Segundo empresa, volume representa 71% deste mercado na região
ADAMO BAZANI
A BYD fez um balanço das vendas de ônibus 100% elétricos à bateria desde o início da atuação na América Latina e informou na tarde desta terça-feira, 17 de dezembro de 2019, que comercializou na região 1035 veículos.
O volume, segundo a fabricante, representa 71% de todo o mercado de ônibus elétricos na região.
De acordo com cálculos da BYD, essa frota “evitou a emissão de 222 toneladas de CO2 na América Latina, o que equivale ao plantio de 18.520 árvores”.
O maior mercado até agora é do Chile, com 285 ônibus elétricos em circulação.
O primeiro lote no Chile, formado por 100 ônibus, foi entregue a partir de 15 de dezembro de 2018, pela Enel e pela Metbus.
“Após um ano, a frota percorreu 4,5 milhões de quilômetros desde a sua implantação, atendendo a mais de 13 milhões de usuários e fez 160 mil viagens, deixando de emitir 21 toneladas de CO2.” – diz a nota.
A gerente nacional da BYD Chile, Tamara Berrios, disse que o mercado de ônibus elétricos naquele país deve crescer ainda mais. A meta do governo chileno é de que 100% do transporte público sejam elétricos até 2040.
“Essa conquista representa nosso compromisso com um mundo mais limpo e sustentável, alinhado com o compromisso do Chile de que até 2040 todo o transporte público seja elétrico. Acreditamos que nosso país tem todas as condições para atingir este objetivo”
COLÔMBIA:
A Colômbia também é considerada um mercado promissor para ônibus elétricos. A BYD contabiliza 64 unidades em circulação. A empresa informou que venceu uma licitação para entrega de 379 ônibus elétricos, que devem iniciar as operações no sistema de transporte público de Bogotá ao longo de 2020.
O país lançou a Estratégia Nacional Eletromobilidade, que quer 600 mil veículos elétricos de diversos portes até 2030.
BRASIL:
No Brasil, a BYD diz que tem ônibus elétricos operando em oito cidades. A empresa, que tem planta em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, destacou a recente entrega de 15 unidades padrons para o sistema da capital paulista.
O Diário do Transporte acompanhou a apresentação dos veículos pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, no dia 19 de novembro de 2019. Os veículos aram a operar no mesmo dia e foram comprados pela empresa Transwolff para operar na linha 6030 Terminal Santo Amaro-Unisa Campus 1, na zona Sul. Das 15 unidades, 12 têm carrocerias da Caio e três da Marcopolo.
Relembre:
/2019/11/19/quinze-onibus-eletricos-da-transwolff-comecam-a-operar-nesta-terca-feira-19/
Outro destaque no País foi o lançamento do modelo de ônibus rodoviário elétrico, com carroceria Marcopolo Viaggio 1050.
Durante evento de fretamento da Fresp e da ANTTUR, associação de empresas do setor, que ocorreu no início de novembro de 2019, o diretor de novos negócios da empresa, Adalberto Maluf, disse ao Diário do Transporte, que já existem encomendas para o modelo.
O executivo ainda disse que entre março e abril de 2020, quando termina todo o processo de homologação, os ônibus serão vistos pelo público em prestação de serviços.
Relembre:
/2019/11/09/onibus-rodoviario-eletrico-da-byd-ja-tem-as-primeiras-encomendas-realizadas/
EQUADOR:
Na cidade de Guayaquil, Equador, a BYD comercializou 20 ônibus, sendo a primeira frota de elétricos do município.
O país anunciou que todos os novos veículos incorporados à frota de transporte público deverão ser elétricos a partir de 2025.
ARGENTINA:
Na Argentina, a cidade de Mendoza colocou em circulação 16 ônibus elétricos da marca.
Outas cidades já demonstraram interesse em comprar coletivos movidos à eletricidade.
NÚMEROS:
Na nota, a empresa relaciona alguns dados sobre emissões atmosférica, em especial pelos por veículos.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, as emissões globais de transporte aumentaram apenas 0,6% em 2018 (comparado a 1,6% anualmente na última década) devido a melhorias na eficiência, eletrificação e aumento do uso de biocombustíveis. O setor de transportes é responsável por aproximadamente um quarto das emissões globais de carbono (24% das emissões diretas de CO2 provêm do uso de veículos de combustão). Os veículos rodoviários (carros, caminhões, ônibus e veículos de duas e três rodas) representam quase três quartos das emissões de CO2 dos transportes. Sem políticas agressivas e sustentáveis, as emissões de dióxido de carbono podem dobrar até 2050, por isso é necessário estabelecer um sistema coerente de incentivos para impulsionar a implementação dessas políticas e reduzir as emissões.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes