Estatal chinesa CRRC vence licitação para a compra de 44 trens pelo Metrô de São Paulo com proposta de R$ 3,1 bilhões 3a5f5r
Publicado em: 18 de março de 2025 2r5u2d

Homologação do resultado do certame foi publicada nesta terça-feira (18) pela Unidade de Coordenação de Projetos da STM
ALEXANDRE PELEGI
A estatal chinesa CRRC, sediada em Pequim, venceu a concorrência internacional para o fornecimento de 44 trens para o Metrô de São Paulo.
A homologação e adjudicação do resultado do certame foi publicado em Diário Oficial nesta terça-feira, 18 de março de 2025, pela Unidade de Coordenação de Projetos (U) da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM).
A maior parte desta frota vai ser para atender a expansão da linha 2-Verde, que será prolongada até a Penha, na zona Leste da capital paulista, e, posteriormente, até Guarulhos, na região metropolitana. Mas haverá trens também deste lote para as linhas 1-Azul e 3-Vermelha.
A CRRC ofereceu preço de R$ 3,617 bilhões e depois baixou o valor, no pregão, para R$ 3,104 bilhões.
Em segundo lugar, ficou a Alstom, que ofereceu inicialmente R$ 3,74 bilhões e depois baixou o preço para R$ 3,121 bilhões.
O valor estipulado pelo edital foi de R$ 3,7 bilhões.
Como mostrou o Diário do Transporte, parte da compra destes trens vai contar com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Em 29 de novembro de 2024, em Brasília, o Governo Federal anunciou pacote de cerca de R$ 10 bilhões para infraestrutura, mobilidade e transportes no Estado de São Paulo
Parte desse dinheiro será para financiamento de 1,3 mil ônibus elétricos, que serão adquiridos pela prefeitura da capital paulista e reados às empresas de ônibus, 44 novos trens para o metrô e para o projeto TIC, do Trem Intercidades, que ligará a capital paulista às cidades de Jundiaí e Campinas, no interior do Estado.
Os trens serão utilizados na Linha 2-Verde do Metrô, que está em obras de expansão. Quando as obras forem concluídas, haverá mais oito estações, incluindo a integração com a Linha 3-Vermelha na Estação Penha. O total de investimento é de R$ 6 bilhões, sendo que o BNDES financiará R$ 3,6 bilhões.
Relembre:
BNDES anuncia R$ 10 bilhões para mobilidade em São Paulo: 1,3 mil ônibus elétricos, 44 trens e TIC
Cada trem deve ter seis carros (popularmente conhecidos como vagões, mas de forma errada), ar-condicionado e tomadas USB para celulares.
A licitação prevê ainda a implantação de sistemas e equipamentos, além de estudos para adequação da nova frota.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
Esse é um jornalista que esclarece bem as coisas da área de transportes…diferentemente da maioria dos sites e publicações na Internet.
Pois é, o Brasil se desfaz de suas estátais a preço de banana e compra produtos e serviços de estatais estrangeiras, gerando empregos e receitas pra outros países. Vai entender
Pobre São Paulo. Comprando esses trens chineses que tem vida útil muito menor que os trens ses.
Fonte: vozes da minha cabeça.
Nos anos 80, o Brasil tinha 2 estatais de material Ferroviário: A Mafersa e a Cobrasma.
Por otro lado, a China não tinha nenhuma.
O neoliberalismo que vivemos desde os anos 90, fez com que agora compremos trens da China.
Parabéns aos que reclamavam de estatais brasileiras. Agora contente-se em comprar trens da China e remeter lucro e contar com mão de obra chinesa.
Era para termos uma Embraer do trilhos, gerar empregos de qualidade ao nosso povo…
O povo reclama de fim de estatal da época do meu pai, atualmente ninguém sabe quem eram as empresas e o Brasil é um país eternamente instável, quase nada sobrevive, e veremos como serão os trens.
É impressionante o salto de qualidade e refinamento temático que as indústrias chinesas tiveram nas últimas décadas. Vamos torcer para que eles estejam impulsionados a montar os trens no Brasil, com abertura de fábrica por aqui, exportando a tecnologia e a mão-de-obra qualificada para esta finalidade.