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Prefeito do Rio contesta elevação de tarifa para R$ 5,30 5w68k

Para Crivella, BRT trouxe economia às empresas 4e1n41

Marcelo Crivella alega que os BRTs trouxeram economia às empresas de ônibus, já que estão transportando muito mais ageiros do que o calculado para se obter lucro

ALEXANDRE PELEGI

Conforme o Diário do Transporte noticiou nesta segunda-feira, (/2017/05/01/alegando-prejuizos-empresas-de-onibus-do-rio-de-janeiro-querem-tarifa-de-r-530/), as empresas de ônibus do Rio de Janeiro pleiteiam um amento da tarifa dos transportes na cidade para R$ 5,30. O valor sugerido pelas empresas seria para cobrir os custos com o cronograma de frota com ar-condicionado e também para a manutenção do sistema como um todo.

As companhias de ônibus alegam dificuldades financeiras: nos últimos dois anos, sete empresas de ônibus fecharam as portas justamente por causa do desequilíbrio financeiro.

A queda-de-braço entre prefeitura e empresas ganhou as barras dos tribunais. A juíza Luciana Lousada Albuquerque Lopes, da 8ª Vara da Fazenda Pública no Rio de Janeiro, determinou o processo de revisão tarifária por parte da prefeitura na semana ada. A decisão se deu no mesmo processo em que o Ministério Público questiona por que toda frota não foi climatizada até o fim de 2016, como fora acordado.

Mas a depender do prefeito Marcelo Crivella a situação vai continuar como está. Para Crivella, as empresas tiveram lucro elevado durante a Olimpíada.

Esse é um dos argumentos utilizados por ele para barrar o aumento. Marcelo Crivella afirmou ontem que a Secretaria municipal de Transportes analisa as conclusões de uma auditoria, contratada pelo Rio Ônibus e consórcios da cidade. Pelo estudo, a nova tarifa para os ônibus deveria ser de, pelo menos, R$ 5,30.

O prefeito alega que os BRTs trouxeram economia às empresas de ônibus, já que elas estão transportando muito mais ageiros do que o calculado para se obter lucro. Comparando a São Paulo (onde o prefeito também congelou a tarifa dos ônibus municipais), Crivella diz que o Rio de Janeiro é a única cidade que ainda não aumentou a agem no Brasil inteiro. Isso porque, ele afirmou, “nenhuma cidade do Brasil, nem São Paulo, fez as obras que nós fizemos para termos o BRT”.

Numa disputa que promete ainda muitos capítulos, Crivella afirma que o “ponto de lucro” das empresas seria 90 mil ageiros/dia no BRT. Ele diz ter informações de que este ponto atingiu 500 mil ageiros/dia. “Por tanto, a lucratividade é bem acima daquela que foi prevista”, disse o prefeito.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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