Segundo investigações da PF e do MPF, o empresário é acusado de pagar propinas milionárias para políticos do Rio 683s5o
ADAMO BAZANI
A Polícia Federal prendeu na noite deste domingo, 02 de julho de 2017, no aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários de ônibus do País.
Barata Filho iria embarcar para Lisboa, em Portugal.
O empresário de ônibus é investigado na Operação Lava Jato e vinha sendo monitorado pela Polícia Federal e o Ministério Público.
A prisão já estava programada, mas quando os investigadores descobriram que Jacob Barata Filho embarcaria para Lisboa apenas com agem de ida, anteciparam a operação.
A prisão foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.
A assessoria do empresário negou que Barata Filho estaria fugindo e disse que suas viagens para Portugal são rotineiras.
O pai dele, Jacob Barata, com 84 anos de idade, conhecido como “Rei dos Ônibus”, foi apontado juntamente com outros integrantes da família em outra investigação, a SwissLeaks.
As investigações dão conta que Jacob Barata Filho, os dois irmãos, Davi e Rosane, o pai Jacó Barata e mãe, Glória, mantiveram US$ 17,6 milhões de dólares em uma conta conjunta em Genebra, na Suíça, de forma ilegal.
A família Barata é responsável pelo grupo Guanabara, fundado em 1968 por Jacob Barata.
O Guanabara é um dos maiores grupos de empresas de ônibus do Brasil com mais de 20 companhias nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Pará, Paraíba, Piauí e Maranhão. São mais de um milhão de ageiros transportados por dia, com uma frota de 6 mil ônibus aproximadamente. As empresas empregam cerca de 20 mil funcionários.
Além de ônibus, a família de Jacob Barata controla o Banco Guanabara, fundado em 1987, que financia compra de ônibus para empresas que operam nesse setor, revendedoras de veículos Mercedes-Benz, como a Guanabara Diesel. Em outros ramos, há também a Guanabara Empreendimentos Imobiliários e Hotel Mar Ipanema.
A partir de 2013, a família adquiriu empresas como a Vimeca Lisboa Transportes e Ccotturb; e a rede de Hotéis Fênix.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes