GREVE EM NATAL E GREVE EM SÃO LUÍS: TRABALHADORES NÃO CUMPREM FROTA MÍNIMA DETERMINADA POR JUSTIÇA 2b1c5v

Viação Cidade de Natal foi a única que conseguiu cumprir os 30% de frota mínima durante a paralisação dos motorista e cobradores da Capital do Rio Grande do Norte que prejudica ao menos 600 mil pessoas por dia. Segundo o Setrun, o sindicato das empresas de ônibus, em média, foram colocados nos horários de pico 22% da forta normal. Algumas empresas, como a Santa Maria, não conseguiram colocar nem 10% dos ônibus em circulação. Foto: Thiago Martins

Mínimo de frotas determinada pela Justiça não é respeitado em greves de ônibus
Em Natal, nem 30% dos ônibus, como previa a lei foram às ruas. Já em São Luís, sindicato não seguiu determinação judicial para colocar 80% de ônibus nas ruas

ADAMO BAZANI – CBN

Em Natal, no Rio Grande do Norte, novamente mais de 600 mil pessoas que dependem dos transportes coletivos foram prejudicadas pela paralisação de motoristas, cobradores de ônibus e demais funcionários do setor.
É o segundo dia de greve. Nesta quarta-feira, dia 25 de maio, deve ocorrer uma rodada de negociação entre trabalhadores e empresas.
De acordo com o Setrun – Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal, os grevistas impediram que a lei que determina que pelo menos 30% dos ônibus operassem fosse cumprida.
Em média, de acordo com o Setrun, 22% dos ônibus foram às ruas.
No horário de pico da manhã, as empresas conseguiram, ainda de acordo com o sindicato patronal, colocar os seguintes números de veículos:

• Santa Maria: Para atender os 30%, a empresa deveria colocar nas ruas 40 ônibus, mas saíram apenas 13 veículos. Esses 13 ônibus significam apenas 9,75% do horário comum.
• Viação Rio Grandense: Para conseguir cumprir a lei dos 30%, a empresa deveria colocar 9 ônibus em circulação, mas só pode operar com seis veículos. Isso representa 20% da frota normal do horário.
• Nossa Senhora da Conceição: Dos 28 carros que deveria cirular, 19 foram às ruas, o equivalente a 20,35% da frota normal.
• Viasul / Transflor: Operou no pico da manhã com apenas nove ônibus ou seja, apenas 20,76% do esperado para o horário em dias sem greve..
• Viação Guanabara: Dos 65 ônibus que deveriam rodar no pico da manhã, o máximo conseguido foi de 57 ônibus, mas não em todo o período. A frota em circulação da Guanabara representou 20,36% dos dias normais.
• Reunidas: Só conseguiu colocar 27 ônibus nas ruas, o que representa 28,92% da frota normal.
• Viação Cidade de Natal: A única que conseguiu atingir os 30%, com 13 ônibus.

O Sindicato dos Rodoviários do Rio Grande do Norte afirmou que não pode obrigar os trabalhadores insatisfeitos a irem para o serviço.
Os funcionários dos transportes públicos de Natal pedem aumento de 13,98% nos salários e a unificação do vale alimentação para as diversas funções em R$ 150,00. As empresas de ônibus oferecem 6,5% de reajuste.
Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (Semob), a frota que serve capital do Rio Grande do Norte é composta por 647 ônibus regulares e mais 100 especiais.

Na capital maranhense, poucos ônibus saíram para as ruas no segundo dia de greve apesar da determinação de 80% da frota nas ruas pela Justiça do Trabalho. Sindicato dos motoristas e cobradores deve ser multado em R$ 50 mil por dia descumprido. Ministério Público ajuizou dissídio coletivo porque tanto empregados como empresas estão irredutíveis. Foto: Danilo Alexandre.

Em São Luis, no Maranhão, a frota mínima determinada pela Justiça não foi respeitada também.
Na sexta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, antes mesmo de ser iniciada a greve na segunda-feira, dia 23 de maio de 2011, determinou que pelo menos 80% dos ônibus fossem colocados em serviço.
Mas pouquíssimos ônibus foram vistos nas ruas. Cerca de 550 mil pessoas foram prejudicadas nesta terça-feira, segundo dia de paralisação.
Quem se aproveitou da ocasião foram os transportadores clandestinos. Por R$ 2,00, vans, kombis e até carros de eio percorriam os trechos mais lucrativos das linhas de ônibus.
A exemplo de Natal, o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão afirmou que não poderia obrigar a categoria insatisfeita a trabalhar.
A multa diária pelo não cumprimento da determinação judicial é de R$ 50 mil ao sindicato dos trabalhadores.
A categoria pede 16% de aumento nos salários, reajuste no vale alimentação de R$ 315 para R$ 450, pagamento de 100% das horas extras, inclusão de dois dependentes nos planos de saúde e criação de um plano odontológico.
A empresa de ônibus Taguatur foi uma das mais prejudicas e não conseguiu colocar um ônibus sequer nas ruas.
O Ministério Público do Trabalho entrou na Justiça com dissídio coletivo pelo fato de as duas partes, empresas e trabalhadores, estarem irredutíveis.
Adamo Bazani, repórter da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários 72495v

  1. gabriel disse:

    Revolta Nordestina?
    Sr. Adamo, quando irá escrever uma matéria sobre algum modelo ou veículo urbano?

  2. Pretendo escrever sim, Gabriel. Mas é muita coisa, muita informação e tenho tempo reduzido. Se vc for ver, este é um dos poucos blogs sobre ônibus atualizados (às vezes mais de uma vez) diariamente.
    Abração e obrigado por sempre acompanhar o Blog e sinta-se a vontade para continuar comentando e acrescentando informações.

  3. carolina disse:

    COMO SE FAZER GREVE SEM PREJUDICAR ALGUÉM?
    E AFINAL OS AGEIROS JÁ NÃO ESTÃO PREJUDICADOS?
    Do meu ponto de vista todo empregado deveria receber o mesmo reajuste dos deputados, assim não haveria greve.

    1. Paulo Gil disse:

      Carolina, faço uma pequena ressalva na sua colocação.

      Não só o aumento, mas o MAIS importante é
      o MESMO salário base (para incindir o % de aumento) e a
      MESMA aposentadoria.

      Garto

      Paulo Gil

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