SPTrans vai modernizar rede de trólebus na região do Ipiranga 3c1n3e
Publicado em: 17 de novembro de 2017 485u1s

Procedimento de modernização começou em 2011 e contrato de manutenção chegou a ser interrompido por determinação do TCM – Tribunal de Contas do Município
ADAMO BAZANI
A SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora dos transportes da capital paulista, informou nesta sexta que a partir de segunda-feira, 20 de novembro de 2017, será retomada a modernização da rede de trólebus da cidade.
Os trabalhos vão se concentrar na região do Ipiranga e, segundo nota da SPTrans, será dividido em duas etapas.
A primeira etapa dos trabalhos será entre a Avenida Gentil de Moura e a Rua Basílio da Cunha no período entre 20 de novembro e 15 de dezembro. A segunda etapa ocorrerá de 15 a 30 de dezembro, no trecho entre a Avenida Lins de Vasconcelos e a Rua Antonio Tavares.
Para as intervenções, a rede elétrica do sistema de trólebus terá de ser desligada e algumas linhas de trólebus, nos dois períodos, serão operadas por ônibus convencionais a diesel.
“..será feito o desligamento da rede de trólebus da linha 4113/10 Gentil de Moura – Pça. da República, que opera com 30 veículos, sendo 23 elétricos. No segundo momento, os sete trólebus da linha 4112/10 Sta. Margarida – Pça. da República também serão desativados. Os ônibus de ambas as linhas serão substituídos por veículos movidos a diesel enquanto durarem os reparos.” – prossegue a nota da SPTrans.
A gerenciadora, ainda na nota, promete melhoria nos serviços de trólebus logo depois do fim destas intervenções.
Após a conclusão dos trabalhos, os ônibus elétricos voltarão à operação normal com mais eficiência e qualidade energética, continuando a contribuir para a diminuição da emissão de gases poluentes na cidade.
O processo de modernização da rede de trólebus em São Paulo começou em 2011, na zona Leste, após o fim do contrato entre a prefeitura e a Eletropaulo. Na época, a empresa Façon deu início aos trabalhos, mas, por problemas financeiros, em outubro de 2012 decretou falência e foi substituída pelo Consórcio Via Aérea – CVA.
Em novembro do ano ado, conforme noticiou o Diário do Transporte, o TCM – Tribunal de Contas do Município chegou a suspender uma licitação para um contrato de manutenção da rede de trólebus, no valor de R$ 148,6 milhões. Relembre: /2016/11/22/tcm-suspende-licitacao-para-manutencao-de-rede-de-trolebus/
São Paulo foi a primeira cidade do País a ter um sistema de trólebus. A primeira linha ligava o bairro da Aclimação e a Praça João Mendes na capital paulista, com trajeto de 7,2 quilômetros e começou a operar em 22 de abril de 1949.
O sistema da capital paulista chegou a ter 474 trólebus no ano 2000. Hoje são 200 veículos.
A partir da gestão de Marta Suplicy, com a desativação de redes como nas regiões de Santo Amaro, Pinheiros, Butantã e zona Norte, a cidade que ocupava a 22ª posição caiu para 48º lugar segundo um relatório do especialista em redes elétricas para transportes sobre pneus, Jorge Françoso de Moraes.
Em descrédito por muito tempo por causa dos recorrentes problemas de interrupções no fornecimento de energia elétrica e do desprendimento das alavancas dos fios, os trólebus hoje parecem no mundo dar a volta por cima e voltam como opção de baixo custo para sistemas de transportes sobre pneus não poluentes.
É que relataram especialistas reunidos na 24ª edição da Busworld Europe, a maior e mais importante exposição e conferência mundial da indústria do ônibus, que foi realizada no mês ado em Kortrijk, na Bélgica. Empresas de grande porte comercializam modelos de trólebus e sistemas mais modernos, com hastes da fiação flexíveis no lugar das rígidas, o que ajuda a minimizar os riscos de queda de alavanca por causa de irregularidades do pavimento; e baterias de reserva que permitem a circulação dos trólebus mesmo sem estarem conectados à rede aérea. Relembre:
A indústria brasileira garante que não fica devendo ao exterior quanto às principais modernizações dos trólebus.
Além da possibilidade de haver as baterias para circulação dos trólebus em alguns trechos mesmo sem a energia da rede elétrica (com baterias mais modernas que as apresentadas entre 2011 e 2013), e as hastes flexíveis no sistema, uma fabricante apresentou um modelo de conceito “Dual Bus”.
Desenvolvido pela Eletra, de São Bernardo do Campo, o modelo foi apresentado em 2015 e reúne num só veículo as tecnologias trólebus e ônibus híbrido. Hoje o veículo de 23 metros de comprimento opera pelo Corredor ABD, da Metra (empresa do mesmo grupo da Eletra), entre Diadema, no ABC Paulista, e a região do Brooklin, na zona Sul da capital paulista. Neste trecho não há rede de fiação aérea.
Com as novas metas de redução de emissões de poluentes pelos ônibus da capital paulista, que devem constar na licitação do sistema de transportes da cidade, os trólebus voltam à discussão como alternativas economicamente viáveis. Entretanto, como o novo artigo da Lei de Mudanças Climáticas não estipula modelos de ônibus não poluentes, mas reduções de emissões, não há projetos de ampliação da atual rede de trólebus até o momento.
A primeira votação sobre as alterações na lei deve ocorrer na próxima semana na Câmara Municipal de São Paulo após embates desde o início do ano em torno das metas.
HISTÓRICO DA ALTERAÇÃO DA LEI DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS:
A alteração do artigo 50 da lei 14.933, de 2009, conhecida como Lei de Mudanças Climáticas, provocou grande parte dos maiores embates de 2017 na Câmara Municipal desde o início do ano. A primeira versão do PL 300, de autoria do vereador Milton Leite, presidente da casa, privilegiava o biodiesel e recebeu diversas críticas por, na visão de especialistas em meio ambiente, trazer poucos avanços.
Ao longo das discussões apareceram três propostas de vereadores diferentes: Milton Leite, Gilberto Natalini e Caio Miranda.
Não havia consenso até que Milton Leite e Gilberto Natalini apresentaram um substitutivo assinado em conjunto para o PL300/2017, em 15 de setembro. Mas a proposta ainda sofreu rejeições. Em 08 de novembro, a Câmara anunciava que ambientalistas, indústria de veículos e vereadores entraram em consenso e era apresentado um novo substitutivo que ou a ter também a de Caio Miranda:
– 10 de maio de 2017: O primeiro veículo jornalístico a divulgar o projeto foi o Diário do Transporte, em 10 de maio. Na ocasião, a primeira versão do projeto privilegiava o biodiesel e estipulava que só a partir de 2037, São Paulo teria uma frota de 1500 ônibus elétricos. Relembre: /2017/05/10/projeto-de-lei-quer-onibus-a-biodiesel-para-sao-paulo-e-1500-eletricos-a-partir-de-2037/
– 07 de junho de 2017: Diante das críticas de ambientalistas e de parte dos fabricantes de ônibus menos poluentes, apoiado pela ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico, outro vereador, Caio Miranda, apresentou um substitutivo, acatado em 7 de junho pela Comissão de Constituição e Justiça, que determinava percentuais de ônibus novos, sem estipular a tecnologia. Relembre: /2017/06/07/vereador-apresenta-proposta-que-altera-projeto-de-milton-leite-sobre-cronograma-de-onibus-nao-poluentes/
– 17 de agosto de 2017: No dia 17 de agosto, Milton Leite apresenta nova versão do seu PL 300, com metas de redução de poluição, sem especificar a frota, e com a previsão de retorno da inspeção veicular. Novamente o PL foi alvo de crítica das mesmas entidades, que alegaram que as metas seriam uma “manobra para não se fazer nada” e que a simples renovação da frota de ônibus a diesel já possibilitaria que as metas fossem alcançadas. As críticas foram rebatidas pelo presidente da Câmara. Relembre:
– 15 de setembro de 2017: As críticas continuaram e em 15 de setembro, o PL 300 sofre mais uma mudança. O projeto ou a ser assinado também pelo ex-secretário do Verde e do Meio Ambiente, Gilberto Natalini, demitido pelo prefeito João Doria, e trouxe novas metas de redução de poluição. Relembre:
/2017/09/15/milton-leite-e-natalini-unificam-projetos-para-reduzir-poluicao-dos-onibus-de-sao-paulo/
No dia seguinte, numa audiência pública em 16 de setembro, mais um entrave foi levantado. A indústria nacional só tem um modelo de micro-ônibus não poluente. As demais opções são de ônibus convencionais e articulados. O custo de um micro-ônibus elétrico é proporcionalmente quase duas vezes maior que de um ônibus maior. Relembre:
/2017/09/18/micro-onibus-e-duvida-para-transportes-menos-poluentes-em-sao-paulo/
08 de novembro de 2017: Novo substitutivo do projeto de lei 300 é apresentado a entidades ambientalistas que concordam com a versão assinada pelos vereadores Milton Leite e Gilberto Natalini. Não foram propostas exigências quanto à tecnologia menos poluentes dos ônibus, que podem ser a gás natural, elétricos com bateria, trólebus, a etanol ou qualquer outra fonte energética. As metas neste novo substitutivo foram um pouco mais rígidas que a versão anterior.
No caso do dióxido de carbono (CO2), a redução deverá ser de 50% em um prazo de dez anos e de 100% ao final de 20 anos. A proposta anterior previa redução em, no mínimo 40% até 2027. A primeira versão de autoria do vereador Milton Leite era redução de 20% e a primeira proposta do vereador Gilberto Natalini era de 50%. Os dois vereadores assinam o substitutivo junto agora.
Também nos prazos de 10 e 20 anos, os cortes de emissões de materiais particulados deverão ser de 90% e 95%. Na versão anterior, a previsão era de redução de 80% das emissões de Material Particulado – MP até 2027. A primeira proposta de substitutivo de Milton Leite era redução de 78% e a primeira proposta de Natalini era de 80%.
Quanto ao de óxido de nitrogênio (NOx) a redução proposta neste substitutivo é de 80% em 10 anos e de 95% em 20 anos. Pelo substitutivo anterior, a previsão era de 70% de redução em dez anos. A primeira proposta de substitutivo de Milton Leite era redução de 74% e a primeira proposta de Natalini era 60%.
– 10 de novembro de 2017: Presidente do SPUrbanuss, sindicato das empresas de ônibus do subsistema estrutural, Francisco Christovam, declara ao Diário do Transporte que o temor das operadoras é de que o edital de licitação não traga junto com as metas de redução de poluição a remuneração para a compra e operação de veículos menos poluentes, que são mais caros, o que pode ser um empecilho para a licitação.
Relembre:
BREVE CRONOLOGIA DA LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO:
– 1º de fevereiro de 2013: O secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, apresenta em audiência pública modelo de licitação, que ainda previa cooperativas, mas já falava em redução de linhas. Previa também 430 quilômetros de corredores. Relembre: /2013/02/01/audiencia-publica-sobre-licitacao-em-sao-paulo-preve-reducao-de-linhas-para-o-centro-da-cidade/
/2013/02/01/licitacao-em-sao-paulo-menos-linhas-para-o-centro-e-novo-monitoramento/
/2013/02/01/licitacao-dos-transportes-430-km-de-corredores-e-abertura-de-envelopes-em-marco/
– 09 de maio de 2013: Prefeitura publicou decreto definindo áreas operacionais de ônibus da cidade para a licitação e diz que satisfação do ageiro vai influenciar remuneração das empresas. Relembre:
/2013/05/09/prefeitura-de-sao-paulo-define-no-diario-oficial-areas-de-operacao-em-licitacao/
/2013/05/10/satisfacao-do-ageiro-vai-determinar-remuneracao-das-empresas-de-sao-paulo/
– 15 de junho de 2013: Prefeitura publica minuta do edital de licitação e previa de contratos em julho. Relembre:
/2013/06/15/prefeitura-de-sao-paulo-publica-licitacao-no-diario-oficial-e-preve-s-em-julho/
– 26 de junho de 2013: Diante das manifestações contra os valores das tarifas de ônibus em todo o País e por mais qualidade nos transportes, o prefeito Fernando Haddad, pressionado politicamente, anuncia o cancelamento da licitação. Relembre:
/2013/06/26/haddad-cancela-licitacao-em-sao-pauloi/
– 13 de fevereiro de 2014: Após licitação, prefeitura contrata a empresa de auditoria Ernst & Young por R$ 4 milhões para fazer uma verificação independente das contas do sistema de transportes de São Paulo. Os trabalhos deveriam ter sido concluídos em julho, mas só foram entregues em dezembro.
Relembre:
– 11 de dezembro de 2014: Concluída auditoria (verificação independente) da Ernst & Young sobre as contas do sistema de transportes de São Paulo. Entre os apontamentos, estavam a possibilidade de redução de lucros das empresas e o fim das cooperativas, que posteriormente se tornaram empresas. Não foi achada “caixa-preta” do sistema de transportes. Relembre:
– 09 de julho de 2015: Lançado o edital de licitação com as recomendações da auditoria:
/2015/07/09/confira-o-edital-de-licitacao-dos-transportes-de-sao-paulo/
– 12 de novembro de 2015: Alegando ter encontrado 49 irregularidades nos editais, TCM – Tribunal de Contas do Município suspende licitação dos transportes em São Paulo. Relembre:
/2015/11/12/tcm-suspende-licitacao-dos-transportes-de-sao-paulo/
– 14 de julho de 2016: Depois de idas e vindas entre conselheiros e secretaria de transportes, TCM libera licitação dos serviços de ônibus em São Paulo, mas com 13 pontos ainda a serem revistos. Pela proximidade com as eleições municipais, o prefeito Fernando Haddad achou melhor que o prosseguimento da licitação fosse dado pela próxima istração.
Relembre:
– 21 de fevereiro de 2017: Gestão do prefeito João Doria promete lançar editais no mês de maio. Relembre:
/2017/02/21/prefeitura-de-sao-paulo-deve-lancar-edital-de-licitacao-dos-transportes-em-maio/
– 26 de março de 2017: O secretário de Transportes e Mobilidade da gestão Doria, Sérgio Avelleda, adiantou ao Diário do Transporte que a licitação não exigiria qual tipo de ônibus menos poluentes seria exigido dos empresários, mas a prefeitura iria estipular metas de redução de emissões: Relembre:
– 01 de junho de 2017: Em audiência pública, a prefeitura de São Paulo apresenta as diretrizes gerais do novo sistema de ônibus que deve ser previsto na licitação. Houve poucas mudanças em relação aos editais propostos pela gestão Haddad, entre elas, metas de redução de emissões de poluição e o CCO – Centro de Controle Operacional não será de responsabilidade das empresas. A divisão da rede em 21 centralidades, a operação em três grupos de serviços (articulação, distribuição e estrutural) e a remuneração dos empresários por índices de qualidade foram mantidas.
Relembre:
/2017/06/02/assista-diretrizes-gerais-da-licitacao-dos-transportes-em-sao-paulo/
– 02 de junho de 2017: Doria anuncia que quer reduzir o tempo de contrato com as empresas de ônibus para 10 anos, por meio da licitação. Para isso, deveria haver uma alteração na lei municipal que determina período de 20 anos.
Relembre:
/2017/06/02/doria-diz-que-contratos-com-empresas-de-onibus-serao-de-10-anos/
– 08 de junho de 2017: Publicadas no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, datas de audiências públicas regionalizadas para apresentar a licitação. Após manifestações de ONGs, que consideraram a primeira audiência pouco informativa, tumultuada por ter sido feita em local pequeno para o número de interessados que compareceram, em endereço com pouco o de transporte público e em horário não ível para quem trabalha (foi numa quinta, às 8h), a prefeitura marcou audiências nas subprefeituras regionais entre os dias 26 e 28 de junho.
– 09 de junho de 2017: Secretaria de Transportes e Mobilidade contrata Fipe por R$ 5,9 milhões para fazer consultoria para a elaboração e revisão do edital de licitação.
Relembre:
– 26 a 28 de junho de 2017: Realizadas as audiências públicas sobre as diretrizes da proposta de licitação nas 32 prefeituras regionais.
– 12 de julho de 2017: Reportagem exclusiva do Diário do Transporte com base em dados da SPTrans, mostra que entre 2013/2014 e maio de 2017, a cidade gastou R$ 25 bilhões em renovações de contratos porque o atrasa da licitação somava quatro anos. Relembre:
/2017/07/12/exclusivo-atraso-na-licitacao-dos-transportes-ja-custou-r-25-bilhoes-aos-paulistanos/
– 30 de agosto de 2017: O secretário municipal de mobilidade e transportes, Sérgio Avelleda, disse ao Diário do Transporte, que a minuta do edital de licitação só seria publicada após a definição da mudança do artigo de uma lei que determina a substituição de coletivos a diesel por ônibus menos poluentes. Relembre:
– 18 de setembro de 2017: Em audiência pública sobre proposta de alteração do artigo 50 da Lei de Mudanças Climáticas, o secretário municipal de mobilidade e transportes, Sérgio Avelleda, cobra agilidade dos vereadores para um consenso. Na ocasião, foi apresentado mais um entrave para um novo cronograma de ônibus menos poluentes: quase não há opções de micro-ônibus que emitam menos poluição no mercado brasileiro e os custos de cada veículo pequeno são proporcionalmente maiores que ônibus convencionais, trucados e articulados:
/2017/09/18/micro-onibus-e-duvida-para-transportes-menos-poluentes-em-sao-paulo/
– 11 de outubro de 2017: Na justificativa do PPA – Plano Plurianual para o período entre 2018 e 2021, a gestão do prefeito João Doria diz que a licitação dos transportes é a principal forma para resolver os prejuízos crescentes do sistema de transportes, que carecem de subsídios cada vez mais altos. Relembre:
– 17 de outubro de 2017: Gestão do prefeito João Doria desiste de prosseguir o contrato com a Fipe, de R$ 5,95 milhões, para realizar estudos para a elaboração e revisão dos editais da licitação dos transportes. De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Transportes, em nota ao Diário do Transporte, as próprias equipes da SPTrans fariam o trabalho da Fipe.
Relembre:
/2017/10/18/prefeitura-desiste-de-fipe-para-estudos-de-editais-da-licitacao-dos-onibus-na-cidade/
– 08 de novembro de 2017: Câmara Municipal e entidades de meio ambiente entram em acordo sobre alterações da Lei de Mudanças Climáticas, o que segundo a prefeitura, era o que faltava para a definição da licitação do sistema de ônibus. Novo substitutivo do projeto de lei 300 é apresentado a entidades ambientalistas que concordam com a versão assinada pelos vereadores Milton Leite e Gilberto Natalini. Não foram propostas exigências quanto à tecnologia menos poluentes dos ônibus, que podem ser a gás natural, elétricos com bateria, trólebus, a etanol ou qualquer outra fonte energética. As metas neste novo substitutivo foram um pouco mais rígidas que a versão anterior.
No caso do dióxido de carbono (CO2), a redução deverá ser de 50% em um prazo de dez anos e de 100% ao final de 20 anos. A proposta anterior previa redução em, no mínimo 40% até 2027. A primeira versão de autoria do vereador Milton Leite era redução de 20% e a primeira proposta do vereador Gilberto Natalini era de 50%. Os dois vereadores assinam o substitutivo junto agora.
Também nos prazos de 10 e 20 anos, os cortes de emissões de materiais particulados deverão ser de 90% e 95%. Na versão anterior, a previsão era de redução de 80% das emissões de Material Particulado – MP até 2027. A primeira proposta de substitutivo de Milton Leite era redução de 78% e a primeira proposta de Natalini era de 80%.
Quanto ao de óxido de nitrogênio (NOx) a redução proposta neste substitutivo é de 80% em 10 anos e de 95% em 20 anos. Pelo substitutivo anterior, a previsão era de 70% de redução em dez anos. A primeira proposta de substitutivo de Milton Leite era redução de 74% e a primeira proposta de Natalini era 60%.
Relembre:
– 09 de novembro de 2017: Reportagem Exclusiva do Diário do Transporte revelou que os aditamentos de contrato com as empresas do subsistema estrutural (viações de linhas e ônibus maiores) e com as contratações emergenciais do subsistema local (ex-cooperativas) e da área 04 zona leste do subsistema estrutural (Ambiental Transportes e Express), São Paulo gastou entre 2013 (quando acabaram os contratos de 2003) e setembro de 2017, R$ 28,5 bilhões. Os números foram fornecidos pela própria SPTrans.
Relembre:
/2017/11/09/atraso-na-licitacao-dos-transportes-de-sao-paulo-ja-custou-r-285-bilhoes/
– 10 de novembro de 2017: Presidente do SPUrbanuss, sindicato das empresas de ônibus do subsistema estrutural, Francisco Christovam, declara ao Diário do Transporte que o temor das operadoras é de que o edital de licitação não traga junto com as metas de redução de poluição a remuneração para a compra e operação de veículos menos poluentes, que são mais caros, o que pode ser um empecilho para a licitação.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Amigos, boa noite.
Tá vendo como licitação só atrapalha.
Nos bons tempos. quem fazia a manutenção da rede do trólebus era a Light.
Portanto, quem deve fazer a manutenção da rele elétrica do trólebus aqui em Sampa, tem de ser a Eletropaulo.
Simples, porque a Eletropaulo tem toda a estrutura, capacitação técnica e solidez necessária para fazer manutenção de rede elétrica.
Portanto é só contratar a Eletropaulo.
Simples assim.
Att,
Paulo Gil
Importante relato historico. Parabéns Adamo e equipe
Paulo Gil, boa tarde
Só pegando seu gancho, a manutenção das Redes aéreas era de total responsabilidade e execução da própria CMTC até os anos 60/70, cuja frota de veículos manutentores era de modelos Mercedes Bens modelos 312 e 321, equipados, que faziam vistoria diária nas redes, ando vagarosamente pelas ruas com 1 observador no topo do veículo.
Não tinha troleibus com suas hastes escapando dos cabos mesmo trafegando sobre paralelepípedos ou cruzado os trilhos ao vir da Av. Voluntários da Patria para a Av. Alfredo Pujol em Santana ou mesmo cruzando os trilhos na proximidade do Quartel do R .
A manutenção preventiva era perfeita.
Usei o sistema de 1960 a 1965 e rarissimas vezes houve escape das alavancas, e quando ocorreu foi por falha do motorista, acelerando na hora de ar por por ramais da rede.
O perído da Ligth não acompanhei de perto, mas não fizeram parte das reclamações dos usuários.
(linha 43 Alfredo Pujol)
Abraços