Ícone do site Diário do Transporte

TERSA – Rodoviária de Santo André completa 25 anos, é opção, mas necessita de melhorias 1k6r68

Diário do Transporte esteve no local na manhã deste domingo,  09 de março de 2025. Local necessita de maior comodidade aos ageiros, mas estrutura para os ônibus é boa  j1a4y

ADAMO BAZANI 

Colaborou Yuri Sena

No início da operação, TERSA chegou a ser um dos terminais mais movimentados da Grande São Paulo

No último dia 13 de fevereiro de 2025, o terminal rodoviário de Santo André, que fica ao lado da estação Prefeito Saladino, da Linha 10-Turquesa da TM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), completou 25 anos.

Inaugurada em 13 de fevereiro de 2000, na gestão do então prefeito Celso Daniel, a rodoviária de Santo André, como é conhecida pela população, representou, na época, um grande avanço. Antes, quem precisasse viajar para outra cidade ou mesmo outro estado de ônibus rodoviário tinha de se deslocar até São Bernardo do Campo ou São Paulo.

Algumas empresas faziam paradas precárias na cidade, como a Expresso Brasileiro — sucedida pela Viação Cometa, que operava viagens para o litoral paulista — e outras empresas que seguiam para o interior.

Inicialmente, o terminal atraiu muitos ageiros, pois organizou as partidas intermunicipais e interestaduais de Santo André. No entanto, com o ar do tempo, a estrutura não recebeu as modernizações necessárias para acompanhar o crescimento da demanda e atrair mais usuários.

Foi o que constatou o Diário do Transporte, que esteve na rodoviária na manhã deste domingo, 9 de março de 2025.

O local luta para voltar a ser uma opção para muitos ageiros que, diante da redução da oferta de viagens por parte das empresas, ainda são obrigados a fazer longos deslocamentos — seja por carros de aplicativo, trem ou metrô — para conseguir embarcar no ônibus para seu destino.

Além disso, a pandemia de COVID-19 interrompeu um ciclo de tentativas de retomada.

Durante a visita, o local estava relativamente limpo, mas, apesar da presença de uma base da GCM e duas viaturas da Guarda Civil paradas no saguão, a sensação de segurança não era das melhores. Moradores em situação de rua, aparentemente sob efeito de álcool, transitavam entre os ageiros.

Havia poucas opções de alimentação, com apenas um quiosque aberto e outros dois fechados. A movimentação de ageiros era regular, assim como a circulação de ônibus, principalmente da Viação Cometa, que opera viagens para o interior.

Outras empresas, como Nova Itapemirim-Susantur, Andorinha, Expresso União, Real Expresso e Auto Viação 1001, também avam pelo terminal, realizando desembarques de cidades como Ipatinga, Presidente Prudente e Goiânia, com destino final em Santos.

Algumas linhas, porém, tinham como última parada São Caetano do Sul, que servia como ponto final para muitas rotas que atendiam a região do ABC.

A estrutura da rodoviária também apresenta pontos que necessitam de melhorias. Alguns anteparos de ferro na cobertura, por exemplo, apresentam sinais de ferrugem. Ainda distante de ser a melhor opção em conforto e serviços para o ageiro, o terminal não chega a ser uma escolha ruim, dependendo do destino e da forma de compra da agem. Isso porque muitos guichês estavam fechados, tornando o embarque possível apenas para quem adquiriu bilhetes antecipadamente.

Em alguns casos, o próprio funcionário do guichê precisa fechar o atendimento para ajudar ageiros e motoristas a acomodar as bagagens nos coletivos. De modo geral, para quem conhece os horários das empresas e evita permanecer na região por muito tempo — já que, em alguns períodos, o entorno do terminal pode ser deserto e perigoso —, a rodoviária de Santo André ainda é uma alternativa viável para embarque e desembarque na região do ABC.

O o ao transporte público é garantido pelo trem da Linha 10-Turquesa e por ônibus municipais do Consórcio União Santo André, operados por empresas como Guaianazes e Vaz, além dos ônibus metropolitanos gerenciados pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e operados pela Next Mobilidade.

Recentemente, os ônibus urbanos metropolitanos aram a parar dentro do terminal, com a transferência de diversas linhas que antes atendiam Utinga. Essa mudança ampliou a segurança e a comodidade dos usuários do transporte coletivo urbano e metropolitano, pois agora há cobertura interna, locais para aguardar sentado e um ambiente um pouco mais seguro.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Colaborou Yuri Sena

Sair da versão mobile