Homologação do resultado do certame foi publicada nesta terça-feira (18) pela Unidade de Coordenação de Projetos da STM 672r2
ALEXANDRE PELEGI
A estatal chinesa CRRC, sediada em Pequim, venceu a concorrência internacional para o fornecimento de 44 trens para o Metrô de São Paulo.
A homologação e adjudicação do resultado do certame foi publicado em Diário Oficial nesta terça-feira, 18 de março de 2025, pela Unidade de Coordenação de Projetos (U) da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM).
A maior parte desta frota vai ser para atender a expansão da linha 2-Verde, que será prolongada até a Penha, na zona Leste da capital paulista, e, posteriormente, até Guarulhos, na região metropolitana. Mas haverá trens também deste lote para as linhas 1-Azul e 3-Vermelha.
A CRRC ofereceu preço de R$ 3,617 bilhões e depois baixou o valor, no pregão, para R$ 3,104 bilhões.
Em segundo lugar, ficou a Alstom, que ofereceu inicialmente R$ 3,74 bilhões e depois baixou o preço para R$ 3,121 bilhões.
O valor estipulado pelo edital foi de R$ 3,7 bilhões.
Como mostrou o Diário do Transporte, parte da compra destes trens vai contar com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
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Parte desse dinheiro será para financiamento de 1,3 mil ônibus elétricos, que serão adquiridos pela prefeitura da capital paulista e reados às empresas de ônibus, 44 novos trens para o metrô e para o projeto TIC, do Trem Intercidades, que ligará a capital paulista às cidades de Jundiaí e Campinas, no interior do Estado.
Os trens serão utilizados na Linha 2-Verde do Metrô, que está em obras de expansão. Quando as obras forem concluídas, haverá mais oito estações, incluindo a integração com a Linha 3-Vermelha na Estação Penha. O total de investimento é de R$ 6 bilhões, sendo que o BNDES financiará R$ 3,6 bilhões.
Relembre:
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Cada trem deve ter seis carros (popularmente conhecidos como vagões, mas de forma errada), ar-condicionado e tomadas USB para celulares.
A licitação prevê ainda a implantação de sistemas e equipamentos, além de estudos para adequação da nova frota.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes