HISTÓRIA EM RETRATOS: Uma cena nostálgica da “Rua que descem os ônibus” 3y2p63
Publicado em: 10 de maio de 2020 3r6n37

Rua Siqueira Campos recebeu este apelido dos moradores de Santo André por reunir a maior parte das linhas de ônibus da cidade
MARIO CUSTÓDIO/ADAMO BAZANI
Neste domingo, 10 de maio de 2020, o Diário do Transporte começa uma nova fase em sua cobertura da memória da mobilidade e publica a primeira edição da coluna “História em Retratos”, com a participação do pesquisador Mario dos Santos Custódio, que além de vasto conhecimento sobre a história dos transportes, possui um rico acervo fotográfico de própria autoria que revela momentos diferentes do ir e vir das cidades. A coluna entra no ar a cada duas semanas sempre abordando locais e modelos de ônibus variados.
E para inaugurar o espaço, uma imagem que vai despertar lembrança em muitos leitores, seja pelo local, pela organização das linhas, pelas pinturas ou mesmo modelo de ônibus.
Os ônibus são a cara de uma cidade.
Por estes veículos, é possível entender características urbanísticas de uma região e como se desenvolveram.
Muitas vezes, os ônibus conferem apelidos ou pontos de referência para a população.
É o que prova uma foto dos anos de 1980. A imagem foi feita por Mario Custódio na Rua Siqueira Campos, no centro de Santo André.
Por receber a maior parte das linhas da cidade, até hoje a via é conhecida como “a rua que descem os ônibus”.
Acompanhe o relato:
“A foto que estamos vendo é dos anos de 1980, tirada por mim na Rua Siqueira Campos, em frente ao Instituto Coração de Jesus, tradicional estabelecimento de ensino da cidade de Santo André, no ABC Paulista. A Rua Siqueira Campos é chamada pelos Andreenses de ‘a rua que descem os ônibus’. Recebeu esse apelido porque a maioria das linhas da cidade vindas de diversos bairros e outros municípios desce por essa rua, enquanto que sua paralela, a Rua Luís Pinto Flaquer, é a “rua que os ônibus sobem”. Nessa foto três ônibus, todos de empresas que não operam mais na cidade: o carro 157 da Viação Campestre, de carroceria Marcopolo modelo San Remo, o carro 72 da Viação Alpina, de carroceria Caio modelo Gabriela e o carro da Viação São José de Transportes (antes Viação São José de Turismo), que não se consegue ver o número, também Caio Gabriela. O ônibus da Campestre está na linha municipal 3 – Cidade São Jorge – Campestre, o da Alpina está na linha municipal 11 – Vila Linda – Vila Guiomar e o São José está na linha intermunicipal Cata Preta – Matarazzo (São Caetano do Sul). A Campestre operava também a linha 3 – Cidade São Jorge – Santa Maria, o que só ocorreu após o asfaltamento de diversas ruas dos Bairros Jardim, Campestre e Santa Maria. A primeira linha dela foi a Capuava – Utinga, alterada quando o loteamento Cidade São Jorge foi implantado. A Alpina foi a sucessora da Auto Viação Vila Alpina – AVVA, que fazia também as linhas Jardim do Estádio – Vila Alice e Vila Junqueira – Estação (de Santo André). E a São José, além da linha intermunicipal acima citada, fazia linhas municipais para a Região da Vila Pires e Vila Luzita. Ela foi a sucessora da Empresa Auto Ônibus Santo André – EAOSA na Região da Vila Pires, que ou a fazer só a ligação Mauá – Parque Dom Pedro II.”
Mario dos Santos Custódio
O pesquisador Dorival Nunes acrescenta ainda
O carro 72 naquela pintura e configuração era da linha J.do Estádio – Pça Volta Redonda Vila Alice. Este carro quando era da AVVA, chegou a circular um tempo na Vila Linda (era um Nimbus), mas quando foi substituído por Gabriela, ficou na linha do J. do Estádio. Era o carro 121 da Alpina na pintura cinza e branco. Nesta época ainda, não havia os números e a linha da Vila Linda (que ia pra Vila Alpina) trazia no final a palavra APAE – V.Alpina – Via Estação, Via APAE (outros; até APAE).
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Eu achava tão legal, quando as empresas, tinham suas cores,Essas droga de governantes padronizaram as cores, tirando a criatividade de pintura das empresas.
Parabéns pelo trabalho,sou nascido em Santo André, hoje moro no interior mas tenho muitas lembranças e saudades da minha querida Santo André
Única parada em que a senhora pergunta pra amiga : onde vc vai descer??? a outra responde:::.. Vou descer no Coração de Jesus
Amigos, bom dia.
Parabéns, DT, Adamo e Mário Custódio.
Sensacional esta ideia te termos uma matéria só para o buzão, principalmente em foto.
Aproveito a oportunidade para solicitar ao Mário e a todos os demais leitores, uma foto de um micro buzinho.
A foto que eu quero é de um Carolina que rodava na cidade de Osasco, carro 5-22, que eu batizei de REXONA (era cheiroso e sempre cabia mais um).
Ele rodava na linha da Vila Yolanda – Vila Yara, mas tinha a pintura da linha de Quitaúna-Vila Yara.
Eu estou fazendo um de madeira e quero pintar nas cores do 5-22. Eu tenho as cores na memória, mas não me lembro bem da disposição delas na carroceria.
Eu já fiz buscas no Google, mas até o momento não encontrei, só encontrei de um micro buzinho que fazia a linha do Jardim D’Abril.
Se alguém tiver e puder me ceder uma cópia ou o link eu agradeço.
Já estou torcendo para chegar a outra matéria.
SAÚDE A TODOS !
Att,
Paulo Gil
“Buzão e Emoção é a Paixão”
OLÁ Paulo Gil. Agradeço seu comentário. Sobre o ônibus de Osasco, micro 5-22, eu realmente estive em Osasco no ado distante e fotografei alguns micros, se não me engano na cor verde e branca, porém não as encontrei, ainda. Certamente ainda estão para digitalizar, pois as fiz na época do filme e revelação. Vou tentar encontrar e publicar. Porém, não garanto que seja esse carro que cita, e o mais provável é que não seja, mas lembro-me claramente que eram micros. Saudações. Mario Custódio
Muito legal. Conheço o Sr. Mário Custódio esse é um dos grandes experientes sobre os transportes na região do ABC.
Parabéns Adamo e Custódio pela matéria.
Muito legal tudo isso ! Eu nasci na Vila Guiomar e andei bastante nestes ônibus de cor azul e branco da Viação Alpina tanto na linha que hoje é a B11 Jd. Cristiana – Vila Guiomar quanto na atual B13 Jardim do Estadio Vila Alice. Lembro também quando houve a troca das cores para branco , azul , cinza e a numeração dos carros em vermelho, acho que isso aconteceu entre em 1981/1982. Parece que nessa transição os proprietários trouxeram uns carros Gabriela II da Viação Cacique de São Bernardo para rodarem , pois a maioria dos carros da Alpina se não me engano eram os Gabriela I. Sei que os poucos Gabriela II originais da mudança de cor aram a ter as numerações 111 , 113 e 115 versão branco, cinza , azul e vermelho da para saber porque os bancos eram azuis e internamente os beirais onde se fixava as janelas era verde. Lembro também de um Caio Bela Vista Máscara Negra que tinha dois bancos de ageiros beirando o vidro depois da porte de saída ao lado do motorista esse tinha o prefixo de número 100. Bons tempos !
Famoso “banquinho dos trouxas”
Rsrsrs
Sr. Mario boa tarde ! Se o senhor tiver umas fotos dos Alpinas tanto azul e branco quanto dos branco, cinza , azul e vermelho e puder me enviar ficaria imensamente agradecido. Não precisa economizar não rsrs pode mandar bastante coisa para eu ver relembrar boas épocas. Muito Obrigado ! Forte Abraço !