Novo COP será construído no complexo Santa Rita, e está vinculado ao projeto do BRT Aricanduva, parcialmente financiado pelo Banco Mundial; valor estimado é de R$ 18,5 milhões
ALEXANDRE PELEGI
A Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial desta quinta-feira, 27 de abril de 2023, a abertura de licitação, na modalidade “concorrência”, destinada à implantação do novo Centro de Operações da SPTrans (COP).
De acordo com o Edital, o valor estimado para a construção do Centro é de R$ 18,6 milhões (R$ 18.580.000,00), abatidos os demais compromissos do Licitante.
A empresa selecionada no certame receberá do financiamento do Banco Mundial. Isso porque o local que vai monitorar os ônibus da capital de forma mais precisa e melhorar o Olho Vivo da SPTrans, integra o contrato do Projeto do BRT Aricanduva São Paulo para efeito de financiamento do Banco. Porém, a implantação do BRT-Aricanduva que estava no Plano de Metas para ser entregue até 2024 foi mudada apenas para “viabilizar a implantação” com a prefeitura itindo o atraso.
Como adiantou o prefeito Ricardo Nunes, o Novo Centro de Operações da SPTrans (COP) funcionará em uma área de 3.183 m² dentro do complexo Santa Rita. Relembre: Nova tecnologia para monitoramento de ônibus em São Paulo entra em operação até o fim de 2023, diz Ricardo Nunes
O Novo COP contará com o Sistema de Monitoramento e Gestão Operacional do Transporte Coletivo Público da cidade de São Paulo (SMGO), que vai monitorar a frota por meio de tecnologias mais modernas embarcadas nos ônibus como câmeras, contador de ageiros, wi-fi, controle de tráfego e medição de serviços.
A empresa selecionada no certame fará a elaboração do projeto executivo, além das obras no local, com a aquisição e instalação de equipamentos, mobiliário, e instalação de rede de dutos para transmissão de dados.
As propostas das empresas interessadas deverão ser entregues a partir das 9h do dia 27 de abril até às 10h do dia 26 de junho, data da abertura dos envelopes.
O Edital e seus anexos estão disponíveis para no de negócios do Diário Oficial da Cidade de São Paulo https://diariooficial.prefeitura.sp.gov.br/ e através do site da Secretaria de Mobilidade e Trânsito https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/mobilidade/
BANCO MUNDIAL
O projeto do COP está inserido no projeto de implantação do BRT Aricanduva para efeitos de financiamento do Banco Mundial.
Como mostrou o Diário do Transporte, a SPObras lançou em 18 de maio um aviso de solicitação de Manifestação de Interesse para a contratação de empresa de consultoria para a execução dos serviços técnicos profissionais especializados de apoio ao gerenciamento do projeto do corredor BRT, parcialmente financiada pelo BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial).
A Prefeitura da capital assinou um Acordo de Empréstimo junto ao Banco para a realização do Projeto do Corredor de Trânsito Rápido de Ônibus e pretende aplicar parte dos recursos em Serviços de Consultoria.
As Manifestações de Interesse foram encaminhadas no período de 19 de maio até o dia 20 de junho de 2022.
Os Serviços de Consultoria têm como objetivo a execução dos serviços técnicos profissionais especializados de apoio à Unidade de Gerenciamento do Projeto – UGP do Projeto Corredor BRT Aricanduva São Paulo.
O Projeto Corredor BRT Aricanduva visa melhorar a ibilidade a empregos para os usuários de transporte público socialmente vulneráveis na área de influência de seus cerca de 14 quilómetros, e aumentar a eficiência operacional do sistema de ônibus da cidade de São Paulo, com a implantação de um Centro de Controle Operacional.
Uma empresa de Consultoria será selecionada de acordo com o método Seleção pelo Menor Custo – SMC, estabelecido no Regulamento de Aquisições do Banco Mundial.
BRT ARICANDUVA
O corredor de ônibus de maior velocidade na zona Leste da capital paulista deve ter 13,6 km de extensão entre o cruzamento das avenidas e Radial Leste e Aricanduva, seguindo pelas avenidas Aricanduva e Ragueb Chohfi, até o Terminal São Mateus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).
O prefeito Ricardo Nunes anunciou no dia 29 de março deste ano, como mostrou o Diário do Transporte, que o projeto deveria ser finalizado em maio. A primeira fase teve um custo de R$ 16 milhões. Após a conclusão do projeto, será possível lançar o edital de concorrência.
O projeto BRT Corredor Aricanduva prevê atender 290 mil ageiros por dia numa extensão de 13,6 quilômetros. Também está prevista a construção de um CCO (Centro de Controle Operacional) que fará gestão integrada das operações de ônibus.
O corredor terá cobrança desembarcada, como no metrô. As estações serão construídas no nível do piso do ônibus para facilitar e tornar mais rápidos e íveis o embarque e desembarque. Tais características proporcionam aumento da velocidade média dos ônibus, ganhos de tempo de viagem e redução de custos operacionais.
Em ambos os lados do Rio Aricanduva, entre as pistas sentido bairro e centro, o projeto prevê a construção de ciclovia e calçada, que será totalmente revitalizada atendendo as normas de ibilidade vigentes.
Além disso, o corredor também contará com sinalização semafórica inteligente, com a implantação da fibra óptica em toda sua extensão, que permitirá maior fluidez aos ônibus em seu horário de pico. Os semáforos inteligentes são capazes de monitorar o volume e o fluxo de tráfego para, então, definir o tempo de duração dos sinais verde e vermelho, dando preferência ao transporte público. A captação das informações sobre o comportamento do trânsito ajudará a definir os intervalos que os semáforos vão operar, contribuindo para a agilidade dos trajetos.
O projeto será parcialmente financiado pelo Banco Mundial, sendo US$ 97 milhões provenientes da entidade e outros US$ 24,25 milhões em contrapartidas da Prefeitura, totalizando US$ 121,25 milhões, aproximadamente.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes