Prefeitos de cidades da Argentina protestam contra fim do subsídio do governo federal ao transporte coletivo 3u724w
Publicado em: 15 de fevereiro de 2024 4m1u28

Pacto fiscal havia sido aprovado por lei, mas foi rompido agora pela nova política do presidente recém-eleito; valor das tarifas de ônibus e trem subiram_
ALEXANDRE PELEGI
Mais de 40 prefeitos de toda a Argentina foram nesta quinta-feira (15) ao Congresso protestar contra a decisão do governo de eliminar os fundos de subsídios destinados aos transportes públicos.
Trata-se do DNU (Decreto de Necessidade e Urgência), em vigor desde 29 de dezembro de 2023. O megadecreto, obra do presidente Milei, determinou a retirada de subsídios concedidos aos transportes, luz e gás.
Como consequência do fim do subsídio ao transporte, as tarifas sofreram forte reajuste, o que pressionou a inflação do país.
A tarifa do sistema de ônibus em Buenos Aires mais que triplicou, ando de 76 pesos para 270 pesos. A de trem saltou de 48 pesos para 130 pesos. Já o metrô da capital do país subiu de 100 para 125 pesos. A mesma situação se espalha por outras cidades.
Os prefeitos de Rosario, Córdoba, Santa Fe, Mendoza, Paraná, Salta, Río Cuarto e Corrientes, entre outros , entraram na justiça pelo descumprimento do pacto fiscal que havia sido aprovado por lei. Eles ainda propõem alterar a coparticipação do imposto sobre os combustíveis.
O prefeito de Rosário, Pablo Javkin, declarou que todas as cidades pagam um imposto para que a Região Metropolitana de Buenos Aires tenha a agem mais barata. “Não estamos gerando despesa, o Estado nacional arrecada um tributo e fica com ele”, afirmou Javkin.
Na mesma linha, o prefeito de Córdoba, Daniel erini, afirmou que os dirigentes municipais vão pressionar os deputados e senadores a exigir que o Governo cumpra a lei, aprovando a copartipação das prefeituras no valor arrecado pelo fundo de combustíveis.
A Federação Argentina de Municípios (FAM), presidida pelo prefeito de La Matanza, Fernando Espinoza, fará uma reunião nesta quinta (15) para expressar sua preocupação com o “caminho antifederal e extorsivo” seguido pelo Governo do presidente Javier Milei. Segundo a Federação, as medidas do partido no poder “geraram um impacto sem precedentes na vida de cada habitante das nossas cidades”.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes