Nenhum ônibus saiu das garagens de Mauá na madrugada desta quarta-feira. ageiros foram pegos de surpresa no ABC Paulista,muitos tiveram de seguir a pé para o trabalho ou voltaram para a casa. Garoa e neblina também marcou a madrugada. Foto Adamo Bazani. p2k6r
Madrugada sem ônibus no ABC Paulista
Muitos ageiros foram pegos de surpresa. Pontos ficaram lotados e várias pessoas tiveram de seguir a pé
ADAMO BAZANI – CBN
Milhares de ageiros do ABC Paulista, no início da manhã, foram surpreendidos com a greve dos motoristas e cobradores de ônibus.
A paralisação foi decidida nesta terça-feira, contrariando a lei que determina que greves devem ser comunicadas com 72 horas de antecedência.
A reportagem do Blog Ponto de Ônibus percorreu algumas ruas de Santo André e de Mauá entre as 4 horas da manhã e às 05h30.
Muita gente nos pontos, nas imediações dos terminais, já que alguns sequer foram abertos, e se deslocando a pé para os trens da TM.
Os trens da linha que servem o ABC não pararam a exemplo de outras linhas.
O Corredor Metropolitano ABD, dos trolebus, que liga São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, a Jabaquara, na Zona Sul da Capital Paulista, estava sem circulação de ônibus e trólebus.
Em Santo André, poucos ônibus foram vistos.
Na cidade de São Bernardo do Campo a reportagem não conseguiu ver nenhum veículo de transporte coletivo, mas há alguns poucos em operação.
Em Mauá, nenhum ônibus das duas empresas municipais foi para as ruas.
As empresas Viação Cidade de Mauá e Leblon permanecem com ônibus nas garagens e sindicalistas nas portas. Mas não há tumulto, já que as empresas orientaram os motoristas a voltarem para casa, com o objetivo de não haver aglomerações.
Vários ageiros destes ônibus depois usam os trens da TM. Eles tiveram de fazer longas caminhadas até a estação.
Os ônibus intermunicipais também estão parados no ABC Paulista.
Ainda em Mauá e em Ribeirão Pires, nenhum veículo da Viação Ribeirão Pires e da EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André circulou.
A categoria promete uma assembléia as 5 horas da tarde.
Até lá, as empresas vão tentar colocar um número mínimo de frotas nas ruas, mas isso vai depender dos trabalhadores e do sindicato.
No ABC Paulista há cerca de 30 empresas de ônibus e 7 mil trabalhadores.
Os empresários oferecem 8% de reajuste salarial. O sindicato diz que já havia aceitado a proposta, mas os trabalhadores querem uma elevação de 15% nos salários.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes