Encarroçadora Caio foca em eletromobilidade e acredita que Millennium IV para chassis elétricos terá mercado maior q5y2s
Publicado em: 6 de dezembro de 2018 3w12z

Modelo já está presente na capital paulista, interior e cidades do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerias
ADAMO BAZANI
Os ônibus elétricos já são realidade em países da América do Norte, Europa e Ásia.
No Brasil, a eletromobilidade nos transportes por ônibus cresce de maneira bem mais lenta, mas os modelos com baterias já podem ser vistos circulando em várias cidades.
Além de chassis e propulsores com diferenças em relação aos veículos movidos a óleo diesel, os ônibus elétricos necessitam de carrocerias mais reforçadas para o peso do banco de baterias. Em alguns casos, o layout interno muda também, dependendo do espaço ocupado por este banco.
A Caio, encarroçadora com sede em Botucatu, no interior Paulista, divulgou nota à imprensa nesta quinta-feira, 06 de dezembro de 2018, dizendo que tem focado em projetos de eletromobilidade e que seu principal produto para operações com estas características é o Millennium IV.
Na nota, segundo a fabricante, já foram produzidas 12 unidades neste segundo semestre sobre chassi BYD.
As cidades de Volta Redonda, RJ, Uberlândia, MG, e Cuiabá, MT, estarão em breve com mais ônibus da marca Caio em circulação, encarroçados sobre chassi BYD, 100% elétricos. No total, são doze unidades do Millennium, produzidas somente no segundo semestre, sendo uma unidade para Volta Redonda, oito unidades para Uberlândia e três para Cuiabá.
A cidade de Volta Redonda, possui um projeto que transporta ageiros aos principais centros comerciais. Um Caio Millennium elétrico iniciou a implantação do projeto, em caráter experimental, em outubro de 2017. No mês de julho de 2018, o projeto entrou em fase definitiva e os ônibus Caio farão parte das operações.
Em Uberlândia, uma fazenda de painéis fotovoltaicos está em construção, para reabastecer os coletivos e também contribuir com a produção de energia para a rede elétrica da cidade.
Já Cuiabá, por meio de sua Prefeitura Municipal, realizou um estudo para entender as necessidades dos mais de 69 milhões de ageiros do transporte coletivo, que circulam anualmente pela cidade, a qual comemora 300 anos em 2018. A incorporação de ônibus elétricos ao transporte coletivo, faz parte desse estudo.
A capital paulista também tem recebido unidades do Millennium IV com chassi BYD.
Como noticiou o Diário do Transporte, com exclusividade, a empresa Trawswollf, da zona Sul da cidade, já recebeu os primeiros ônibus elétricos de uma frota de 15 que integra um projeto experimental entre a prefeitura de São Paulo, a BYD e a Enel (antiga Eletropaulo).
Numa fazenda da BYD, em Araçatuba, no interior de São Paulo, será gerada a eletricidade por placas fotovoltaicas (energia solar).
Esta energia será lançada no ONS – Operador Nacional do Sistema e será convertida em créditos para o carregamento das baterias destes ônibus:
São Paulo deve impulsionar uma demanda maior por veículos elétricos, o que, mesmo que seja em médio ou longo prazo, deve gerar uma escala que pode fazer com que os preços destes ônibus caiam. Estes veículos devem também ter aperfeiçoamento tecnológico, principalmente quanto à durabilidade e autonomia das baterias.
Nos editais de licitação do sistema de ônibus da capital paulista, cujos editais foram relançados nesta quinta-feira, 06 de dezembro de 2018, estão metas anuais de redução de emissões, segundo uma lei de janeiro que determina ônibus menos poluentes.
Para cumprir as metas, os empresários inicialmente podem escolher os veículos disponíveis no mercado, contando também como modelos a gás natural, por exemplo, mas, para a determinação de zero emissão de gás carbônico no vigésimo ano, somente os modelos elétricos poderiam atender.
O Diário do Transporte publicou em primeira mão nesta quinta-feira, os principais pontos da licitação.
Relembre:
Na nota, a Caio relacionou algumas das características do Millennium IV para chassis elétricos.
“O modelo Millennium versão elétrica, encarroçado sobre chassis BYD, possui baterias com autonomia de 250 km por recarga e suspensão pneumática integral, que propicia conforto aos ocupantes do veículo. O sistema de rebaixamento bilateral (ECAS), possibilita o ajoelhamento da suspensão, resultando em mais conforto e segurança no o ao ônibus.
Os ônibus possuem itens de tecnologia embarcada como tomadas USB, para recarga de equipamentos como smartphones e tablets, poltronas ergonômicas para os ageiros, itinerários eletrônicos em LED e preparação para itens de gerenciamento de frota.”

Dual Bus tem duas formas de alimentação para tração elétrica. Foto: Adamo Bazani (Diário do Transporte)
A encarroçadora também citou que mesmo antes da BYD já está inserida em projetos de eletromobilidade com a fabricante de sistemas Eletra Industrial, do Grupo ABC, em São Bernardo do Campo, pertencente à família Setti e Braga.
A fabricante faz carrocerias para trólebus, ônibus híbridos (que possuem dois motores cada, sendo um elétrico) e o Dual Bus (que possuem duas tecnologias de tração elétrica no mesmo veículo).
A Caio também mantém longeva parceria com a Eletra em projetos de eletromobilidade, voltados à evolução do transporte urbano por meio de tração elétrica: trólebus (rede aérea); híbrido (motor gerador e baterias); E-Bus elétrico puro (baterias), além do Dual Bus em duas versões: híbrido + trólebus e híbrido + elétrico puro.
O modelo utilizado em todos os projetos foi o urbano Millennium, nas versões padrão, BRT, BRT articulado e superarticulado. Para 2019, a expectativa é que seja apresentado o resultado de um novo projeto, fruto da sólida parceria entre as empresas. – dia a nota
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
O ônibus da foto muito bonito, mas quero ver em ação, e rodando, e sem teste eternos, por favor.
Com certeza o novo projeto que caio vai apresentar junto com eletra tem a ver com volksbus e-Flex que vai rodar ano que vem em São Paulo.