Confira as propostas no Orçamento de Covas para os transportes em 2019 1o3c35

Visão do Viaduto do Chá a partir da Sala de Imprensa da prefeitura de São Paulo, no sexto andar. O que esperar para a mobilidade em 2019? – Foto: Adamo Bazani/Diário do Transporte – Clique para ampliar

Oito quilômetros de corredores de ônibus, dois terminais e muito Asfalto Novo. Aplicativo para avaliar ônibus vai contar com R$ 120 mil

ADAMO BAZANI

170 km de vias comuns contempladas pelo Programa Asfalto Novo e verbas para 8 km de corredores de ônibus.

R$ 500 mil para motoristas de carros que não tomarem multas e R$ 320 mil para motoristas de ônibus serem capacitados.

Estas são algumas das propostas da gestão Bruno Covas, muitas das quais elaboradas ainda quando João Doria estava à frente da prefeitura, para a mobilidade e os transportes em 2019.

As metas e valores estão no projeto de LDO – 2019 – Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A gestão Bruno Covas prevê uma receita de R$ 57,6 bilhões (R$ 57.635.717.18) para 2019, valor apenas 2,35% maior que a receita prevista para 2018, que é de R$ 56,3 bilhões (R$ 56.370.560.562,00).

A Câmara Municipal já analisa o projeto e diversas emendas, com propostas de remanejamentos de recursos e criação de outras metas, já são apresentadas pelos vereadores.

Os 8 km de corredores fazem parte da meta de 72 km de espaços para o transporte coletivo, prometidos até o final da gestão, em 2020. O total previsto no orçamento para 2019 é de R$ 216 milhões destinados aos corredores.  Esta quilometragem não se refere somente a corredores novos, mas também pode contemplar a modernização de atuais.

Conforme já mostrou o Diário do Transporte, se quiser cumprir esta meta de 72 km, Bruno Covas deve fazer um “festival de inaugurações” de corredores em 2020, seu último ano de mandado nesta gestão e período eleitoral. Covas deve tentar permanecer à frente da prefeitura.

Desde janeiro de 2017, só foram entregues 3,3 km de corredores de ônibus, 14 km estão em obras e para 2019, estão previstos 8 km.

Já para mudança de desenho e geometria de três corredores de ônibus para aumentar a segurança, o projeto de LDO para 2019 prevê R$ 15 milhões. Pelas metas 2017-2020, devem ser contemplados oito corredores.

E pelo ritmo das coisas, muitos dos novos corredores que podem deixar os ônibus mais eficientes, correm o risco de não sair do papel.

Desde o início da gestão, João Doria e, agora, Bruno Covas já retiram R$ 874 milhões das verbas totais de corredores para outros fins, com destaque para o Programa Asfalto Novo.

Relembre:

/2018/06/13/cortes-de-investimentos-em-corredores-de-onibus-em-sao-paulo-ja-chegam-a-r-874-milhoes-nas-gestoes-doria-covas/

Já o “Asfalto Novo”, em 2019, deve abranger 170 km de vias comuns, dos quais, 120 km vão ser custeados diretamente pela prefeitura, com R$ 163 milhões (R$ 163.265.316) e 50 km devem contar com a previsão de R$ 50 milhões por meio de parcerias com a iniciativa privada.

Pelo Plano de Metas da prefeitura, até o final de 2020, a cidade deve ter 400 km de ruas e avenidas recapeados no âmbito do “Asfalto Novo”. As demandas das prefeituras regionais (antigas subprefeituras) e vias com circulação de transporte coletivo devem ser prioridades.

A LDO também prevê R$ 76 milhões para os terminais de ônibus em 2019. A meta é colocar até 2020, dois novos terminais em operação.

A prefeitura, entretanto, conta com as concessões à iniciativa privada para modernizar os terminais.

O plano de concessão começa pelo Terminal Princesa Isabel, no Centro, que já deve ter em 10 de julho a primeira audiência pública. Relembre matéria do Diário do Transporte:

/2018/06/23/prefeitura-de-sao-paulo-realiza-audiencia-publica-para-concessao-do-terminal-princesa-isabel-no-centro/

BONS MOTORISTAS:

A LDO de 2019 também contempla o comportamento dos motoristas quando o assunto é trânsito e transportes.

Para o Programa Condutor Legal, que premia motoristas de carros que não levarem multas em um ano, a prefeitura projeta para 2019, o valor de R$ 500 mil do Orçamento.

Já para qualificar 15 mil funcionários dos transportes, o que representa a metade do total de motoristas de ônibus na cidade, a prefeitura estima usar R$ 320 mil. Trata-se do Programa Viagem Segura: voltado para ações de Segurança e Atendimento, que segundo consta no projeto de LDO, “visa a atualizar e reciclar os operadores do sistema de transporte público (Motoristas, Cobradores e Fiscais), aumentado suas competências para o efetivo papel que devem desenvolver no exercício de sua profissão”.

TECNOLOGIA PARA TRANSPORTES:

A gestão também prevê em 2019, R$ 120 mil para a criação de um aplicativo pelo qual os ageiros poderão avaliar os ônibus na cidade, além de terem informações em tempo real dos serviços.

A licitação dos transportes na cidade de São Paulo, barrada em 08 de junho de 2018 pelo TCM – Tribunal de Conta do Município prevê que a avaliação dos ageiros vai interferir na remuneração das empresas de ônibus. Quanto pior a avaliação, menos as viações vão receber.

A LDO prevê também para 2019, R$ 1 milhão para o MobiLab, laboratório de mobilidade, para desenvolver soluções tecnológicas para o trânsito e transportes, como aplicativos e sistemas de monitoramento e bilhetagem. São previstos 22 projetos para o ano que vem. Até 2020, o Plano de Metas fala em condução de 70 projetos de tecnologia na área de transportes, mobilidade e segurança no trânsito no âmbito do Laboratório de Inovação em Mobilidade da cidade de São Paulo (MobiLab).

PEDESTRES E CICLOVIAS:

Das sete rotas íveis em calçadas que são previstas para até 2020, no ano de 2019, deve sair do papel três, ao custo de R$ 9 milhões.

Para redesenhar e qualificar áreas de alta concentração de pedestres, a prefeitura vai usar R$ 15 milhões em três projetos no ano que vem. O plano de metas até 2020 prevê 10 áreas.

Já para o mutirão Mário Covas, nome dado em alusão ao ex-governador, avô do prefeito, é prevista a requalificação de 50 mil metros de calçadas em 2019, com uma verba de R$ 17,5 milhões. Como o nome diz, os serviços se dão em forma de mutirão e a prefeitura entra com financiamento. Pela meta até 2020, serão 200 mil metros de calçadas para revitalizar.

Já o programa “Calçada Nova”, terá R$ 5,25 milhões em 2019, com a previsão de 15 mil metros quadrados requalificados com a mão de obra da prefeitura. A meta entre 2017 e 2020 é de 50 mil metros quadrados.

O projeto de LDO prevê também a revisão da malha de ciclovias para, em 2019, alcançar 80% de conectividade entre as rotas existentes. Para isso, a prefeitura propõe gastar quase R$ 15 milhões. Até 2020, a previsão é de 90% da rede conectada. Isso não significa mais ciclovias necessariamente, mas a ligação entre as já existentes. Neste processo, novos trechos podem ser criados e outros desaparecerem.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. Olavo de Almeida Soares disse:

    Cobrir o Terminal de Onibus no Metro da Linha Vermelha – Gulhermina / Esperança, Colocar faixas elevadas para os pedestres e colocar iliminação com Led, proibir a circulação de veiculos no espaço do terminal.

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