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Secretário de Salvador apresenta projeto do BRT em audiência pública 715w3

Segundo Fábio Mota, será possível fazer o trajeto da Estação da Lapa ao Iguatemi – percurso que o soteropolitano gasta perto de uma hora e meia de ônibus nos horários de pico – em apenas 16 minutos 734o1u

ALEXANDRE PELEGI

Em audiência pública realizada nesta semana na Assembleia Legislativa da Bahia, o secretário municipal de Transportes, Fábio Motta, apresentou o projeto de transporte público do BRT de Salvador. O projeto está em fase de licitação para a construção da primeira etapa, que vai ligar o Parque da Cidade até a Rodoviária.

Segundo declaração do Secretário, será possível fazer o trajeto da Estação da Lapa ao Iguatemi – percurso que o soteropolitano gasta perto de uma hora e meia de ônibus nos horários de pico – em apenas 16 minutos.

Ainda segundo o secretário, o BRT será implantado em duas etapas, e o projeto estima atender cerca de 31 mil ageiros/hora. Para a primeira etapa o investimento previsto é de R$ 408 milhões.

Para o Fábio Motta, a implantação do BRT é uma prova de que a prefeitura prioriza cada vez mais o transporte público. “Quando o cidadão, que demorava um hora e 30 minutos para sair da Lapa e chegar ao Iguatemi, poderá fazer esse mesmo trajeto em 16 minutos não é preciso nem responder se estamos priorizando o transporte público ou individual”, afirmou o secretário diante de questionamentos feitos por urbanistas durante a audiência.

Apesar dos elogios de parte dos presentes ao encontro, promovido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Assembleia da Bahia, o projeto também recebeu críticas.

Para o arquiteto Carl Van Havenschild o projeto não está previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador. Ele citou a questão da microibilidade, dando um exemplo: “se o cidadão tiver que andar um quilômetro para chegar ao corredor de ônibus ele vai acabar preferindo usar seu carro que está na garagem”.

Outro ponto do projeto que desagradou ao arquiteto refere-se ao número de elevados e viadutos previstos na obra do BRT. Fábio Motta respondeu, citando como motivo as características da capital baiana. “Salvador é a cidade que tem a maior densidade populacional do país, tem a maior concentração de pessoas por metro quadrado do Brasil. Além disso, só perde para o Rio de Janeiro quando se fala em geografia acidentada. Por isso, a necessidade de se fazer os elevados”, explicou.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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