GREVE EM NATAL E GREVE EM SÃO LUÍS: TRABALHADORES NÃO CUMPREM FROTA MÍNIMA DETERMINADA POR JUSTIÇA 2b1c5v
Publicado em: 25 de maio de 2011 361034

Viação Cidade de Natal foi a única que conseguiu cumprir os 30% de frota mínima durante a paralisação dos motorista e cobradores da Capital do Rio Grande do Norte que prejudica ao menos 600 mil pessoas por dia. Segundo o Setrun, o sindicato das empresas de ônibus, em média, foram colocados nos horários de pico 22% da forta normal. Algumas empresas, como a Santa Maria, não conseguiram colocar nem 10% dos ônibus em circulação. Foto: Thiago Martins
Mínimo de frotas determinada pela Justiça não é respeitado em greves de ônibus
Em Natal, nem 30% dos ônibus, como previa a lei foram às ruas. Já em São Luís, sindicato não seguiu determinação judicial para colocar 80% de ônibus nas ruas
ADAMO BAZANI – CBN
Em Natal, no Rio Grande do Norte, novamente mais de 600 mil pessoas que dependem dos transportes coletivos foram prejudicadas pela paralisação de motoristas, cobradores de ônibus e demais funcionários do setor.
É o segundo dia de greve. Nesta quarta-feira, dia 25 de maio, deve ocorrer uma rodada de negociação entre trabalhadores e empresas.
De acordo com o Setrun – Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal, os grevistas impediram que a lei que determina que pelo menos 30% dos ônibus operassem fosse cumprida.
Em média, de acordo com o Setrun, 22% dos ônibus foram às ruas.
No horário de pico da manhã, as empresas conseguiram, ainda de acordo com o sindicato patronal, colocar os seguintes números de veículos:
• Santa Maria: Para atender os 30%, a empresa deveria colocar nas ruas 40 ônibus, mas saíram apenas 13 veículos. Esses 13 ônibus significam apenas 9,75% do horário comum.
• Viação Rio Grandense: Para conseguir cumprir a lei dos 30%, a empresa deveria colocar 9 ônibus em circulação, mas só pode operar com seis veículos. Isso representa 20% da frota normal do horário.
• Nossa Senhora da Conceição: Dos 28 carros que deveria cirular, 19 foram às ruas, o equivalente a 20,35% da frota normal.
• Viasul / Transflor: Operou no pico da manhã com apenas nove ônibus ou seja, apenas 20,76% do esperado para o horário em dias sem greve..
• Viação Guanabara: Dos 65 ônibus que deveriam rodar no pico da manhã, o máximo conseguido foi de 57 ônibus, mas não em todo o período. A frota em circulação da Guanabara representou 20,36% dos dias normais.
• Reunidas: Só conseguiu colocar 27 ônibus nas ruas, o que representa 28,92% da frota normal.
• Viação Cidade de Natal: A única que conseguiu atingir os 30%, com 13 ônibus.
O Sindicato dos Rodoviários do Rio Grande do Norte afirmou que não pode obrigar os trabalhadores insatisfeitos a irem para o serviço.
Os funcionários dos transportes públicos de Natal pedem aumento de 13,98% nos salários e a unificação do vale alimentação para as diversas funções em R$ 150,00. As empresas de ônibus oferecem 6,5% de reajuste.
Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (Semob), a frota que serve capital do Rio Grande do Norte é composta por 647 ônibus regulares e mais 100 especiais.

Na capital maranhense, poucos ônibus saíram para as ruas no segundo dia de greve apesar da determinação de 80% da frota nas ruas pela Justiça do Trabalho. Sindicato dos motoristas e cobradores deve ser multado em R$ 50 mil por dia descumprido. Ministério Público ajuizou dissídio coletivo porque tanto empregados como empresas estão irredutíveis. Foto: Danilo Alexandre.
Em São Luis, no Maranhão, a frota mínima determinada pela Justiça não foi respeitada também.
Na sexta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, antes mesmo de ser iniciada a greve na segunda-feira, dia 23 de maio de 2011, determinou que pelo menos 80% dos ônibus fossem colocados em serviço.
Mas pouquíssimos ônibus foram vistos nas ruas. Cerca de 550 mil pessoas foram prejudicadas nesta terça-feira, segundo dia de paralisação.
Quem se aproveitou da ocasião foram os transportadores clandestinos. Por R$ 2,00, vans, kombis e até carros de eio percorriam os trechos mais lucrativos das linhas de ônibus.
A exemplo de Natal, o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão afirmou que não poderia obrigar a categoria insatisfeita a trabalhar.
A multa diária pelo não cumprimento da determinação judicial é de R$ 50 mil ao sindicato dos trabalhadores.
A categoria pede 16% de aumento nos salários, reajuste no vale alimentação de R$ 315 para R$ 450, pagamento de 100% das horas extras, inclusão de dois dependentes nos planos de saúde e criação de um plano odontológico.
A empresa de ônibus Taguatur foi uma das mais prejudicas e não conseguiu colocar um ônibus sequer nas ruas.
O Ministério Público do Trabalho entrou na Justiça com dissídio coletivo pelo fato de as duas partes, empresas e trabalhadores, estarem irredutíveis.
Adamo Bazani, repórter da Rádio CBN, especializado em transportes
Revolta Nordestina?
Sr. Adamo, quando irá escrever uma matéria sobre algum modelo ou veículo urbano?
Pretendo escrever sim, Gabriel. Mas é muita coisa, muita informação e tenho tempo reduzido. Se vc for ver, este é um dos poucos blogs sobre ônibus atualizados (às vezes mais de uma vez) diariamente.
Abração e obrigado por sempre acompanhar o Blog e sinta-se a vontade para continuar comentando e acrescentando informações.
COMO SE FAZER GREVE SEM PREJUDICAR ALGUÉM?
E AFINAL OS AGEIROS JÁ NÃO ESTÃO PREJUDICADOS?
Do meu ponto de vista todo empregado deveria receber o mesmo reajuste dos deputados, assim não haveria greve.
Carolina, faço uma pequena ressalva na sua colocação.
Não só o aumento, mas o MAIS importante é
o MESMO salário base (para incindir o % de aumento) e a
MESMA aposentadoria.
Garto
Paulo Gil