Eletromobilidade

Anfavea comenta falta de infraestrutura para ônibus elétricos noticiada pelo Diário do Transporte e diz que realidade causa preocupação – VÍDEO 3k3d6i

Cidade de São Paulo está recebendo ônibus elétricos ) km, mas população anda nos modelos a diesel com mais de 10 anos.

Como tem mostrado o Diário do Transporte, há dezenas de ônibus elétricos zero km parados na cidade de São Paulo e carregadores nas garagens inoperantes porque a ENEL não faz a ligação e não prepara a rede de distribuição, segundo as empresas

ADAMO BAZANI

Colaboraram Vinícius de Oliveira e Yuri Sena

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 14 de março de 2025, durante a divulgação do balanço da indústria automotiva, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) comentou a falta de infraestrutura para veículos elétricos, em especial para ônibus.

Como tem mostrado o Diário do Transporte, há mais de 80 ônibus elétricos zero km parados na cidade de São Paulo e carregadores nas garagens inoperantes porque a ENEL não faz a ligação e não prepara a rede de distribuição, segundo as empresas de transporte.

Segundo o vice-presidente da entidade que representa os fabricantes, causa preocupação a questão da eletrificação vai muito além do veículo e a situação em cidades como a capital paulista, que proíbe ônibus 0 km a diesel, mas não tem infraestrutura para os elétricos.

“A gente está, sim, inclusive da informação pública, problema na cidade de São Paulo, com ônibus elétricos parados por conta de falta de infraestrutura. Esse é um tema que nós estamos acompanhando aqui na Anfavea. Desde sempre, Fábio, a Anfavea vem dizendo, falando sobre a importância de não apenas olhar para o veículo, mas olhar para a infraestrutura. Mais do que isso, quando a gente pensa em eletrificação, a gente precisa pensar no ecossistema da eletrificação, não é só o veículo. E quando a gente pensa em ônibus, por exemplo, a gente está falando de proporções de infraestrutura muito diferentes. Então, olhar veículo, olhar infraestrutura, olhar financiamento, olhar, isso altera também a questão de subsídio das prefeituras para o transporte urbano, olhar a parte de pós-venda, manutenção, e olhar também para a indústria. A importância também é que esse ecossistema avance com a indústria de autopeças, com as fabricantes locais, para que a gente possa ter efetivamente um processo de eletrificação e descarbonização adequado no Brasil. A gente está acompanhando sim, vê com preocupação, e esse é um tema bastante caro para a Anfavea.” – disse.

A cidade de São Paulo tem 430 ônibus elétricos rodando, bem abaixo dos 2,6 mil prometidos em 2021 nas metas da Prefeitura para o fim de dezembro de 2024.

Desde 17 de outubro de 2022, as viações não podem mais comprar modelos a óleo diesel. Como a eletrificação não avança, a SPTrans, ampliou o limite de idade dos ônibus atuais a diesel de 10 anos para 13 anos.

São veículos que apresentam menos conforto para o cidadão que paga R$ 6,5 bilhões de subsídios ao sistema de transportes em por meio da arrecadação da prefeitura, além de R$ 5 a agem. Estes ônibus mais antigos não possuem ar-condicionado, fazem mais barulho, sacolejam mais, trepidam mais.

Estes coletivos também estão mais sujeitos a quebras por serem velhos e de uso intenso e severo, como é uma operação de ônibus urbanos, ainda mais em periferias.

Assim, em vez de continuar vendo a imprensa e os jornalistas como “inimigos”, por que as empresas de ônibus não são francas com a sociedade e não falam o que acham o que precisa ser dito.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Diego disse:

    O.mais legal da foto é esse Maxibus Dolphin que nunca é lembrado

  2. Gilson disse:

    Interessante a reportagem, sou de Belém no Pará, aqui chegaram uns 10 elétricos e dizendo o governador chegará mais 30, mas os que já chegaram não tem infraestrutura pra carregar.a moda elétrico não e pra todo lugar, mas foi vendido que é o futuro,agora quem falar o contrário é o errado.

  3. Santiago disse:

    A ANFAVEA tocou exatamente no ponto X da questão:
    Não basta apenas pensar no veículo elétrico, sem lembrar de todo o sistema do qual o veículo é somente a parte mais visível.

    Aqui em São Paulo Ricardo Nunes focou apenas nos ônibus elétricos, e nada mais.
    Ele tinha muita pressa em ser o “prefeito que eletrificou os ônibus de São Paulo”.
    E nessa pressa toda mandou entupir as garagens com ônibus verde-abacate, sem que exista a eletricidade para que eles operem.

    A solução de Ricardo Nunes? Apontar bodes-expiatórios!
    Hoje é a ENEL, cuja base da acusação é a sua já conhecida baixa eficiência em gerenciar a rede elétrica paulistana.
    Mas o Ricardo não sabia disso??? Então ele tomou a bilionária decisão de eletrificar a frota às pressas,sem antes conhecer as limitações estruturais de São Paulo???

    De quem será a culpa amanhã???
    Dos fabricantes, por terem lhe vendido os ônibus à bateria sem antes lhe questionarem se era isso mesmo o que ele queria???
    Eu não duvido, e acho que a ANFAVEA também não!

  4. Rodrigo Zika disse:

    Lembrando que também aceita outras tecnologias além da bateria, mas o lobby é maior das empresas.

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