Greve de ônibus em São Paulo será decidida nesta segunda-feira 2n6a6i
Publicado em: 29 de julho de 2019 623i4n

Trabalhadores estão com medo que redução de frota represente corte de empregos
ADAMO BAZANI
O Sindmotoristas realiza nesta segunda-feira, 29, assembleia para decidir se na próxima quarta-feira, 31 de julho de 2019, haverá ou não greve de ônibus em São Paulo.
A entidade que representa os motoristas e cobradores diz estar revoltada com a medida da gestão Bruno Covas de reduzir a frota de ônibus em circulação, retirando das OSOs – Ordens de Serviços Operacionais das empresas do subsistema estrutural (linhas que am pelo centro com veículos maiores), em torno de 260 coletivos. O subsistema local, das empresas que surgiram das cooperativas de lotação, não vai ser atingido com a redução de frota.
A categoria protesta também contra uma circular da SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema, enviada por e-mail às viações, que autoriza que os ônibus padrons e básicos novos do subsistema estrutural sejam inseridos nas linhas sem o posto do cobrador a partir de 02 de setembro.
Na última semana, presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz, o Sorriso, disse ao Diário do Transporte, que a entidade estima que ao menos 2,5 mil postos de trabalho podem ser eliminados somente com a redução da frota.
Já o presidente do SPUrbanuss, sindicato das empresas de ônibus do subsistema estrutural, Francisco Christovam, disse também ao Diário do Transporte que as viações não foram chamadas para dialogar sobre a redução de frota neste momento e que as companhias ainda avaliam os impactos da retirada dos coletivos das ruas na qualidade de prestação de serviços
Relembre e veja os contratos com a frota reduzida clicando neste link:
/2019/07/25/especial-gestao-bruno-covas-pode-tirar-260-onibus-de-circulacao-de-sao-paulo-em-agosto/
Neste último sábado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, defendeu que a cidade já adote o modelo operacional previsto na licitação dos transportes, cuja validade das s depende de uma resposta a um esclarecimento da Justiça à prefeitura. Na prática, este novo modelo resulta em reorganização de linhas e da frota. Covas disse que é necessário reduzir custos e cortar “gorduras” do sistema.
“A gente tenta sempre reduzir custos, tendo um sistema cada vez mais eficiente. Essa é a dificuldade do poder público: é poder ampliar o serviço, melhorar o serviço e ao mesmo tempo ir cortando gordura, ir cortando desperdício, dentro deste meio tempo é possível dialogar e chegar a outros denominadores comuns para que a gente possa evitar essa greve na cidade […] Inadequado é não colocar [os parâmetros da licitação nos contratos emergenciais] porque isso significaria postergar um benefício ao sistema, melhoria e mais eficiência ao sistema. Não há nada que impeça que a gente já coloque isso no contrato emergencial. Tudo que significa gastar melhor o recurso da população e ter um serviço mais bem prestado, é adequado para ser feito e é exatamente isso que está sendo feito neste contrato emergencial.”– disse Bruno Covas.
Sobre os novos ônibus sem cobradores, empresas e prefeitura garantem que não haverá demissões.
Como mostrou o Diário do Transporte, na última sexta-feira, 26 de julho de 2019, a prefeitura publicou a relação dos integrantes da comissão que vai discutir como requalificar e reaproveitar no próprio sistema de transportes coletivos os cobradores de ônibus na capital paulista.
A comissão é formada por membros do poder público, sindicatos dos trabalhadores e representantes das empresas de ônibus.
Acompanhe a relação:
SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes
Edson Caran (Secretário de Transporte ), Hugo Koga, Gilberto Rodrigues Pereira.
SPTrans – São Paulo Transporte (gerenciadora de transportes)
Paulo César Shingai (presidente SPTrans); Wagner Chagas Alves; Marcelo José de Almeida; Sebastião Ferreira Braz; Antonio Hamilton de Carvalho; Elizabeth Yukiko Tagata; Evelyn Bareto Santiago
Sindmotoristas – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo
José Valdevan de Jesus Santos (presidente licenciado); Valmir Santana da Paz (presidente em exercício); Valdemir Santos Soares; Francisco Xavier da Silva Filho; Almerindo Santos Oliveira.
SPUrbanuss – Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de ageiros de São Paulo:
Carlos Alberto Fernandes Rodrigues de Souza; Antonio Roberto Pavani Junior; Antonio Sampaio Amaral Filho; Wagner Palma Moreira; João Carlos Fernandes.
Relembre:
DECISÃO JUDICIAL:
Nesta próxima quarta-feira, 31 de julho de 2019, o Órgão Especial do TJ – Tribunal de Justiça de São Paulo vai responder aos embargos de declaração da prefeitura, que são uma espécie de pedido de esclarecimento, sobre a decisão do desembargador Renato Sartorelli, que no dia 22 de maio de 2019, que declarou inconstitucional o artigo de uma lei de 2015 (artigo 7° da Lei nº 16.211, de 2015 ) que prevê que os contratos com as empresas de ônibus sejam de 20 anos, o mesmo prazo previsto na licitação.
No entendimento do magistrado, ao julgar procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo PSOL (partido de oposição na Câmara Municipal), este ponto da lei não pode ser válido porque foi proposto pelo legislativo (vereadores) e este tema (tempo de concessão dos serviços de ônibus) é de responsabilidade do executivo (prefeito/a).
Com a decisão, voltou a vigorar o texto original da Lei nº 13.241, de 2001, que determina um prazo estipulado em até 15 anos, sempre baseado em estudos econômico-financeiros realizados pela SPTrans.
A prefeitura quer saber, com a resposta aos embargos, se, na prática, a decisão afeta apenas o tempo de contratos, podendo só haver a mudança neste ponto com novo cálculo de remuneração às empresas e custos do sistema, ou se anula toda a licitação e o procedimento tem de ser iniciado do zero.
As s dos contratos já foram realizadas, mas não foram publicadas oficialmente.
Desde 2013, sem sucesso, várias gestões da prefeitura tentam concluir a licitação.
Neste período de seis anos de tentativas de licitação estiveram à frente do executivo paulistano, três prefeitos: Fernando Haddad (PT) – que não foi reeleito, João Doria (PSDB) – que deixou o cargo em 06 de abril de 2018 para as eleições ao governo do Estado, nas quais foi vencedor; e Bruno Covas (PSDB) – vice de Doria que assumiu a cadeira titular.
Também neste prazo, a então Secretaria de Transportes mudou de nome para Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes. Foram quatro secretários: Jilmar Tatto (gestão Haddad), Sergio Avelleda (gestão Doria), João Octaviano Machado (gestão Bruno Covas, que depois deixou o cargo para ser secretário estadual de Doria) e atualmente, Edson Caram (gestão Bruno Covas).
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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Boa tarde, Prefeito Bruno Covas, ao invés de cortar “custos e gorduras”, tenho uma ótima sugestão, corte os salários dos vereadores, em 50% e o salário de Prefeito em 60%, assim os srs. terão condições de istrar São Paulo, e parem de prejudicar os pobres assalariados, que necessitam de um transporte público decente, e que está cada vez pior, toda vez que os srs. cortam os custos, quem sai prejudicados,… somos nós, os pobres assalariados.