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Piracicabana assume serviços de fretamento da Pirelli 385c4a

Com isso, mais uma empresa tradicional da região acaba tendo os atendimentos substituídos por maiores no mercado de ônibus 6z5rf

ADAMO BAZANI

A tradicional empresa de fretamento do ABC Paulista, Planetatur, de propriedade do empresário e político Duílio Pisaneschi e família, cede espaço para um grupo empresarial maior.

Os serviços que até então eram prestados à fabricante de pneumáticos e cabos elétricos, Pirelli, em Santo André, a maior cliente da companhia de fretamento atualmente, am a ser de responsabilidade da Viação Piracicabana, do Grupo Comporte, da família de Constantino de  Oliveira.

Em nota ao Diário do Transporte, o Grupo Comporte confirmou que vai atender à Pirelli, mas diz que não comprou a companhia de Duílio Pisaneschi

O Grupo Comporte informa que firmou um acordo de locação para viabilizar a transferência de serviço de transporte da Pirelli, em Santo André, para a Viação Piracicabana. O grupo não adquiriu a Planetatur, portanto, a razão social e operação da empresa seguem inalteradas.

A Planetatur foi fundada oficialmente em 29 de setembro de 1974 e cresceu na época que as cidades do ABC se beneficiavam da expansão dos setores automobilísticos e de autopeças.

Frota da Planeta entre os anos de 1980 e 1990 se destacava com veículos como Nielson Diplomata e os monoblocos O-364 e O-371

A partir da segunda metade dos anos de 1990, as empresas tipicamente familiares e de pequeno ou médio porte começaram a sentir as sucessivas crises econômicas e também a fuga das indústrias do ABC Paulista para outras regiões do Estado e do País.

Companhias consolidadas e tradicionais aos poucos deixavam de existir, como Saci Tur, Sabetur, Uematsu, Road Runner, Rodi e Albatur, Pato Azul, entre outras que tinham sede no ABC ou serviam à região.

Atualmente, com a crise econômica a partir de 2013 e o número alto de desempregados, mais uma vez nas empresas de fretamento sentem, em especial na modalidade contínua, como para fábricas, escolas e hospitais.

Como as indústrias foram obrigadas a demitir, diminuiu a quantidade de trabalhadores para transportar.

As empresas de fretamento que sobrevivem, muitas vezes reduziram a frota ou o tamanho dos veículos: de ônibus para micro-ônibus e agora de micro-ônibus para vans. Algumas devem trabalhar com carros de eio.

Apesar de também serem afetadas pela crise, empresas de grandes grupos acabam se destacando e ampliando ainda mais a atuação, como é o caso do Grupo Comporte, que também controla a Breda, no ABC Paulista, e o Grupo JSL – Júlio Simões, de Mogi das Cruzes, mas que atua em diversas fábricas da região do ABC.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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