Número de ônibus atacados no Rio sobe 132% e Fetranspor diz que empresas não vão repor os veículos 1sk3j

Valor de um ônibus articulado pode chegar perto de R$ 1 milhão. Veículo atacado na manhã desta quinta no corredor Transcarioca – Foto: Reprodução/Twitter/Trânsito Rio/RJ

Entidade também se queixa de desequilíbrio econômico-financeiro

ADAMO BAZANI

O total de ônibus destruídos em incêndios criminosos no Rio de Janeiro subiu 132% entre 1º de janeiro e 08 de junho deste ano em relação ao mesmo período do ano ado.

Neste ano, já foram registrados 58 casos enquanto que no mesmo intervalo do ano ado, foram 25 ônibus destruídos em incêndio.

Na manhã de hoje, um ônibus articulado do BRT, da Auto Viação Tijuca, foi incendiado por criminosos no corredor Transcarioca e, no final da noite de quarta-feira, um ônibus da Viação Vila Real foi queimado em Guadalupe.

Desde janeiro de 2016, foram 101 ônibus queimados com prejuízos de R$ 45 milhões.

Os dados são da Fetranspor, associação que reúne as empresas de ônibus no estado do Rio de Janeiro.

Em nota, a entidade diz que repudia os ataques e afirma que por causa do congelamento do valor da tarifa municipal e da queda do número de ageiros, as viações não vão poder repor os veículos destruídos:

A Fetranspor repudia mais dois ataques a ônibus na Zona Norte do Rio que elevam para mais de 100 o número de veículos incendiados de forma criminosa no Estado do Rio de Janeiro. Neste ano, já foram registrados 58 casos, um aumento de 132% em relação ao mesmo período de 2016 (25 registros). 

Na manhã desta quinta-feira, um ônibus articulado do BRT, da Auto Viação Tijuca, que operava no corredor Transcarioca, foi incendiado por criminosos na Avenida Edgard Romero, em Vaz Lobo. Já no fim da noite de ontem, um ônibus da Viação Vila Real foi queimado na Rua Luís Cavalcanti Coutinho, em Guadalupe. O veículo estava fora de operação e seguia para uma das garagens da empresa. 

Com estes dois casos, são 101 veículos incendiados desde janeiro de 2016 (58 registros esse ano e 43 no ano ado). O prejuízo do setor ultraa os R$ 45 milhões, recursos que poderiam ser investidos em melhorias no sistema de transporte. Como não há seguro para esse tipo de sinistro, as empresas absorvem todo o custo de reposição; e os ageiros são os principais prejudicados com a redução da oferta de transporte. 

Diante dos graves efeitos do desequilíbrio econômico-financeiro das empresas do Rio com a não concessão do reajuste da tarifa, somada à crise financeira que reduz o número de ageiros e à recente escalada de ataques criminosos aos ônibus no Estado do Rio, não há viabilidade para a reposição dos veículos destruídos.

Vale lembrar, que um ônibus novo com ar-condicionado tem custo aproximado de R$ 450 mil. Em seis meses, um ônibus pode transportar cerca de 70 mil ageiros.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. João Luís Garcia disse:

    O pior é que a não reposição acarretará em descumprimento de horários e consequentemente as empresas serão multadas e ainda podem sofrer até o descredenciamento por quebra de contrato e o poder público nada sofrerá.
    Mas que sirva de exemplo para que nos próximos contratos de concessão os sindicatos e associações patronais e as empresas exijam que haja uma cláusula prevendo o ressarcimento dos prejuízos causá-los por ações de vandalismo aonde comprove-se a omissão do Estado.
    E não adianta dizer que isso não é possível, afinal se todos os operadores arem a exigir, uma coisa é certa com certeza algo tem que ser feito é urgente.

  2. Daniel Duarte disse:

    Fico aqui pensando, por que essas degraças não vão botar fogo na casa do Sérgio Cabral.

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