Greve ferroviária de seis dias começa nesta quarta (24) na Alemanha 86g4t
Publicado em: 24 de janeiro de 2024 2f431h

Sindicato que representa trabalhadores da área exige aumento salarial e redução da carga horária
GUILHERME STRABELLI
Começou na madrugada desta quarta-feira, 24 de janeiro de 2024, a greve ferroviária de seis dias na Alemanha. O movimento está sendo classificado como a maior greve do tipo no país e promete parar os trens em todo o território alemão.
O sindicato alemão GDL, que representa os maquinistas de trens e outros funcionários da rede ferroviária, anunciou a paralisação na segunda-feira, 22 de janeiro.
A greve afetará os ageiros da Deutsche Bahn, a companhia ferroviária nacional da Alemanha, das 2h da madrugada (horário de Berlim) desta quarta até a tarde da próxima segunda-feira, 29 de janeiro.
Além das viagens de longa distância, a paralisação afeta composições regionais e trens urbanos. O transporte de mercadorias pararam algumas horas antes e só retornarão na segunda às 18h, totalizando 144 de paralisação.
Esta é a quarta greve ferroviária na atual disputa sobre salários. O Sindicato convocou duas paralisações em 2023 e uma no começo de janeiro. A atual convocação veio após a companhia ferroviária tentar atrair o sindicato de volta para negociações com uma oferta de salário, mas que acabou sendo rejeitada.
“Com sua terceira oferta, supostamente melhorada, a Deutsche Bahn demonstrou mais uma vez que está dando continuidade ao seu curso anterior de descumprimento e confronto – não há nenhum traço de vontade de reconciliação”, disse o GDL.
Martin Seiler, chefe de pessoal da Deutsche Bahn criticou o sindicato, acusando a entidade de usar greve como meio de autopromoção.
Proposta
Segundo a Deutsche Bahn, a última oferta previa aumento salarial e 4,85 em média a partir de agosto e mais 5% a partir de abril de 2025. Os termos também incluíam um pagamento compensatório por conta da inflação que seria fixado por 32 meses.
A partir de 2026, seriam oferecidos em turnos rotativos a opção de ar de 38 para 37 horas semanais de trabalho. Caso não desejem reduzir a carga de trabalho, estaria previsto o recebimento de pagamento extra.
A GDL pede um adicional de 550 Euros mensais para os funcionários, pagamento de compensação pela inflação fixado por período de 12 meses.
O Sindicato também exige uma redução imediata na carga horária dos trabalhadores em turnos de 38 horas para 35 horas, sem alteração na remuneração dos funcionários.
Para negar as exigências, a Deutsche Bahn alega que a entidade tenta recrutar novos funcionários e que a redução de carga horária agravaria a escassez de pessoal.
Guilherme Strabelli, para o Diário do Transporte