêmico. A gente já havia feito a encomenda do projeto de fazer um túnel. A hora que chegaram os estudos vimos que era inviável pelo custo, e agora essa proposta de isenção da Marquês de São Vicente já está bem trabalhada, está pronta para a gente fazer o encaminhamento e as desapropriações que não são tantas e ter mais essa via na cidade.” – disse o prefeito
A extensão da Marquês de São Vicente está na meta de número 43 do Plano da Prefeitura que recebe sugestões, como já havia mostrado o Diário do Transporte.
Relembre:
Pelo Plano de Metas, as obras de prolongamento da Avenida Marquês de São Vicente (novo Boulevard Marquês de São Vicente), poderiam melhorar a mobilidade no centro expandido e conectando-o à Zona Leste
O futuro corredor, de 6,9 quilômetros, irá da Avenida Sérgio Tomás até a Salim Farah Maluf, viabilizando a desativação posterior do Elevado Presidente João Goulart. Terá calçadas-parque e canteiros-parque, com impacto positivo na paisagem, no desenvolvimento urbano da cidade e na qualidade de vida da população. – diz o plano.
O prolongamento da via deve contar, inclusive, com espaço exclusivo ou preferencial para ônibus, podendo comportar corredor central ou faixa à direita.
Já há é de longa data que São Paulo cogita em demolir ou desativar o Minhocão.
A primeira vez que isso foi debatido foi em 1975, apenas quatro anos após a inauguração que ocorreu em 1971.
A estrutura foi entregue na gestão de Paulo Maluf. O sucessor, o prefeito Olavo Setúbal, chegou a encomendar estudos, mas o maior temor seriam os impactos no trânsito.
Entre 1986 e 1988, o então prefeito Jânio Quadros recebeu um projeto de transformar o local em um jardim suspenso, com duas faixas para ônibus elétricos.
Diversos outros prefeitos também cogitaram a possibilidade.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes