Por semana chegam em torno de 10 veículos, que devem reduzir idade de frota em operação no sistema municipal
ADAMO BAZANI
Até meados de setembro, o lote completo de 72 ônibus zero quilômetro comprados pela empresa Express já deve estar em operação na zona Leste da capital paulista.
A informação é da presidente e sócia da empresa, ao Diário do Transporte, Ângela Agoston.
Segundo a empresária, toda a semana têm chegado em torno de 10 a 12 ônibus que são incorporados à frota.
A Express opera a área 4 – vermelha do subsistema estrutural da cidade de São Paulo.
Todos os 72 ônibus seguem o padrão de carroceria estipulado pela SPTrans – São Paulo Transporte.
O modelo dos veículos é Caio Millennium IV, de chassi Mercedes-Benz O500U, com piso baixo, motor traseiro e 13,2 m de comprimento.
Seguindo às determinações da prefeitura, o ônibus têm itens internos de ibilidade para pessoas com deficiência, ar-condicionado, letreiro eletrônico padronizado, tomadas USB para carregamento de celulares e entrada para conexão de internet por wi-fi.
De acordo com a prefeitura de São Paulo, desde janeiro de 2017, mesmo sem a realização ainda da licitação do sistema de transportes, que está barrada pelo TCM – Tribunal de Contas da União pela segunda vez, foram colocados em operação em torno de dois mil ônibus zero quilômetro.
Relembre:
No entanto, de acordo com os donos de empresas de ônibus, a renovação da frota poderia ser maior caso o certame fosse concluído.
A licitação pretende remodelar a rede de linhas da cidade e deveria ter sido concluída em 2013, mas desde então, a prefeitura tem encontrado dificuldades, como as manifestações contra as tarifas em 2013, o atraso pela Ernst & Young (EY) para concluir um estudo sobre as contas do sistema em 2014, o bloqueio pelo TCM entre 2015 e 2016 e a nova suspensão neste ano.
O TCM agora analisa as respostas da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes aos 90 apontamentos que fez nos editais de licitação. Na última segunda-feira, 30 de julho, a gestão Bruno Covas entregou os esclarecimentos, mas o órgão de contas não tem prazo para concluir a análise e decidir de a concorrência pode continuar.
De acordo com os últimos indicadores da SPTrans, em junho de 2018, a idade média da frota do subsistema estrutural é de 6 anos e 1 mês, acima, portanto, dos cinco anos de média estipulados nos contratos, que agora estão na modalidade emergencial.
O subsistema estrutural reúne as empresas que operam linhas que am pela região central, com ônibus maiores.
Já a idade média da frota do subsistema local, formado pelas empresas que surgiram das cooperativas de transportes, é de 5 anos.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes