Prefeitura de SP contrata nova empresa para estudos de desapropriação de área destinada à implantação do BRT Aricanduva 384f46
Publicado em: 31 de março de 2023 4z332g

Siurb lançou mão de Ata de Registro de Preços, e por R$ 176 mil determinou a contratação de elementos técnicos para fundamentação do processo de desapropriação de área entre as avenidas Conde de Frontim e Ragueb Chohfi
ALEXANDRE PELEGI
A prefeitura de São Paulo decidiu contratar outra empresa para a elaboração de elementos técnicos que fundamentarão o processo de desapropriação de área necessária para a implantação do Corredor de Ônibus BRT Aricanduva.
O local está situado entre as avenidas Conde de Frontim e Ragueb Chohfi.
Nesta sexta-feira, 31 de março de 2023, a Siurb – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana, lançou mão de uma Ata de Registro de Preços já em vigor, assinada com a empresa Núcleo Engenharia Consultiva S.A., para contratar os serviços por R$ 176 mil (R$ 176.327,40).
A empresa terá quatro meses para os estudos.
Há duas semanas, mas para um prazo de três meses, a Siurb anunciou a contratação da Cappe Brasil Engenharia para realizar serviço similar por uma valor diferente (R$ 84.782,34). (Relembre)
Segundo informa a Siurb, não houve substituição das empresas, mas sim a complementação do trabalho, uma vez que são dois lotes de áreas.
“Houve a contratação de ambas as empresas, uma vez que, de acordo com as Atas de Registro de Preços 006/SIURB/2022 e 007/SIURB/2022, as áreas de atuação são divididas por lotes. E, considerando o projeto aprovado para a implantação do empreendimento, a área necessária para a sua implantação atinge os lotes das duas empresas”, informa a Secretaria.
HISTÓRICO
No final de dezembro de 2022 a SPObras, empresa municipal, contratou empresa especializada para atualizar o relatório de avaliação de impacto social e ambiental – AISA das obras do corredor leste Aricanduva, zona Leste da capital. (Relembre)
O objetivo é garantir que o município atenda às exigências do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), bem como as exigências da SVMA (Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente) para a obtenção da licença ambiental de instalação – LAI. Trata-se da Bonin Engenharia e Consultoria Sócio Ambiental Ltda, que por R$ 96.500,00 terá prazo de 90 dias para apresentar os resultados.
Como mostrou o Diário do Transporte, a prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Mobilidade e Transportes (SMT), informou em abril de 2020 que o BIRD aprovara o empréstimo para a cidade no valor de US$ 97 milhões destinado para a construção do corredor do BRT Aricanduva. (Relembre)
O equipamento ligará a região de São Mateus, conectando com o monotrilho da linha 15-Prata até o outro extremo junto à Avenida Radial Leste, possibilitando a chegada ao Metrô Carrão. Desta forma, será feita a integração do sistema de ônibus rápidos com a Linha 3-Vermelha, na zona Leste da capital paulista.
A região atendida atualmente abrange mais de 1,1 milhão de pessoas, sendo que 290 mil utilizam linhas de ônibus que partem em direção a estações do Metrô, ando por bairros no entorno da Av. Aricanduva e na região central no Terminal Parque Dom Pedro.
O empréstimo tem garantia do Governo Federal e prazo de 15 anos de amortização, ou seja, quitação desta dívida com pagamentos periódicos em valores pré-fixados.
Parte do dinheiro será destinada também à modernização do Centro de Controle Operacional (CCO) da SPTrans, permitindo uma melhor análise e controle da operação na cidade.
O BRT-Aricanduva será um corredor com estações (paradas) para embarque e desembarque, contará com 14km e tem previsão para atender 300 mil pessoas por dia.
A SMT informou ao Diário do Transporte que ainda haverá a licitação deste corredor. Não há data oficializada para o início e fim das obras.
Veja a nota da ocasião na íntegra:
“A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, informa que o Banco Mundial aprovou um empréstimo de US$ 97 milhões para a construção do BRT Aricanduva. O projeto, que prevê 14km de percurso e deverá atender 300 mil ageiros, ainda será licitado.”
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes