Em resposta ao Diário do Transporte, SPTrans diz que determinou que Transunião apresente plano para linhas com atrasos. Segundo empresa, renovação de frota é dificultada pela ENEL 385g39
Publicado em: 13 de março de 2025 52j3o

Mais da metade da frota da companhia da Zona Leste está vencida. Viação aguarda que distribuidora de energia faça as ligações necessárias para receber 158 ônibus novos elétricos e diz que já investiu R$ 14 milhões em carregadores e infraestrutura para deixar as garagens pontas
ADAMO BAZANI
A SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema de ônibus da cidade, em resposta ao Diário do Transporte na manhã desta quinta-feira, 13 de março de 2025, diz que obrigou a Transunião, empresa que opera em parte da Zona Leste da capital paulista, a apresentar um plano operacional para resolver atrasos e descumprimentos de partidas.
As reclamações de ageiros têm sido frequentes. Como mostrou o Diário do Transporte, no início da manhã, usuários relataram atrasos de cerca de 25 minutos, como na linha 2202/10 – Hospital Itaim Paulista/TM Guaianases.
Imagens recebidas pelo Diário do Transporte por volta de 6h, mostram que o ponto da Estrada Dom João Nery, perto do número 3472, sentido Guaianases, o de maior movimento para o horário, estava lotado, com a calçada tomada pelos usuários.
Mais da metade da frota de umas garagens da companhia da Zona Leste está vencida, como mostrou o Diário do Transporte. Este é um dos motivos dos atrasos nas linhas, de acordo com o que a reportagem verificou, mesmo não sendo o único.
Por mais que se faça manutenção e vistorias periódicas, pelo uso intenso e severo das operações urbanas, quanto mais antigo o ônibus, mais está sujeito a quebras.
A viação diz que aguarda que distribuidora de energia ENEL faça as ligações necessárias para receber 158 ônibus novos elétricos e diz que já investiu R$ 14 milhões em carregadores e infraestrutura para deixar as garagens pontas
Desde outubro de 2022, as companhias de ônibus da cidade não podem comprar modelos a diesel zero quilômetro
Relembre:
Em nota ao Diário do Transporte, a gerenciadora diz ainda que tem autuado a empresa.
A Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans determinaram que a concessionária Transunião realize plano de ação para a operação das suas linhas com descumprimento de partidas, incluindo a 2202/10 Jd. das Oliveiras – TM Guaianases, para que tenha regularidade e atenda a programação. A SPTrans acompanha o desenvolvimento deste plano e segue autuando a empresa por viagens não realizadas.
REPORTAGEM ANTERIOR: 665s3r
ageiros relatam nesta quinta (13) atrasos de 25 minutos em linha de empresa que tem mais da metade da frota vencida na zona leste de São Paulo – VÍDEO 511341
Serviço é operado pela Transunião que já possui veículos novos para encomenda, mas não pode receber porque, apesar de estar com a garagem preparada, ENEL não faz a ligação para os novos ônibus elétricos. Também há desvios na cidade por causa de árvores caídas em decorrência das chuvas de Verão
ADAMO BAZANI
Colaborou Arthur Ferrari
ageiros de ônibus da zona Leste de São Paulo relatam atrasos de cerca de 25 minutos na manhã desta quinta-feira, 13 de março de 2025.
Um dos exemplos é a linha 2202/10 – Hospital Itaim Paulista/TM Guaianases.
Imagens recebidas pelo Diário do Transporte por volta de 6h, mostram que o ponto da Estrada Dom João Nery, perto do número 3472, sentido Guaianases, o de maior movimento para o horário, estava lotado, com a calçada tomada pelos usuários.
O relato era de demora superior a 25 minutos, sendo que a programação que consta, inclusive, no site da SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora dos ônibus da cidade, é de intervalos entre dois e três minutos.
*Além de haver desvios na cidade por causa de árvores caídas em decorrência das chuvas de Verão de quarta-feira (12), a frota velha da empresa operadora, Transunião, pode explicar os atrasos que, segundo os ageiros, são constantes por causa de quebras frequentes dos ônibus mais velhos na região. Como mostrou o Diário do Transporte, a própria empresa itiu o problema e disse que em uma das garagens, mais da metade das frota está com idades entre 10 anos e 13 anos, dentro da faixa estendida pela SPTrans.*
*Segundo a companhia, já há veículos novos para encomenda, mas a viação não pode receber esta frota porque, apesar de estar com a garagem preparada, ENEL não faz a ligação para os novos ônibus elétricos. Desde outubro de 2022, as companhias de ônibus da cidade não podem comprar modelos a diesel zero quilômetro*
Relembre:
O Diário do Transporte procurou a SPTrans para saber sobre a situação na manhã desta quinta-feira, 13 de março de 2025.
Em nota, a gerenciadora diz que determinou que a Transunião realize um plano de ação para evitar descumprimento de partidas.
A Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans determinaram que a concessionária Transunião realize plano de ação para a operação das suas linhas com descumprimento de partidas, incluindo a 2202/10 Jd. das Oliveiras – TM Guaianases, para que tenha regularidade e atenda a programação. A SPTrans acompanha o desenvolvimento deste plano e segue autuando a empresa por viagens não realizadas.
FROTA VELHA 2w2760
O Diário do Transporte mostrou que São Paulo tem 2.711 ônibus com idades entre 10 anos e 13 anos operando. A ampliação da idade máxima da frota da cidade, de 10 anos para até 13 anos, foi uma medida emergencial da SPTrans para suprir a falta de infraestrutura que impede mais elétricos e, ao mesmo tempo, manter a proibição dos novos veículos a diesel.
/2025/01/23/cidade-de-sao-paulo-possui-2-711-onibus-com-dez-anos-ou-mais-em-circulacao/
O Diário do Transporte tem mostrado que muitas garagens estão prontas dos muros para dentro e que algumas delas possuem dezenas de ônibus elétricos parados porque solicitaram ligações e adaptações das redes de distribuição, mas a ENEL não fez ainda. É o caso da empresa Mobibrasil, da zona sul, que tem 33 ônibus parados em uma das garagens, apesar de ter pedido a ligação em julho de 2024. A A2 Transportes, outra empresa da zona Sul, pediu a ligação para a ENEL em fevereiro de 2024, e não foi atendida ainda. A viação diz que não consegue concluir as compras e já têm mais de 130 ônibus a diesel com mais de 10 anos rodando, sendo que deveriam ter sido trocados. A Transunião, na zona Leste, tem mais da metade da frota com mais de 10 anos em uma das garagens porque ENEL não conclui ligação para ônibus elétricos. Oficina vive lotada, disse o diretor operacional da empresa, Edgard Paiva da Rocha. Demanda total é de cerca de quase 300 mil ageiros por dia. São dois pátios com 33 carregadores instalados desde agosto de 2024 que custaram R$ 14 milhões, mas estão sem serventia porque a energia necessária não chega às garagens.
– ENTREVISTAS EM VÍDEO 6t5q6v
Relembre:
Há viações que já estão com equipamentos carregadores e transformadores internos já instalados nas garagens, mas não podem renovar frota porque o financiamento depende de aval que só ocorre se a rede de energia estiver adequada.
Mais uma vez, o Diário do Transporte entrou em contato com a ENEL.
METAS DA CIDADE:
As metas da prefeitura de São Paulo de 2,6 mil ônibus elétricos entre todas as empresas da cidade rodando até o fim de 2024 não foram alcançadas, principalmente pela falta de infraestrutura de recarga e distribuição de energia da ENEL para dar conta da demanda. Em toda a cidade, são atualmente, em fevereiro de 2025, menos de 500 unidades não poluentes a bateria e 201 trólebus, que precisam estar conectados à fiação aérea para rodarem.
Em 23 de janeiro de 2025, durante a entrega de um lote de 100 coletivos com baterias, o prefeito Ricardo Nunes disse que a cidade deve receber cerca de 600 ônibus totalmente elétricos com bateria ainda neste ano. Isso elevaria a frota para cerca de 1.200 unidades, contando com os trólebus, mas ainda assim seria bem inferior aos 2.600 coletivos anunciados para até o final de 2024. Na ocasião, Nunes disse, em resposta ao Diário do Transporte que esteve no evento, que é preferível ampliar a idade dos ônibus atuais em até três anos a itir a volta da compra de veículos a diesel, já que caso fossem comprados, poderiam operar por mais dez anos no sistema.
Relembre:
No fim de 2024, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei, de autoria do ex-presidente da Casa, Milton Leite, que permitiria a volta da compra de 50% da frota a diesel Euro 6. Por causa da falta de infraestrutura para elétricos, a frota geral de ônibus da cidade tem envelhecido, uma vez que as viações estão proibidas de comprar modelos a diesel desde 17 de outubro de 2022. A SPTrans ampliou a idade máxima permitida dos ônibus de 10 anos para 13 anos.
O prefeito Ricardo Nunes aprovou apenas parcialmente o projeto de lei, vetando a possibilidade da volta de compra de modelos a diesel, mas sancionou outros pontos, como um que abre mais segurança para a busca de outras alternativas menos poluentes, como GNV (Gás Natural Veicular) e biometano (gás obtido pela decomposição de resíduos). As empresas de ônibus devem apresentar em 90 dias as necessidades de infraestrutura para a ENEL, no caso dos elétricos, ou para a COMGÁS, no caso do GNV. Estas distribuidoras têm 90 dias para concluir os projetos, mas não há prazo para execução e entrega das obras.
As metas intermediárias foram ajustadas, mas as finais, como zerar as emissões de CO2 até 2038 foram mantidas. Com isso, as alternativas que não sejam eletricidade ou hidrogênio são encaradas como para o momento de transição.
GÁS NATURAL PARA ÔNIBUS:
Empresas como a Sambaíba, na zona Norte, estudam aderir projetos de GNV para ônibus e, como mostrou o Diário do Transporte, preparou um modelo a diesel para ser convertido.
O prefeito Ricardo Nunes disse em 11 de fevereiro de 2025, que determinou estudos para verificar a viabilidade da implantação de ônibus a gás natural na cidade.
Os trabalhos estão sob responsabilidade do Secretário Executivo de Mudanças Climáticas, José Renato Nalini, e as discussões serão no âmbito do Comfrota (Comitê Gestor do Programa de Acompanhamento da Substituição de Frotas por Alternativas Mais Limpas).
O Comitê é vinculado à Seclima (Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas).
Relembre:
LEI BARRADA POR AÇÃO DO PSOL:
A nova lei sobre descarbonização da frota, Lei Municipal nº 18.225, de 15 de janeiro de 2025, oriunda do projeto de Milton Leite de dezembro de 2024 e aprovada parcialmente por Nunes em janeiro de 2025, no entanto, teve seus efeitos temporariamente suspensos por determinação do desembargador Mário Devienne Ferraz do Órgão e Câmara Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu parcialmente Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo PSOL.
A lei não está anulada. A decisão, publicada em 10 de fevereiro de 2025, suspende a aplicação da lei até o julgamento final da ação.
Relembre:
Entre outras alegações, o partido alega que o Projeto de Lei 825/2024, de autoria do ex-presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, não apresentou estudo de impacto ambiental e que flexibiliza regras, reduzindo a obrigatoriedade da compra de modelos de ônibus menos poluentes.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Não vi mencionando o número da linha em questão.
É isso que dá confiar na Enel para alguma coisa, a transunião vive com a frota realmente vencida porque não são todas as minhas dela que tem ônibus decente principalmente ônibus que vão para TM de Guaianazes alguns São simplesmente a pior Frota que existe, e em dia de calor então a pessoa torra dentro do ônibus
Interessante que o prefeito de Maricá, RJ, também criticou a Enel, e a questão não tem a ver com ônibus elétricos, mas com industrialização.
A lin
ha 4056 10 Pq Boa Esperança também extressa os ageiros com demora também as vezes na parte da manhã e a tarde precisa verificar isso
Sou ex funcionário(motorista) sinceramente a empresa está precária, ônibus em péssimas condições, gestores sem qualquer experiência e qualificação para transporte,só se importam com a medição,que é onde faturam mais, manutenção deixa muito a desejar,pois chega a ponto de colocar carros que colocam em risco a todos que estão envolvidos na operação,o respeito com os motoristas e demais funcionários da empresa e enorme,eles atrasam parte do pagamento,e vr com frequência.
Infelizmente e uma empresa que deixa a desejar,poderia estar entre as melhores,porém devido a falta de pessoas qualificadas ,se encontra nesta situação
Bom dia a todos!!
Amigos não podemos esquecer de acrescentar a está lista a linha 3008 Jd Miriam x estação Itaim Paulista, não há ônibus suficiente para atender os ageiros.
De segunda a sexta tem várias filas aguardando por um ônibus.
A SP trasporte não fiscaliza quem sofre são os usuários.
Agora eles jogam a culpa na Enel, a culpa é da prefeitura que paga subsídio e vários outros valores para as empresas de ônibus e elas não estão nem aí, roda com sucata velha solta dinheiro para são Paulo transporte, eles finge que fiscaliza zona oeste de são Paulo, é largada as baratas 🪳 e ninguém faz nada só ônibus velho quebrado ALÔ SPTRANS….
Pior empresa de ônibus de São Paulo, não respeita os clientes, ônibus cheios de baratas, esperamos horas nos pontos de ônibus. A linha 3064 Cidade Tiradentes a guaianases é uma das piores. Os “fiscais” são arrogantes e se acham no direito de destratar os clientes.
VAI NO TERMINAL VILA IOLANDA NA CACHOEIRA DE PAULO AFONSO,QUE AI SIM VERAO O QUE É UM CAOS
Todos que vão sentido Guaianazes estão nessas condições, principalmente nessa rua mencionada na matéria, Av Dom João Nery.. e a própria estrada do lajeado Velho, ônibus antigos que nem ar condicionado tem, diariamente é uma luta para ir trabalhar.
Fora que a própria é chamada de “Lotação”