Novo COP será construído no complexo Santa Rita, e está vinculado ao projeto do BRT Aricanduva, parcialmente financiado pelo Banco Mundial
ALEXANDRE PELEGI
A prefeitura de São Paulo, por intermédio da SETRAM – Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana, designou os colaboradores que atuarão na licitação pública relativa à construção do COP – Centro de Controle Operacional da SPTrans.
O COP integra o contrato do Projeto do BRT Aricanduva São Paulo para efeito de financiamento do Banco Mundial.
Como adiantou o prefeito Ricardo Nunes, o Novo Centro de Operações da SPTrans (COP) funcionará em uma área de 3.183 m² dentro do complexo Santa Rita. Relembre: Nova tecnologia para monitoramento de ônibus em São Paulo entra em operação até o fim de 2023, diz Ricardo Nunes
O Novo COP contará com o Sistema de Monitoramento e Gestão Operacional do Transporte Coletivo Público da cidade de São Paulo (SMGO), que vai monitorar a frota por meio de tecnologias mais modernas embarcadas nos ônibus como câmeras, contador de ageiros, wi-fi, controle de tráfego e medição de serviços.
Na publicação desta quarta-feira, 13 de julho de 2022, o Secretário Executivo de Transporte e Mobilidade Urbana, Gilmar Miranda, designou os seguintes colaboradores que formarão a Comissão Especial de Licitação promovida pela Setram relativa à construção do COP:
Eduardo Gracio Relva Dias;
Heidy Regina Leite Souza;
João Bonett Neto;
Mariani Dan Taufner;
Marina Arabatzoglou Kyriopoulos; e
Jomar Santos de Lisboa.
A Comissão Especial de Licitação receberá a documentação requerida no edital, a qual analisará e em seguida fará o julgamento da habilitação e das propostas de preços de acordo com os critérios estabelecidos no edital.
As propostas serão posteriormente classificadas de acordo com os critérios estabelecidos e na sequência a CEL fará a declaração da vencedora da licitação.
BANCO MUNDIAL
O projeto do COP está inserido no projeto de implantação do BRT Aricanduva para efeitos de financiamento do Banco Mundial.
Como mostrou o Diário do Transporte, a SPObras lançou em 18 de maio um aviso de solicitação de Manifestação de Interesse para a contratação de empresa de consultoria para a execução dos serviços técnicos profissionais especializados de apoio ao gerenciamento do projeto do corredor BRT, parcialmente financiada pelo BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial).
A Prefeitura da capital assinou um Acordo de Empréstimo junto ao Banco para a realização do Projeto do Corredor de Trânsito Rápido de Ônibus e pretende aplicar parte dos recursos em Serviços de Consultoria.
As Manifestações de Interesse foram encaminhadas no período de 19 de maio até o dia 20 de junho de 2022.
Os Serviços de Consultoria têm como objetivo a execução dos serviços técnicos profissionais especializados de apoio à Unidade de Gerenciamento do Projeto – UGP do Projeto Corredor BRT Aricanduva São Paulo.
O Projeto Corredor BRT Aricanduva visa melhorar a ibilidade a empregos para os usuários de transporte público socialmente vulneráveis na área de influência de seus cerca de 14 quilómetros, e aumentar a eficiência operacional do sistema de ônibus da cidade de São Paulo, com a implantação de um Centro de Controle Operacional.
Uma empresa de Consultoria será selecionada de acordo com o método Seleção pelo Menor Custo – SMC, estabelecido no Regulamento de Aquisições do Banco Mundial.
BRT ARICANDUVA
O corredor de ônibus de maior velocidade na zona Leste da capital paulista deve ter 13,6 km de extensão entre o cruzamento das avenidas e Radial Leste e Aricanduva, seguindo pelas avenidas Aricanduva e Ragueb Chohfi, até o Terminal São Mateus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).
O prefeito Ricardo Nunes anunciou no dia 29 de março deste ano, como mostrou o Diário do Transporte, que o projeto deveria ser finalizado em maio. A primeira fase teve um custo de R$ 16 milhões. Após a conclusão do projeto, será possível lançar o edital de concorrência.
O projeto BRT Corredor Aricanduva prevê atender 290 mil ageiros por dia numa extensão de 13,6 quilômetros. Também está prevista a construção de um CCO (Centro de Controle Operacional) que fará gestão integrada das operações de ônibus.
O corredor terá cobrança desembarcada, como no metrô. As estações serão construídas no nível do piso do ônibus para facilitar e tornar mais rápidos e íveis o embarque e desembarque. Tais características proporcionam aumento da velocidade média dos ônibus, ganhos de tempo de viagem e redução de custos operacionais.
Em ambos os lados do Rio Aricanduva, entre as pistas sentido bairro e centro, o projeto prevê a construção de ciclovia e calçada, que será totalmente revitalizada atendendo as normas de ibilidade vigentes.
Além disso, o corredor também contará com sinalização semafórica inteligente, com a implantação da fibra óptica em toda sua extensão, que permitirá maior fluidez aos ônibus em seu horário de pico. Os semáforos inteligentes são capazes de monitorar o volume e o fluxo de tráfego para, então, definir o tempo de duração dos sinais verde e vermelho, dando preferência ao transporte público. A captação das informações sobre o comportamento do trânsito ajudará a definir os intervalos que os semáforos vão operar, contribuindo para a agilidade dos trajetos.
O projeto será parcialmente financiado pelo Banco Mundial, sendo US$ 97 milhões provenientes da entidade e outros US$ 24,25 milhões em contrapartidas da Prefeitura, totalizando US$ 121,25 milhões, aproximadamente.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes