O MODAL CERTO NO TEMPO CERTO 2w3uh
Publicado em: 15 de julho de 2011 k1r10

Curitiba recebe 196 ônibus. Ligeirinhos terão capacidade ampliada
PAC da Mobilidade prevê reforma de terminais, ampliação da oferta de lugares e mais integrações
ADAMO BAZANI – CBN
O Prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, participou da entrega, nesta quinta-feira, dia 14 de julho de 2011, de mais 196 ônibus, comprados por parte das empresas que operam a RIT – Rede Integrada de Transportes.
Os veículos fazem parte do projeto de renovação de 25% do total da frota dos ônibus que servem o sistema. O objetivo é de que até dezembro sejam colocados 557 ônibus zero quilômetro.
Entre os ônibus que foram apresentados nesta quinta-feira, 14 são biarticulados e vão prestar serviços na linha Centenário / Campo Comprido. No total, devem ser 26 neste serviço.
Todos são da cor vermelha do Modelo Neobus Mega BRT, chassi Volvo, que apresentam mais espaço interno, número do ônibus e informações escritas ao ageiros também em braile para portadores de limitações visuais, capacidade para 250 mil ageiros, vidros escurecidos, janelas panorâmicas, avisos sonoros para alertar motoristas e usuários de embarque e desembarque de pessoas com deficiência, são movidos 100 % a biodisel e aumentam a oferta de lugares e capacidade do sistema. A linha Centenário / Campo Comprido transporta diariamente 100 mil pessoas.
O modelo é semelhante aos dos Ligeirões da cor azul, uma nova padronização para o serviço de maior capacidade. No mês de março, foram apresentados 24 “Ligeirões Azuis”, também Neobus Mega BRT, que prestam serviços nas linhas do Expresso Boqueirão e da Linha Verde.
Nesta quinta-feira, também foram entregues 28 ligeirinhos para a linha Pinhas – Campo Comprido, que transporta diariamente 45 mil ageiros. Foram entregues também 89 ligeirinhos para outras linhas.
O Ligeirinho é um serviço rápido de ônibus, que para apenas nas estações de maior movimento, não parando em todos os pontos, o que reduz o tempo das viagens.
O PAC DA MOBILIDADE PARA CURITIBA:
A cidade de Curitiba é uma das que possuem as obras previstas para contarem com o orçamento do PAC da Mobilidade em estágio mais adiantado.
Dois fatos básicos podem explicar essa realidade. O primeiro é que independentemente de Copa do Mundo, a cidade já tinha um plano de mobilidade que levava em conta as necessidades dos cidadãos. Estas obras também vão atender a demanda da Copa, mas para o mundial, serão feitas pequenas adaptações.
É diferente da realidade de São Paulo, que seguia muito lentamente na priorização do transporte público e quando a necessidade maior imposta pelo mundial chegou, a cidade praticamente não sabia para onde correr.
Primeiro era a linha 17 Ouro do Morumbi, que está prevista para ligar o bairro nobre de São Paulo ao Jabaquara, ando pelo Aeroporto de Congonhas. A obra leva em conta servir o estádio do Morumbi, do São Paulo. As promessas eram de conclusão das obras no final de 2012 ou em 2013. Mas foi a Fifa descartar o estádio do tricolor paulista, que ao monotrilho da linha 17 caiu para a segunda divisão das prioridades nos transportes.
Agora as atenções são para a zona Leste de São Paulo, onde os jogos devem ocorrer no eventual estádio do Corinthians. O mesmo que Lula (Dilma) e Kassab diziam que não teria recursos públicos e hoje que quase vai ser doado para a população. E o pior que boa parte das obtras da zona Leste serão viárias, para automóveis. O poder público só fala que vai investir na já existente linha 3 Vermelha do Metro (Corinthians – Itaquera / Palmeiras – Barra Funda) e em terminais de ônibus urbanos. Mas, talvez por falta de planejamento, não especifica como.
Outra diferença é que Curitiba investiu no aperfeiçoamento do modal financeiramente mais em conta, porém de voa capacidade, que são os ônibus do BRT – Bus Rapid Transit, corredores de ônibus modernos, com pontos de ultraagem, pré-embarque (possibilidade de pagar a tarifa antes de entrar no ônibus, o que diminui o tempo nas paradas), ibilidade para portadores de deficiência e veículos confortáveis.
Um quilômetro de VLT custa de 4 a 5 vezes menos que VLTs (Veículos Leves Sobre Trilhos) ou que o Monotrilho.
