Sérgio Avelleda respondeu a perguntas em reunião do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito.
ADAMO BAZANI
Longe de cumprir a meta estipulada em 2009 pela Lei de Mudanças Climáticas, que determina que em 2018 toda a frota de ônibus municipais não deveria depender exclusivamente de diesel, a cidade de São Paulo não deve ter um crescimento de veículos não poluentes tão expressivo, pelo menos em curto prazo.
E a rede de trólebus, que já foi uma das maiores do mundo e que hoje possui apenas 200 veículos, também não deve ter expansão.
Durante a reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, o secretário Sérgio Avelleda, ao responder perguntas na saída do evento sobre sustentabilidade e meio ambiente, na manhã desta quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017, disse que atualmente os veículos com tecnologia limpa embarcada parecem ser a solução mais viável. O secretário também já havia adotado o mesmo discurso em evento sobre ônibus novos e antigos no final do mês ado (BBF – B us Brasil Fest), no Pacaembu.
Assim, foi sinalizado pela prefeitura mais uma vez que a cidade pode futuramente ter soluções como ônibus elétricos a bateria ou híbridos (modelos que possuem dois motores cada, sendo uma combustão e outro elétrico), mas que os trólebus não devem ter a malha ampliada de maneira significativa.
Operando no Brasil desde 1949, sendo São Paulo o primeiro sistema, os trólebus ainda são numerosos em diversas partes do mundo como na Ásia, Estados Unidos, Canadá e Europa.
Com o advento de novas tecnologias, como alavancas pneumáticas, que evitam as quedas, e; baterias reservas que dão autonomia mesmo com interrupção no fornecimento na rede aérea, os trólebus ainda são considerados soluções viáveis, principalmente em sistemas fechados, como de corredores de ônibus.
No Brasil, por exemplo, o Corredor Metropolitano ABD, operado pela Metra, entre São Mateus, na zona leste de São Paulo, e Jabaquara, na zona sul da capital paulista, ando por municípios do ABC, é um sistema segregado parcialmente, já que em alguns trechos os veículos se misturam ao trânsito comum, e recebe trólebus novos habitualmente.
No segundo semestre do ano ado, foram implantados mais 10 trólebus novos. Dos 275 coletivos em operação, em torno de 95 são de tecnologia limpa, dos quais, 82 trólebus.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes.