Infração por desrespeito a faixas de ônibus em BH cresce 17,5% 4j4q6r

Ônibus articulado do sistema de Belo Horizonte. Quando o transporte individual ocupa o espaço que é destinado ao transporte público, a maioria das pessoas é prejudicada

Nos dois primeiros meses do ano 341 pessoas foram multadas por dia na capital mineira por transitar em faixas ou vias exclusivas para o transporte coletivo

ALEXANDRE PELEGI

O tamanho do desrespeito às faixas exclusivas de ônibus em BH pode ser medido pelo número de infrações cometidas por motoristas da cidade: 341 multas por dia, nos dois primeiros meses do ano. A BHTrans lembra que a priorização do transporte público nas pistas e nas faixas exclusivas é uma tendência mundial. O motivo é simples: enquanto um automóvel particular transporta, em média, 1,2 pessoas, um ônibus pode levar até 70 ageiros.

Pelos cálculos da BHTrans a infração é uma das três mais cometidas na capital. Em janeiro e fevereiro foram registradas 20.161 infrações por invasão de faixas exclusivas, aumento de 17,5% em comparação com o mesmo período do ano ado (17.144 autuações). A infração, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é considerada “gravíssima”. O motorista fica sujeito à apreensão e remoção do veículo, além da multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira.

Como dita a regra, somente ônibus de transporte coletivo de ageiros podem circular nas pistas exclusivas. Nas faixas exclusivas qualquer veículo pode trafegar em trechos curtos e somente para realizar conversões.

BH tem 23,1 km de faixas ou pistas exclusivas para o sistema de BRT Move, e mais 31,3 km de faixas exclusivas ou preferenciais para o transporte coletivo. Diante da quantidade de infrações alguns especialistas ponderam: as faixas exclusivas são essenciais, mas melhorias estruturais nas vias são necessárias para que os benefícios sejam alcançados. Apesar das faixas ajudarem na prioridade ao transporte coletivo, a ausência de obstáculo físico não consegue conter a invasão de veículos que tentam fugir do congestionamento. A melhor solução seria a criação de mais corredores segregados, exclusivos para ônibus. Para isso, no entanto, é preciso uma decisão política de se investir mais no transporte público. O que todos já sabemos…

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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