A modernização dos ônibus pode aumentar o serviço prestado. Por exemplo, no caso do Ligeirão das linhas do Boqueirão e Verde, o aumento da capacidade foi de 47%, segundo a URBS, Urbanização de Curitiba, autarquia responsável pelo gerenciamento e fiscalização do sistema de ônibus e transportes em geral na Região Metropolitana de Curitiba.
Não é que Curitiba aboliu eternamente o modal ferroviário. Tanto é que há um projeto de Metrô.
ISSO PARA NÃO FICAR NAQUELA DISCUSSÃO MEDÍOCRE DOS FANÁTICOS DEFENSORES DOS TRILHOS E DOS FANÁTICOS DEFENSORES DOS ÔNIBUS, MAS CURITIBA ESCOLHE O MODAL CERTO PARA A NECESSIDADE DO TEMPO CERTO.
É ASSIM, O ÔNIBUS É MAIS RÁPIDO E BARATO PARA IMPLANTAR EM SISTEMA DE BRT. ENTÃO, FAZ-SE. PARALELAMENTE A ELE, DISCUTE-SE E SE PLANEJA O METRÔ, QUE INDISCUTIVELMENTE É MELHOR PARA GRANDES DEMANDAS (Difícil ?)
Para o PAC da Mobilidade, Curitiba incluiu as seguintes obras:
• Criação do Expresso Ligeirão Norte. O ônibus vai ligar a praça do Japão ao Terminal Santa Cândida. Segundo a prefeitura, as obras devem começar em agosto. O Terminal Santa Cândida será ampliado e reformado
• Ligeirão Leste Oeste, que vai ligar o novo sistema a bairros de grande demanda como Centenário e Campo Comprido.
• Duplicação da Capacidade do Ligeirinho Inter 2. que hoje transporta 77 mil ageiros diários, em 38 quilômetros e 12 bairros. Para essa duplicação ser concretizada, haverá duplicação viária e revitalização dos terminais Cabral, Campina do Siqueira, Portão, Capão Raso e Capão da Imbuia; O interessante é que em alguns terminais o ônibus expresso vai parar como um metrô, no subsolo, e as demais linhas na superfíce.
São serviços de capacidade média que podem se tornar grandes com investimentos dentro da realidade dos cofres públicos sem explorar o dinheiro do público.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Amigos, boa noite
O pior é quem para copiar o modelo de Curitiba; São Paulo
presta.
Grato
Paulo Gil
Corrigindo o erri de digitação:
O pior é que nem para “copiar” o modelo de Curitiba, São Paulo presta.
Grato
Paulo Gil
Amigos, bom dia
Alguém sabe informar se alguma empresa em Sampa,
vai adquiri um Neobus lindão destes?
Pelo menos para alegrar os nossos corações.
Muito obrigado
Paulo Gil
Caro Adamo
Bom texto, principalmente as letras grandes.
Mas sinto que está caindo em lugares-comuns, no caso da RMSP.
“SIMPLES ASSIM” mas nem ameaça começar de fato por aqui. Que tal ir por aí? Se o Metro SP vai fornecer serviços para Fortaleza, CE, porque o BRT de Curitiba não poderia implantar, pelo menos, um protótipo/laboratório/BRT Model do seu tão bem sucedido sistema na RMSP?
Que tal a moderna, corporativa e formadora de opinião Berrini como local? Kassab poderia ter esta coragem.
È exatamente isso, ter o veículo certo para a demanda.
Outro detalhe importante é o tempo para construção e implantação do BRT, que usa tecnologia e mão de obra NACIONAL, tornando mais rapido sua aplicação.
Normalmente, quando o fluxo de ageiros extrapola a capacidade de transporte instalada é que vão pensar em criar alternativas. Então, leva 4 aou mais anos para chegar a conclusão do objetivo. TOMA POVÃO.
Veja o caso do Corredor Celso Garcia (parece PIADA) nem uma coisa nem outra, virou problema federal (?) e agora(?).
E o Corredor da Radial Leste (que não será um BRT) já teve recurso tirado do orçamento, diminuindo seu trajeto que era chegar até o terminal de onibus do Carrão.
E os nossos TROLEIBUS?que sempre foram o destaque nos Transportes Coletivos de nossa Metropole. Temos conhecimento técnico suficiente até para Ditar Normas mas nada fazemos.
Como compreender essa situação.
Ainda bem que temos um grande jornalista, como Adamo, para ajudar a por a boca no mundo
Reportagem de hoje da FolhaSP sobre o corredor Brooklin – Diadema mais uma vez choca pela falta de ação, descaso e incompetência da RMSP com seus corredores de ônibus.
Vergonha, São Paulo não merece isto!