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Prefeito de BH afirma que adesão à bicicleta como meio de transporte é um caminho sem volta 1y2d6x

Foto: BH em Ciclo 276j4s

Kalil se reuniu com ciclistas para avaliar plano que visa transformar BH numa cidade amiga das bicicletas

ALEXANDRE PELEGI

A depender do prefeito de Belo Horizonte, a bicicleta não terá problemas com a prefeitura. Muito pelo contrário…

Após receber um grupo de ciclistas em seu gabinete nesta terça-feira, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) foi enfático ao afirmar que a adesão à bicicleta como meio de transporte é um caminho sem volta.

O encontro com ciclistas serviu para avaliar um plano com mais de cem ações que visam transformar BH numa cidade completamente amiga das bicicletas.

Dizendo que o projeto é muito audacioso, mas é bom, Kalil garantiu aos ciclistas que a prefeitura vai aprovar o plano. “A BHTrans já aprovou”, afirmou o prefeito. Isso porque o plano foi elaborado conjuntamente por um grupo de ciclistas da capital, a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e a Secretaria Municipal de Planejamento.

Antes de dar a palavra final, no entanto, o prefeito disse que precisa verificar o Orçamento municipal.

Kalil fez questão de frisar que o plano apresentado envolve outras questões da cidade, coisas importantes que precisam ser feitas, como o recapeamento de vias.

A expectativa é que o plano seja aprovado nos próximos dias.

Vitor Brandão, membro do coletivo BH em Ciclo, uma associação de ciclistas urbanos de Belo Horizonte, explicou que o plano é dividido em seis eixos, com prazos de execução no atual mandato, até 2020. Algumas ações devem ser realizadas ainda em 2017, como melhorias e correções das ciclovias já implantadas.

Em entrevista ao jornal mineiro O Tempo, Vítor afirmou que os ciclistas apresentaram opções de financiamento, “e mostramos que investir em viaduto e obras para carro é mais caro, danoso e ultraado”.

PLANO TEM AÇÕES DIVIDADAS EM SEIS EIXOS:

As ações do plano apresentado ao prefeito de BH estão divididas em seis eixos:

infraestrutura e circulação;

legislação;

financiamento;

educação, mobilização e comunicação;

integração modal e bicicletas compartilhadas; e

governança (produção de dados e transparência).

Os ciclistas salientaram que todas as propostas apresentadas estão alinhadas com o plano de mobilidade de BH e com o programa de governo de Alexandre Kalil.

Dentre as ações propostas pelos ciclistas estão:

= retomada de projetos como a Zona Trinta, bloco de quarteirões com limites de 30 km por hora, na Savassi e região hospitalar;

= implantação de novas ciclovias, para atingir 411 km de extensão – hoje, são 82 km na cidade;

= instalação de bicicletários no metrô e nas estações de integração do Move;

= treinamento para os motoristas profissionais de ônibus e van para conviver com as bicicletas no trânsito;

= estudos para uso do cartão BHBus para utilização do sistema de bicicletas compartilhadas.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transporte

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