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PROVA DA DURABILIDADE DO TROLEBUS 472u3x

Marcopolo Torino Trolebus da Metrobel, de Belo Horizonte, em meados dos anos de 1980. 5w1qv

O mesmo veículo já rodando na Argentina.

O Trólebus foi reformado, recebeu novas tecnologias e equipamentos e o “mineiro” dos anos de 1980 ainda tem pelo menos outras duas décadas pela frente.

Um tapa no visual
Trolebus reformados duram o mesmo tempo que quando usavam carroceria anterior

RENATO LOBO – TÉCNICO EM TRANSPORTES

Recentemente a prefeitura da cidade de Rosário, na Argentina, apresentou o primeiro trólebus reformado da frota. Trata-se de um antigo Marcopolo GV4 Volvo B58 com sistema de controle de tração Powertronics, igual os outros 19 em operação na cidade, e também aos 22 Marcopolos apelidados pelos motorista do corredor São Mateus-Jabaquara de “pato murcho” com prefixos de 7047 ao 7068. Estes veículos foram fabricados entre 1985 e 1987 e eram destinados a uma retomada dos trólebus em Belo Horizonte (MG) pela empresa METROBEL, onde rodariam em um corredor exclusivo, mas como de praxe o projeto não vingou, e estes ônibus foram encostados até 1996. Os 22 da Metra rodaram emprestados pela Eletrobus durante cerca de um ano. O veículo recebeu novo padrão estético na mascara frontal e dianteira, além de novos bancos, e também reforços na estrutura, como é bem possível ver na imagem.

Mas este não foi um caso isolado. Entre 1996 e 1998 a Eletrobus, empresa que assumiu a garagem do Tatuapé em SP posterior a CMTC, reformou 285 veículos. São os trólebus Marcopolos Torinos GV do Consórcio Leste 4 que operam hoje na cidade, cerca de 115 deles. Dos 170 trólebus que deveriam estar no sistema de ônibus paulistano, parte foi adquirido pela Metra, 24 deles, parte foi vendido à preço de banana pela SPtrans para sucateiros, e o restante apodrece em garagens da prefeitura, numa cidade que registra altos índices de poluição e que investe em veículos semi-poluidores com adesivo “ecofrota”.

Todas estas ações de reforma dos elétricos na verdade são comuns em vários sistemas do mundo. É a prova de que a vida útil destes veículos podem ultraar os 30 anos de vida. Após desgastes da carroceria, pode ser reformar o ônibus acoplando os materiais eletrico-eletrônicos e motor elétrico em novas plataformas. É possível também a modernização destes equipamentos, como na série 77 dos trólebus torinos Gv’s que tinha seus sistemas à contatores na antiga roupagem Ciferal Amazonas/Marcopolo San Remo, e aram a ter controle de tração à IGBT nas carrocerias Torino GV. Em outras palavras a compra de um trólebus acaba sendo mais barato ás empresas do que um veículo comum, este que duram em média 7 anos.
Renato Lobo é técnico em transportes e responsável pelo Blog Via Trolebus

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