SPTrans convoca empresas para fornecimento e implantação do SMGO (Sistema de Monitoramento e Gestão Operacional do Transporte Coletivo da capital) 381432
Publicado em: 11 de fevereiro de 2022 322268

Prefeito Ricardo Nunes prometeu que novo sistema estará em operação até o final de 2023
ALEXANDRE PELEGI
A prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans – São Paulo Transporte S.A. lançou aviso nesta sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022, em que convoca todas as empresas que tenham interesse em fornecer e implantar o Sistema de Monitoramento e Gestão Operacional do Transporte Coletivo Público de ageiros da Cidade de São Paulo (SMGO).
O SMGO está previsto nos atuais contratos de concessão das linhas com as empresas de ônibus que foram assinados em setembro de 2019.
Segundo a prefeitura, ele funcionará em uma área de 3.183 m² dentro do complexo Santa Rita.
O espaço vai abrigar o novo SMGO, que, segundo a prefeitura, vai monitorar a frota por meio de tecnologias mais modernas embarcadas nos ônibus como câmeras, contador de ageiros, wi-fi, controle de tráfego e medição de serviços.
O objetivo é trazer mais segurança, eficiência e conforto no transporte oferecido aos ageiros, segundo a istração.
Como mostrou o Diário do Transporte, no último dia 03 de fevereiro o prefeito Ricardo Nunes prometeu que até o fim de 2023 o sistema de transporte público da capital paulista terá a nova tecnologia de monitoramento de ônibus.
A informação foi dada em visita do prefeito ao Complexo Santa Rita da gerenciadora das linhas municipais SPTrans, que deve abrigar o novo Centro de Operações (COP).
“As obras e a aquisição de softwares e equipamentos iniciam neste ano e a conclusão é para o ano que vem. Então, até o fim do ano que vem a gente vai ter todo o sistema de tecnologia de controle da SPTrans reformado, revitalizado e atualizado na cidade de São Paulo”, disse Nunes na ocasião.
O prefeito disse ainda que haverá integração de dados e operadores da central da SPTrans com outros órgãos de mobilidade e segurança, como a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e a GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Segundo Nunes, o projeto deve ter custo total de R$ 63,7 milhões e abrange também itens de sustentabilidade como distribuição de água de reuso, máximo aproveitamento de ventilação natural e sistema fotovoltaico para suprir parte do consumo elétrico. Relembre:
O atual sistema de monitoramento dos ônibus paulistanos é considerado defasado pelo mercado de transportes frente às novas tecnologias, mesmo com a atualizações.
O COP que está atualmente no complexo Santa Rita, foi fundado em 1995 e possibilite que a SPTrans acompanhe todas as partidas e chegadas de ônibus, além de abastecer a população com informações sobre a operação das linhas, por meio do Olho Vivo.
SMGO
A SPTrans publicou no Diário Oficial no dia 09 de dezembro de 2021, comunicado relativo ao fornecimento e implantação do Sistema de Monitoramento e Gestão Operacional do sistema de ônibus da capital (SMGO).
A função do equipamento será receber os dados de todos os ônibus que operam no transporte coletivo e, a partir daí, reunir e tratar informações para o poder concedente.
Estas informações serão cruciais para que a prefeitura possa acompanhar o desempenho do sistema, com horários e linhas mais lotadas, por exemplo, e poderão ser cruzadas com os dados da bilhetagem, podendo alterar a remuneração das empresas.
O comunicado era dirigido especificamente aos futuros fornecedores desse sistema.
A SPTrans fará a aquisição por meio de licitação, cujo critério de julgamento será o de menor preço. Neste ponto, a prefeitura poderá enfrentar problemas, pois existe um entendimento por parte do mercado de que a lei 8.666 impede a licitação pelo menor preço de software exclusivo e dedicado.
Só poderão participar do certame as empresas que apresentarem a Certificação de Conformidade do SMGO, conforme especificações técnicas.
A Certificação de Conformidade é aquela expedida por Organismos de Certificação Designados pela SPTrans (OCD).
O SMGO deverá “conversar” com um computador de bordo, cuja missão é capturar dados sobre o serviço ofertado pelas concessionárias, e uma tela de apoio à condução do motorista, com vistas a implantar processos de melhoria da qualidade de indicadores do transporte. É o que se chama de Unidade Central de Processamento (U), que vai ficar dentro do ônibus.
O objetivo é o controle de indicadores de qualidade e gestão de contrato e remuneração das empresas.
A licitação do SMGO, de acordo com o comunicado, “abrangerá a contratação da sustentação do Sistema e da infraestrutura necessária para a operação, processamento, armazenamento, comunicação e segurança dos dados do SMGO, e seu instrumento convocatório conterá as exigências de habilitação previstas na legislação aplicável e no Regulamento Interno de Licitações e Contratos da SPTrans (RILC), incluindo-se a documentação relativa à qualificação técnica que decorrer da especificidade técnica do objeto que será licitado”.
A convocação da licitação será publicada “em momento oportuno”.
Isso, no entanto, só deverá ocorrer após a sessão pública que ocorrerá em junho de 2022.
A SPTrans estima que esse período será suficiente “para que todos os interessados obtenham a Homologação da Certificação de Conformidade”.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
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